sábado, 8 de dezembro de 2012

O VÍDEO QUE ENVERGONHA O PT. NÃO PELA AÇÃO, MAS PELA OMISSÃO E COVARDIA.

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Fonte do vídeo:  YouTube

LULA MIRANDA: FATOS COMPROVAM QUE O SUPREMO ERROU. E AGORA? CANCELARÃO AS PENAS?


MARCOS COIMBRA: COM A OPOSIÇÃO SEM NOME, SEM DISCURSO E SEM PROJETO, SÓ RESTA O ESCÂNDALO. VAMOS PRECISAR DE ESTÔMAGO FORTE.




Um espectro ronda a política brasileira. O fantasma da próxima eleição presidencial.
Este ano já foi marcado por ele.
Ou alguém acredita que é genuína a inspiração ética por trás da recente onda moralista, que são sinceras as manchetes a saudar “o julgamento do século”? Que essas coisas são mais que capítulos da luta política cujo desfecho ocorrerá em outubro de 2014?
A história dos últimos 10 anos foi marcada por três apostas equivocadas que as elites brasileiras, seus intelectuais e porta-vozes fizeram. A primeira aconteceu em 2002, quando imaginaram que Lula não venceria e que, se vencesse, seria incapaz de fazer um bom governo.
Estavam convencidos de que o povo se recusaria a votar em alguém como ele, tão parecido com as pessoas comuns. Que terminaria a eleição com os 30% de petistas existentes. E que, por isso, o adversário de Lula naquela eleição, quem quer que fosse, ganharia.
O cálculo deu errado, mas não porque ele acabou por contrariar o prognóstico. No fundo, todos sabiam que a rejeição de Fernando Henrique Cardoso não era impossível que José Serra perdesse.
A verdadeira aposta era outra: Lula seria um fracasso como presidente. Sua vitória seria um remédio amargo que o Brasil precisaria tomar. Para nunca mais querer repeti-lo.
Quando veio o “mensalão”, raciocinaram que bastaria aproveitar o episódio. Estava para se cumprir a profecia de que o PT não ultrapassaria 2006. Só que Lula venceu outra vez e a segunda aposta também deu errado. E ele fez um novo governo melhor que o primeiro, aos olhos da quase totalidade da opinião pública. Em todos os quesitos relevantes, as pessoas o compararam positivamente aos de seus antecessores, em especial aos oito anos tucanos.
A terceira aposta foi a de que o PT perderia a eleição de 2010, pois não tinha um nome para derrotar o PSDB. Que ali terminaria a exageradamente longa hegemonia petista na política nacional. De fato não tinha, mas havia Lula e seu tirocínio. Ele percebeu que, Com Dilma Rousseff, poderia vencer.
O PT ultrapssaou as barreiras de 2002, 2006 e 2010.
Estamos em marcha batida para 2014 e as oposições, especialmente seu núcleo duro empresarial e midiático, se convenceram de que não podem se dar ao luxo de uma quarta aposta errada.
Que o PT não vai perder, por incompetência ou falta de nomes, a próxima eleição. Terão de derrotá-lo.
Mas elas se tornaram cada vez mais descretes da eficácia de uma estratégia apenas positiva. Desconfiam que não têm uma candidatura capaz de entusiasmar o eleitorado e não sabem o que dizer ao País. Perderam tempo com Serra, Geraldo Alckmin mostrou-se excessivamente regional e Aécio Neves é quase desconhecido pela parte do eleitorado que conta, pois decide a eleição.
Como mostram as pesquisas, tampouco conseguiram persuadir o País de que “as coisas vão mal”. Por mais que o noticiário da grande mídia e seus “formadores de opinião” insistam em pintar quadros catastróficos, falando sem parar em crises e problemas, a maioria acha que estamos bem.
Sensação que é o fundamento da ideia de continuidade.
As oposições perceberam que não leva a nada repetir chavões como “o País até que avançou, mas poderia estar melhor”, “Tudo de positivo que houve nas administrações petistas foi herança de FHC”, “Lula só deu certo porque é sortudo” e “Dilma é limitada e má administradora”.
A população não acredita nessa conversa. Faltam nomes e argumentos às oposições. Estão sem diagnóstico e sem propostas para o Brasil, melhores e mais convincentes que aquelas do PT.
Nem por isso vão cruzar os braços e aguardar passivamente uma nova derrota. Se não dá certo por bem, que seja por mal. Se não vai na boa, que seja no tranco.
Fazer política negativa é legítimo, ainda que desagradável. Denúncias, boatos, hipocrisias, encenações, tudo isso é arma usada mundo afora na briga política.
A retórica anticorrupção é o bastião que resta ao antilulopetismo. Mas precisa ser turbinada e amplificada. Fundamentalmente, porque a maioria das pessoas considera os políticos oposicionistas tão corruptos – ou mais – que os petistas.
O que fazer? Aumentar o tom, falar alto, criar a imagem de que vivemos a época dos piores escandalos de todos os tempos.
Produzir uma denúncia, uma intriga, uma acusação atrás da outra.
Pelo andar da carruagem, é o que veremos na mídia e no discurso oposicionista ao longo de 2013. Já começou.
Vamos precisar de estômago forte.

Marcos Coimbra, socólogo e presidente do Instituto Vox Populi



No CartaCapital

MARCOS COIMBRA: A IMPRENSA COM FHC, SÓ PAPO FURADO. COM LULA, SÓ LAPADA.


Marcos Coimbra
MARCOS COIMBRA
Ninguém deseja que Fernando Henrique seja destratado, hostilizado com perguntas aborrecidas e impertinentes. Um dia, no entanto, bem que alguém poderia pedir, com toda educação, que falasse.




É enternecedor o carinho de nossa grande imprensa com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Sempre que o entrevistam, é uma conversa amena. Percebe-se a alegria dos jornalistas em estar na sua presença.
O tom é cordial, as perguntas são tranquilas. Tudo flui na camaradaria.
O que não chega a ser surpreendente. FHC é um boa prosa, que sabe agradar os interlocutores. Além de ser uma pessoa respeitável, seja pela trajetória de vida, seja por sua maturidade.
Natural que o tratem com consideração.
Estranho é constatar que a amabilidade com que é recebido não se estende a seu sucessor. A mesma imprensa que o compreende tão bem costuma ser intransigente com Lula. Para não dizer francamente hostil e deselegante.
Quem lê o que ela tem falado a respeito do petista nos últimos dias e o compara ao tratamento que recebe Fernando Henrique deve achar que um deixou a Presidência escorraçado e o outro sob aplauso. Que a população odeia Lula e adora o tucano.
Esta semana, tivemos mais um desses bate-papos. Saiu na Folha de São Paulo.
FHC discorreu sobre o Brasil e o mundo. Falou do PSDB, de Aécio e Serra. Meditou sobre o julgamento do mensalão com a sabedoria de quem o vê a prudente distância. Opinou sobre Dilma e Lula. Contou de sua vida particular, a família e os amores.
Foi uma longa conversa, sóbria e comedida - embora com toques de emoção.
Mas foi frustrante. Acabou sendo mais uma oportunidade perdida para ouvir FHC sobre algumas questões que permanecem sem resposta a respeito de seu governo.
É pena. Não está na moda "passar o Brasil a limpo"? "Mudar o Brasil"? "Ser firmes e intransigentes com a verdade"?
Ninguém deseja que Fernando Henrique seja destratado, hostilizado com perguntas aborrecidas e impertinentes. Que o agridam.
Um dia, no entanto, bem que alguém poderia pedir, com toda educação, que falasse.
Que contasse sua experiência como líder do governo Sarney no Congresso, quando viu (só viu?) mais de mil concessões de televisão e rádio fazer parte das negociações em troca de apoio parlamentar.
Que descrevesse o projeto do PSDB permanecer no poder por 20 anos e como seria posto em prática, quais as alianças e como seria azeitado (sem esquecer a distribuição, sem licitação, de quase 400 concessões de TVs educativas a políticos de sua base).
Que relembrasse os entendimentos de seu operador com o baixo clero da Câmara para aprovar a emenda da reeleição. Quanto usou de argumentos. E o que teve que fazer para que nenhuma CPI sobre o assunto fosse instalada.
Que apontasse os critérios que adotou para indicar integrantes dos tribunais superiores e nomear o Procurador-Geral da República. Que explicasse como atravessou 8 anos de relações com o Judiciário em céu de brigadeiro.
Que refletisse sobre o significado de seus principais assessores econômicos tornarem-se milionários imediatamente após sair do governo - coisa que, se acontecesse com um petista, seria razão para um terremoto.
Enfim, FHC poderia em muito ajudar os amigos. Esses que fingem ter nascido ontem e se dizem empenhados em "limpar" a política.
Bastaria que resolvesse falar com clareza.
No mínimo, diminuiria a taxa de hipocrisia no debate atual e reduziria o papo furado. O que é sempre bom.
fonte:    Brasil 247
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