segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PIG É PIG (*) ATÉ NO EGITO


Milton Temer é o único deputado federal a exigir do Banco Central de Fernando Henrique informações (jamais concedidas) sobre Daniel Dantas.

Ele foi o primeiro naquele prédio a perceber que Daniel Dantas era uma ameaça ao sistema político do país.

Hoje, derrotado para o Senado do Rio (com o voto inútil deste inútil blogueiro) transformou-se num implacável twitteiro.

Temer chamou a atenção das redes sociais para o fato de a Globo enviar um repórter ao Cairo para cobrir o vandalismo.

Temer, é o que a Folha (**) faz.

Na primeira página, no alto, “Saques e atos de vandalismo levam pânico ao Cairo”. 

“Uma onda de pânico se espalhou pelo Cairo”, inicia o bravo “enviado”.

De “pânico” e júbilo, alegria, fervor, esperança com a queda iminente de um ditador feroz.

O PiG (*) é assim, Temer, PiG (*) até no Cairo.

Cobrir o Egito da perspectiva do vandalismo é o mesmo que dizer que o protagonista do Novo Testamento é Judas.  

Agora, amigo  navegante, imagine um “enviado” do PiG ao Egito.

Diante dele, a ruína de um sistema pago pelos Estados Unidos – US 1,5 por ano, há 30 anos -, com a finalidade de manter o fluxo do petróleo e a estabilidade do regime de Israel.

(Depois de Israel, o Egito recebe a maior mesada do Tesouro americano.) 

Um sistema, portanto, que pressupõe discriminação e perseguição em Gaza e a supressão do Estado Palestino (em boa hora reconhecido pelo Governo Nunca Dantes).

Imagine um representante do PiG chegar ao Cairo e ver diante dos olhos ruir um sistema que formava oficiais superiores das Forças Armadas no Pentágono, em Washington.

Um sistema que podia montar no Egito, com exclusividade, tanques americanos M1A1 Abrams com licença especial.

Um Porto Rico com o Museu do Egito – é o que era o Egito do Mubarak.

(Ou um México, já que a corrupção no sistema Mubarak era um modo de vida.)

O PiG está diante de um impasse.

Ainda não sabe o que os Estados Unidos vão fazer.

A esperança numa “transição ordenada” – como disse a Hillary – não basta para orientar o PiG.

Hillary ainda não sabe até que ponto os islamitas mandarão no novo regime.

Até que ponto serão preservadas as relações com Israel.

Se a Jordânia – outro Porto Rico – vai cair junto.

Com certeza, o que se sabe, é que Mubarak entra para a lista do Xá da Pérsia e do Toni Blair: é uma fria ser poodle dos Estados Unidos.

Fora do poder, o poodle não tem direito nem a água.

Como o Xá da Pérsia com os comunistas, Mubarak vendia a carta “ou eu ou o Bin Laden”.

A verdade é que, enquanto a Al Jazeera cobre o levante popular, a tevê estatal egípcia cobre o vandalismo.

Como o PiG.

Deviam mandar o William Waack para lá.

Seria perfeito, com aquelas mandíbulas mubarakianas



Fonte:  Conversa Afiada

LULA É O POLÍTICO MAIS ATACADO PELA MÍDIA DESDE 1989

Você, estudante de jornalismo, de comunicação social, de ciências sociais, enfim, de tantas áreas afeitas ao estudo ou à prática da comunicação de massa, se estiver terminando seu curso universitário e tiver um trabalho de conclusão a apresentar, tem agora uma oportunidade imperdível de fazer o estudo mais eloqüente já feito sobre comunicação.
É tão evidentemente necessário, o estudo que irei propor, que não sei como não foi feito antes – e duvido de que tenha sido feito, ao menos da forma como será apresentado. Entretanto, se alguém tiver notícia sobre algum estudo correlato, que, por favor, informe aqui, via comentário.
No último domingo, discorri sobre os programas humorísticos da Globo e sobre o uso desses programas para atacar alguns políticos em benefício de outros, transformando uma concessão pública de televisão em arma político-partidária – o que a lei veda, mas não coíbe em razão do poder político de impérios de comunicação como uma Globo.
Logo apareceram os defensores dos pobres Barões da Imprensa para defendê-los da “sanha comunista” que pretenderia “censurá-los”, apesar de que são os únicos que já colaboraram com a censura neste país e que, aliás, praticam-na cotidianamente ao impedirem que o contraditório à sua retórica político-ideológica chegue ao seu público.
No post em questão, abordei o impressionante uso que a Globo vem fazendo de seus programas humorísticos para atacar Lula, seja no falecido Casseta & Planeta ou no humorístico da emissora que restou e que continua indo ao ar nas noites de sábado, o Zorra Total.
Não é que apareceu gente afirmando que Lula está sendo tão intensamente ridicularizado pelos programas humorísticos da Globo, entre outros, porque o “poder” é sempre alvo do humorismo?
Vejam só a que ponto chega a desfaçatez. Desde quando Lula continua no poder? Ele deixou de ser presidente no primeiro dia deste ano, ora bolas!, o que não impede que continue sendo ridicularizado, agora por estar aposentado, como se viu no post anterior.
Quando, em que época, um programa humorístico brincou com o complexo de D. Juan do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assim como tantos programas “brincaram” com o mentiroso alcoolismo de Lula?
Pelo contrário, a mídia escondeu, por dezoito anos, o produto mais famoso das famosas “escapadas” sexuais de FHC, com uma jornalista da Globo que a emissora sustentou na Espanha sem trabalhar por quase duas décadas, ao menos, e que só veio a público pela Folha de São Paulo porque esta queria acusar Lula de ser um maníaco sexual – vide o caso “Menino do MEP” – e, assim, justificou com o caso extraconjugal de FHC o ataque sórdido que lhe fez.
Alguém consegue conceber um quadro humorístico na Globo que vulgarizasse a imagem da ex-primeira-dama tucana, a falecida antropóloga Ruth Cardoso, mesmo quando estava viva? Seria impensável fazerem o que vêm fazendo com D. Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, ridicularizada reiteradamente por toda a grande mídia.
Mas isso tudo ainda não é o pior. Lula também era o alvo político preferencial da grande mídia quando estava na oposição. Quem não se lembra dos tantos quadros humorísticos que ironizavam sua falta de instrução formal, seu linguajar e, até, a sua aparência física?
O senso comum certamente mostra que o ex-presidente petista é o político mais atacado pela mídia nos últimos vinte e dois anos, ao menos. Desde 1989, nenhum outro político foi tão criticado ou ridicularizado quanto Lula, estando no poder ou fora dele. E é aí que entra a necessidade de comprovação científica dessa tese.
Apesar de nem ser necessário fazer qualquer estudo para comprovar o que todo mundo haverá de concordar, se tiver um mero resquício de honestidade intelectual, a formalidade científica certamente resultará em outro necessário trabalho acadêmico, desta vez sobre a causa de Lula ter se transformado no político mais odiado pela mídia em toda a história.
Então, jovem estudante, você tem a chance de fazer o estudo mais espantoso, em termos sociológicos e jornalísticos, que já foi feito. Comprovará que, apesar do sucesso estrondoso de Lula como político e administrador, os meios de comunicação de massa simplesmente se obcecaram por destruí-lo politicamente

sábado, 29 de janeiro de 2011

ESTADOS UNIDOS CRIAM PROJETO PARA GRAMPEAR INTERNET




Por Altamiro Borges, no Blog do Miro

Na edição de dezembro último, a revista Superinteressante trouxe uma notícia que deve preocupar os defensores da liberdade na internet. Ela reforça o temor de que está em curso uma ofensiva mundial para controlar e restringir o uso da rede. Esta onda tende a ganhar maior impulso devido ao impacto dos vazamentos pelo Wikileaks de memorados da diplomacia estadunidense.

“Um novo projeto de lei, que será apresentado ao Congresso dos EUA nas próximas semanas, pode representar o mais duro golpe já visto contra a liberdade na internet. Proposta pelo governo Obama, a lei determina que todas as empresas de internet sejam obrigadas a instalar sistemas de grampo para capturar os dados enviados e recebidos por seus usuários”, descreve a revista.

Vigilância das agências de espionagem

Ainda segundo a reportagem, “isso significa que todos os meios de comunicação existentes na web (de serviços de e-mail, como o Gmail, até programas de telefonia, como Skype) teriam de abrir brechas para as agências de espionagem do governo. A medida afetaria inclusive empresas sediadas fora dos EUA (como a Skype Inc., por exemplo, cujo escritório fica em Luxemburgo), que seriam obrigadas a manter computadores em território americano para instalação dos grampos”.

O governo ianque garante que a medida visa investigar as ações terroristas e que os grampos serão feitos com mandado judicial. Mas a desculpa é esfarrapada. Em 2006, por exemplo, a Agência de Segurança Nacional (NSA) manteve um grampo ilegal na operadora AT&T- cujo tráfego era automaticamente desviado, sem autorização judicial, para os espiões do governo ianque.

Restrições na Itália de Berlusconi

Nesta ofensiva mundial contra a liberdade na internet, cada país usa um pretexto. Na Itália, segundo artigo do Portal Imprensa, o governo de Silvio Berlusconi já impôs uma resolução que regula sítios como Youtube e Vimeo com as mesmas regras da televisão. A desculpa, no caso, é o da proteção da propriedade intelectual e do controle da produção de conteúdo.

A medida torna estas páginas “suscetíveis às mesmas punições das emissoras do país... A pasta das comunicações argumenta que se um site é curador do conteúdo gerado pelos usuários, ainda que por meio de algoritmos automáticos, significa que ele exerce controle editorial. Logo, deve ser submetido às regras aplicadas às estações de TV. Agora, responsáveis legalmente pelo conteúdo, os sites serão obrigados, assim como as TVs, a retirar um vídeo do ar no prazo de 48 horas”.

O AI-5 Digital do tucano Azeredo

Como se observa, as medidas de restrição à liberdade na internet fazem parte de uma onda mundial, orquestrada e pró-ativa. O senador Eduardo Azeredo, do PSDB/MG, apenas pegou carona nesta cruzada de “vigilantismo” – o tucano mais se parece com um papagaio repetitivo. O projeto de lei 84/99, aprovado em duas comissões da Câmara Federal em outubro passado, também criminaliza várias práticas cotidianas da rede e coloca em risco a própria privacidade dos internautas.

A desculpa, no Brasil, é ainda mais cômica. O senador tucano afirma que projeto visa impedir a pedofilia na rede. Mas tais crimes não ocorrem devido à internet e o próprio sistema disponibiliza os endereços dos criminosos. Na prática, sua proposta representa um duro golpe à liberdade de expressão. Não é para menos que o projeto foi apelidado de AI-5 Digital, numa referência irônica ao ato institucional da ditadura militar, de 1968, que recrudesceu ainda mais o autoritarismo no Brasil.

JOSÉ NÃO EXISTE. POR ISSO O CONGRESSO O IGNORA


José nasceu no Maranhão, mas mora no Piauí. Nesses Estados, os trabalhadores acabam fugindo do desemprego nas grandes cidades e da falta de condições para cultivar sua própria terra para outros lugares movidos por histórias de serviço farto. José deixou sua casinha em uma favela na periferia da capital Teresina e foi se aventurar no Sul do Pará para tentar dar melhores condições de vida à sua esposa e ao seu filho de quatro meses. Logo chegando, perdeu um dedo da mão ao cortar madeira. “Me deram duas caixas de comprimido: uma para desinflamar e outra para tirar a dor”, conta. Além disso, só um cala a boca. Depois, foi limpar o pasto para o gado e levantar cercas. O “gato” (contratador de mão-de-obra que faz a ponte entre o empregador e o peão) havia o encontrado na rodoviária quando estava passando fome e prometido um bom emprego. Bom emprego… A carne que lhe era dada estava podre, casa de vermes. O pagamento do salário ficava na promessa havia dois meses. Só o trabalho, que lhe comia a mão de tanto aplicar veneno sem proteção, era uma certeza diária. Se não tivesse sido libertado pelo governo federal naquele momento, ia se afogar no seu próprio suor em comemoração ao seu 17º aniversário alguns dias depois.
Tirei esta foto de José tempos atrás, durante a operação de fiscalização que o resgatou. Hoje se comemora o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Assim como ele, quase outras 40 mil pessoas já foram retiradas dessas condições desde 1995. Muito se fez para combater o problema, mas muito falta a ser feito. Por exemplo, combater de forma eficaz a pobreza, garantindo acesso a serviços públicos e a oportunidades e não apenas se preocupando com a renda.
E o pior de tudo é ter que ouvir, ano após ano, da boca de nobres deputados federais e senadores, que José não existe. E, por isso, aprovar leis sobre o tema (como a que confisca terras em que esse crime for encontrado) é um fato completamente insano. Coisa de louco.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SERÁ QUE O PIG COMEÇA A FAZER ÁGUA?

Ontem já tinha lido no Terra Brasilis a ótima notícia de que a audiência do Faustão despenca com velocidade vertiginosa. Hoje, mais esta excelente novidade no Blog do Miro. Será que o PIG começa a fazer água?


FOLHA PERDE LIDERANÇA EM CIRCULAÇÃO

Por Altamiro Borges

Depois de 24 anos de hegemonia absoluta, o jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país. A informação, que deve ter tirado o sono da famiglia Frias e de alguns dos seus “calunistas” de plantão, foi divulgada na coluna “Em pauta”, do boletim Meio & Mensagem desta segunda-feira (24).

Segundo explica, ainda faltam alguns dados relativos a dezembro para que o Instituto Verificador de Circulação (IVC) feche seu balanço com o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. Mas, nos números já finalizados, a principal novidade é a perda de liderança da Folha, que era o diário de maior circulação no país desde 1986.

Crescimento dos jornais “populares”

Embora já tivesse perdido a liderança em alguns meses, esta foi a primeira vez que o jornal sucumbiu no consolidado de um ano. O topo do ranking em 2010 foi do Super Notícia, título popular de Belo Horizonte. Enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo média de 295 mil.

Meio & Mensagem publicou o ranking dos dez jornais de maior circulação em 2010 e suas respectivas médias por edição:

1º) Super Notícia: 295.701;

2º) Folha de S. Paulo: 294.498;

3º) O Globo: 262.435;

4º) Extra: 238.236;

5º) O Estado de S. Paulo: 236.369;

6º) Zero Hora: 184.663;

7º) Meia Hora: 157.654;

8º) Correio do Povo: 157.409;

9º) Diário Gaúcho: 150.744;

10º) Lance: 94.683.

Algumas razões do declínio

O declínio da Folha, que é consistente há vários anos – o jornal já chegou a ter um milhão de exemplares nas edições de domingo nos anos 1980 –, tem várias causas. A principal, que afeta toda a mídia impressa, no Brasil e no mundo, é o forte crescimento da internet, que permite maior volume de informações e maior interatividade e retira leitores dos jornalões tradicionais.

Fruto do florescimento desta nova mídia também houve a multiplicação, no mundo inteiro, dos jornais gratuitos e “populares”, a preços mais acessíveis. Os próprios monopólios midiáticos têm investindo neste novo filão para compensar a perda de leitores nos diários decadentes. São estes títulos “populares” que hoje explicam o tímido aumento da circulação de jornais no país.

Há ainda a perda de credibilidade da velha mídia. O sociólogo Emir Sader fala em “crise de moral” e o jornalista Pascual Serrano, em “crise de identidade”. A Folha, com seu falso ecletismo, engole seu próprio veneno. Ao qualificar a ditadura brasileira de “ditabranda” ou publicar uma ficha policial fajuta de Dilma Rousseff, ela é descartada por seus leitores mais críticos. Azar dela!

Fonte:  Blog do Miro

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O PT NÃO VAI DEFENDER LULA?



Vai se institucionalizando uma campanha permanente de “desconstrução” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora que ele não tem mais o palanque presidencial para se contrapor a uma mídia que acredita que pode prestar ao que sobrou da oposição o serviço que, por mais que tentasse, não conseguiu prestar durante os últimos oito anos.
A institucionalização dessa campanha de destruição de imagem do ex-presidente pode ser vista no furioso noticiário, em novelas e até em programas humorísticos. Insultos, desqualificações, acusações, ridicularizações invadiram tevês, rádios, jornais, internet.
Como sempre, a oposição fica quietinha, deixando à mídia a missão de desmoralizar o ex-presidente que ambas acreditam que tentará voltar ao poder em 2014 ou em 2018, preocupação da direita que lhe insinua certa patologia psicológica por tentar desconstruir hoje um político que, como qualquer um de nós, pode nem estar vivo daqui a 4 ou a 8 anos.
Todavia, não falta consciência dos fatos à direita.  Muito pelo contrário: ela sabe muito bem o que está tentando. A destruição do mito Lula é imperativa, para que o povo deixe de acreditar que a política pode lhe mudar a vida “rapidamente” – em termos históricos, oito anos são um piscar de olhos.
A desigualdade brasileira foi construída sobre a premissa do topo da pirâmide social de que seria impossível redistribuir renda rapidamente. O processo demoraria décadas e se daria através do maior enriquecimento dos já muito ricos, de forma que as migalhas acabariam transbordando da mesa do banquete deles.
Lula, em seu governo histórico, provou o contrário. Chegamos ao fim de seu período com um processo intenso de distribuição de renda, ainda que muitos tentem, em vão, desmentir que a renda tenha se desconcentrado no Brasil nos últimos anos, apesar das evidências que caem sobre as cabeças de todos diariamente.
O aumento da participação da renda do trabalho assalariado em relação ao Produto Interno Bruto não deixa dúvidas, mas os pistoleiros da direita na imprensa não param de construir teses malucas que questionam o fato mesmo com eles saltando aos olhos, com aqueles que sempre estiveram alijados do mercado de consumo mergulhando nele de corpo e alma.
O colunista da Folha de São Paulo Clóvis Rossi, por exemplo, há anos trava uma luta inglória no pouco tempo que dedica ao trabalho, com suas coluninhas (agora semanais) na página A2 do jornal nas quais diz que os métodos de aferição da distribuição da renda não contemplam o caixa 2 dos muito ricos e que, por isso, a distribuição de renda propalada seria “lenda”
A tese de Rossi é tão estapafúrdia que não valeria a pena comentar se não fosse o fato de que ainda há formadores de opinião que dão bola a um panfleto partidário como a Folha. Por isso, o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no caderno “Ilustríssima” do jornal, no último domingo, teve que rebater tese tão absurda.
Para resumir, Pochmann deixou claro que os ricos não passaram a ocultar rendimentos hoje e explicou que a comparação, portanto, tem que ser feita entre os indicadores oficiais de hoje e do passado – indicadores como, por exemplo, o índice de Gini.
Esses indicadores com os quais o presidente do Ipea esgrimiu mostram que a renda se concentrou fortemente após o golpe militar de 1964 e permaneceu concentrada, quase sem se mexer, até 2005, a partir de quando começou a se desconcentrar de forma tão intensa que já é possível ver os efeitos, com a classe C  virando maioria da população.
É preciso destruir o que Lula representa, pois. Ou seja: destruir a crença popular que a sociedade veio construindo nos últimos anos de que é possível sonhar com um país menos desigual não só para os netos de nossos netos, mas para os que vivem hoje.
Lula representa esse conceito que vai de encontro à mentalidade que permitiu que o Brasil chegasse a ser, ao fim do século XX, o terceiro país mais desigual do mundo, quadro que só começou a melhorar de verdade ao fim do primeiro mandato do ex-presidente, com seus investimentos imensos na inclusão social.
Há uma aposta da direita de que Dilma Rousseff ficará encolhidinha no Palácio do Planalto até 2014, sem incomodar a elite étnico-financeiro-midiática, prontinha para ser derrotada pelo golden boy conservador de turno.  Acha isso por prever que a presidente da República não assumirá a liderança política que seu cargo impõe e, assim, será facilmente derrotada.
Contudo, a debilidade eleitoral de Dilma daqui a quatro anos depende da destruição moral de Lula e de sua obra, para que ele não tome o lugar da sucessora na sucessão dela ou para que não volte a avalizá-la eleitoralmente com o sucesso  que teve no ano passado.
É nesse ponto que espanta o imobilismo do PT e do próprio governo Dilma diante da campanha difamatória contra o ex-presidente, campanha que a mídia intensificou após ele deixar o poder, no último dia primeiro.
Claro, Dilma não tem nem um mês de governo. Mas e o PT? O partido de Lula não rebate os ataques a ele, à sua família, os deboches, a difusão de uma “herança maldita” que ele teria deixado para a sucessora, teoria tão absurda que não resiste a cinco minutos de análise séria por gente que entenda do traçado.
O governo Dilma não quer marola agora. Vem aí a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, por exemplo. São postos–chave para o governo. Resta saber, apenas, se é inteligente a estratégia de deixar que tentem destruir o legado de Lula e que construam um clima de medo do futuro por conta da tal “herança maldita” que tentam criar.
O debate político é atemporal e não-circunstancial. É perene. Fugir dele já se mostrou um erro – no primeiro turno da campanha eleitoral de 2010. Tudo bem que não estejamos mais em campanha eleitoral, mas como já vi a mídia destruir políticos que durante o mandato foram populares, penso que o PT deveria refletir sobre uma reação a esses ataques.


Fonte:   Blog da Cidadania

UMA CIDADE INTEIRA REPUDIA MENTIRAS E SENSACIONALISMO DA REVISTA VEJA.



A revista Veja fez "reporcagem" que chegou a ser ofensiva à memória dos mortos na tragédia da cidade de Nova Friburgo, e recebeu uma nota de répúdio das autoridades da cidade e do estado. Assinam a nota:

- O Juiz de Direito, Dirigente do Fórum e do 9º NUR-N. Friburgo: Paulo Vagner Guimarães Pena;
- Os Juízes de Direito: Fernando Luis G. de Moraes, e Gustavo Henrique Nascimento;
- O Promotor de Justiça, Coordenador Regional do Ministério Público: Hédel Nara Ramos Jr.;
- O prefeito Dermeval Barboza Moreira Neto (PMDB);
- O Defensor Público, Coordenador Regional da Defensoria Pública: Marcelo Barucke;
- O Presidente da 9ª Subseção da OAB/RJ: Carlos André Rodrigues Pedrazzi;
- O Vice-Presidente da 9ª Subseção da OAB/RJ: Rômulo Luiz de Aquino Colly;
- O Perito Legista, Diretor do IML-AP/RJ: Sérgio Simonsen;
- O Delegado de Polícia de Nova Friburgo: José Pedro Costa da Silva

Segue a nota:

NOTA CONJUNTA DE REPÚDIO

O PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, A OAB/RJ, POR SUA 9ª SUBSEÇÃO, O MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO, O DIRETOR DO IML-AP/RJ E O DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DE NOVA FRIBURGO, vem apresentar nota conjunta repudiando a matéria publicada na Revista Veja, edição 2200, ano 44, nº 03, de 19 de janeiro de 2011, em especial, o conteúdo do último parágrafo de fls. 54 até o primeiro parágrafo de fls. 56, em razão de seu conteúdo totalmente inverídico, conforme será esclarecido a seguir:

1) Inicialmente, cumpre esclarecer que em momento algum os corpos da vítimas fatais ficaram sobrepostos uns sobre os outros no Instituto de Educação de Nova Friburgo, local em que foi montado um posto provisório do IML, em razão da catástrofe que assolou toda esta região, mas sim acomodados separadamente lado a lado no ginásio do Instituto;

2) O acesso ao referido Instituto foi limitado às autoridades públicas e aos integrantes das Instituições inicialmente referidas, sendo certo que o ingresso dos familiares no local para a realização de reconhecimento somente foi permitido após autorização de um dos integrantes das mencionadas instituições e na companhia permanente do mesmo;

3) A liberação dos corpos para sepultamento somente foi autorizada após o devido reconhecimento efetuado por um familiar, sendo totalmente falsa a afirmação de que “ao identificar um conhecido, bastava levá-lo embora, sem a necessidade de comprovar o parentesco”. Frise-se, que mesmo com o reconhecimento, foi realizado posteriormente procedimento de identificação pelos peritos da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, bem como de outros cedidos pela Polícia Civil de São Paulo, pela Polícia Federal e pelo Exercito Brasileiro, estes por intermédio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com a análise da impressão digital, do exame de arcada dentária e exame de DNA;

4) Ademais, cada um dos falecidos foi colocado em uma urna e sepultado individualmente, não existindo qualquer tipo de sepultamento coletivo, mas sim vários sepultamentos individuas e simultâneos no mesmo cemitério;

5) Em meio a infeliz perda de 371 vidas, somente neste Município de Nova Friburgo (até presente momento) é importante registrar que houve apenas 03 (três) casos de divergência dos reconhecimentos feitos pelos parentes, os quais estão sendo devidamente esclarecidos pelos peritos do IML/Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, através do exame das impressões digitais, das arcadas dentárias e do exame de DNA.

Assim, ao contrário do que a narrativa contida na matéria publicada leva o leitor a concluir, não houve uma feira livre na busca e no sepultamento de corpos, mas ao contrário, um trabalho sério realizado por profissionais exemplares, dedicados e comprometidos em minimizar, naquilo em que era possível, o sofrimento da população local, e ainda preservar, dentro das possibilidades existentes, a ordem e a saúde pública.

Aliás, o respeito pelas famílias e pelos corpos dos cidadãos falecidos não permitiria que os mesmos fossem tratados pelas autoridades da maneira descrita pelas jornalistas.

Assim, é com extremo pesar, que em meio a um evento trágico e que entristeceu a todos, tenhamos que vir a público repudiar as inverdades publicadas, de cunho meramente sensacionalista, a fim de evitar que o desserviço gerado pela matéria venha a causar mais prejuízo, sofrimento e comoção aos familiares das vítimas e a toda nossa comunidade.

Nova Friburgo, 21 de janeiro de 2011.  
                                                                                                                                          ( Da prefeitura de Nova Friburgo)

Fonte:  Blog do Saraiva

NOTA DO BRASIL'S NEWS;  Triste não é saber que esta revista existe. Triste é saber que tem gente que a lê e a assina.

domingo, 23 de janeiro de 2011

TROQUE 01 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES


Reproduzo, na íntegra, um e-mail que me foi repassado por uma amiga. Não me dei ao trabalho de verificar para ver se os dados estão rigorosamente corretos. Mas se não estiverem, não importa. A questão moral que se nos apresenta é mais importante que os números, nesse caso.
na verdade a grande maioria aí não vale um professor



  "No  futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do  mundo e todos estão tristes.  
 Na  educação é o 85º e ninguém  reclama..."
 
    
EU  APOIO ESTA TROCA
    
   TROQUE  01 PARLAMENTAR POR 344  PROFESSORES  
 

O  salário de 344 professores que ensinam  =  ao  de 1 parlamentar que rouba
 
   
   Essa  é uma campanha que  vale a pena!  
  
   
Repasso  com solidária revolta!  

Prezado  amigo! 

Sou  professor de Física, de ensino médio de uma  escola pública em uma cidade do interior da  Bahia e gostaria de expor a você o  meu  salário bruto mensal:  R$650,00 
  
 Eu  fico com vergonha até de dizer, mas meu salário  é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais  que outros colegas de profissão que não possuem  um curso superior como eu e recebem minguados  R$440,00. Será que alguém acha que, com um  salário assim, a rede de ensino poderá contar  com professores competentes e dispostos a  ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda  existem bons professores lecionando, atualmente  a regra é essa: O professor faz de conta que dá  aula, o aluno faz de conta que aprende, o  Governo faz de conta que paga e a escola aprova  o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura  verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um  idealista e atualmente vejo a profissão como um  trabalho social. Mas nessa semana, o soco que  tomei na boca do estomago do meu idealismo foi  duro! 
Descobri que um  parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2  milhões por ano...  São os parlamentares mais caros do mundo. O  minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte  R$11.545. 
Na  Itália, são gastos com parlamentares R$3,9  milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões,  na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850  mil e na vizinhaArgentina R$1,3 milhões. 

 
Trocando  em miúdos, um parlamentar custa ao país, por  baixo, 688 professores com curso superior  !


Diante  dos fatos, gostaria muito, amigo, que você  divulgasse minha campanha, na qual o lema  será:

'TROQUE  UM PARLAMENTAR POR 344  PROFESSORES'.

 
Repassar esta mensagem é  uma obrigação, é sinal de patriotismo, pois a vergonha que  atualmente impera em nossa política  está desmotivando o nosso povo e arruinando o nosso querido Brasil. 
É o mínimo que  nós, patriotas, podemos fazer.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DILMA DA "CHEGA PRA LÁ" NA MICROSOFT MANTENDO PREFERÊNCIA POR SOFTWARE LIVRE


Por Augusto da Fonseca, no blog Festival de Besteiras da Imprensa

Para normatizar o uso de software público na Administração, a Secretaria de Logística de TI, do Ministério do Planejamento, publicou nesta quarta-feira, 19/01, no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 1 onde define uma série de diretrizes para a área.

Na verdade, esse trabalho vem sendo feito desde o início do governo Lula. Clique aqui e leia tudo o que o governo federal desenvolve na área de software livre.
Entre as determinações ganham destaque a proibição do uso de componentes, ferramentas e códigos fontes e utilitários proprietários e da dependência de um único fornecedor.
Também proíbe o uso apenas de plataformas proprietárias. Para fazer valer a norma, foi criada uma Comissão de Coordenação, com a participação de representantes da SLTI, da Sepin/MCT e do MDIC. As regras deixam claro que o governo Dilma Rousseff manterá a linha de preferência ao software livre – adotada na Gestão Lula – em detrimento das chamadas plataformas proprietárias.
A Instrução Normativa estabelece ainda uma série de regras para o desenvolvedor de software. Nessa área, por exemplo, fica a partir de agora definido que:
O criador do software deverá, obrigatoriamente, especificar, no cabeçalho de cada arquivo-fonte, que o software está licenciado pelo modelo de licença Creative Commons General Public License – GPL (“Licença Pública Geral”), versão 2.0, em português, ou algum outro modelo de licença livre que venha a ser aprovado pelo Órgão Central do SISP;

O desenvolvedor deverá ainda fornecer a documentação de desenvolvimento do software, que deve:
a) possibilitar que terceiros entendam a arquitetura/estrutura do software e possam contribuir para a sua evolução;
b) conter as informações sobre as tecnologias, frameworks e padrões utilizados, além de descrever os principais componentes e entidades do sistema, assim como as regras de negócio implementadas.
Para elaborar e implementar as políticas, diretrizes e normas relativas ao Software Público Brasileiro, também foi criada uma comissão de coordenação, com a participação de vários ministérios.
Caberá a essa comissão, garantir a estabilidade e a confiabilidade do portal do Software Público Brasileiro, acompanhar e fiscalizar os resultados do uso de software público nos órgãos e entidades da administração pública federal, além de atuar como câmara de arbitragem na resolução de eventuais conflitos entre os participantes do SPB.
A Comissão de Coordenação do Software Público Brasileiro (CCSPB) será composta por:
O símbolo do Linux
I – por um representante, titular e suplente, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que será o seu Presidente – SLTI/MP;
II – por um representante, titular e suplente, da Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia – SEPIN/ MCT;
III – por um representante, titular e suplente, da Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – SIN/MDIC;
IV – por um representante, titular e suplente, da Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Processamento de Dados – ABEP; e
V – por cada um dos coordenadores institucionais de comunidades virtuais do Portal SPB, em decorrência da própria função desempenhada por eles.
§ 1° Os membros elencados nos incisos I a IV do caput deste artigo serão indicados voluntariamente pelo órgão ou entidade de origem e nomeados pelo Secretário de Logística e Tecnologia da Informação.
§ 2° A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação exercerá a função de Secretaria Executiva da Comissão.
§ 3° Os membros da Comissão não receberão qualquer tipo de remuneração, sendo a sua participação na CCSPB considerada como serviço público relevante.
O Convergência Digital divulga a íntegra da Instrução Normativa nº1, publicada nesta quarta-feira, 19/01, pela SLTI (PDF – 80 KB)
Clique aqui e acesse a página do Ubuntu, o sistema operacional baseado em Linux

Fonte:  Escrevinhador

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

NATAL-RN: PRAIAS BELÍSSIMAS, POVO HOSPITALEIRO E EXPLORAÇÃO AOS TURISTAS.


O teacher e as gêmeas na Pousada  Enseada de Ponta Negra

  Com minha esposa, minhas filhas e três amigos passamos uma semana em Natal-RN. Desde a nossa chegada à pousada Enseada de Ponta Negra no domingo dia 09 de Janeiro até a nossa saída, já em um "apart" hotel - Litoral Sul Apart - fomos tratados de forma  generosa e amigavel pelo povo potiguar. As praias - ficamos em Ponta Negra - são belíssimas e os principais pontos turísticos,  além da própria Ponta Negra, A praia de Pirangí -onde fica o maior cajueiro do mundo - e as dunas de Genipabu são tudo aquilo que nos mostram os cartões postais e mais um pouco. 
O teacher e os amigos em Ponta Negra

Apenas uma coisa "enfeiou" um pouco essa passagem maravilhosa por esse verdadeiro paraíso que é Natal. A exploração aos turistas  no bares da areia da praia. Na maioria dos bares da orla, em qualquer ponto turístico, o visitante só senta após "acertar" com o garçom ou dono do bar ou um "taxinha" para ocupar o guarda-sol e as cadeiras - o lugar mais barato que encontrei foi  R$ 10,00 mas tinha lugar de R$ 20,00 e até R$ 30,00! - ou negociar o consumo mínimo - variou de R$ 25,00 a R$ 40,00. 
a patroa e as crianças no maior cajueiro do muunnnndo

Primeiro vamos dizer que isso não é privilégio das praias do Rio Grande do Norte. Há muitos anos não vou a Porto de Galinhas, aqui em Pernambuco.  Mas amigos nos informam que os preços lá são absurdamente altos e também se paga consumo mínimo no bares da orla. Acontece que isso em qualquer lugar é uma exploração! O visitante é coagido a pagar para sentar em uma cadeira na praia ou a se comprometer a consumir um valor mínimo para ter acesso à bebida e aos serviços do bar. Em um bar na praia de Genipabu - não vou citar o nome porque não é esse o objetivo deste texto - "rolou" o maior "stress" com o garçom que, depois de ter nos avisado que só nos sentaríamos nas cadeiras com o compromisso de almoçarmos, passou o tempo todo a nos pressionar com perguntas do tipo: "E aí, já escolheram?". Diante de nosso silêncio passou a nos enviar olhares enviesados e a demorar em nos trazer as bebidas que pedíamos. Só de raiva combinamos que iríamos aguentar a fome até o nosso limite, e o das crianças claro! Embora essas não estivessem nem aí para almoço porque passaram o tempo todo a chupar picolés a comer milho verde e outras guloseimas. Para desespero do tal garçom quando viemos a pedir um peixe para o almoço já passava das duas da tarde. Só de raiva! E para completar ele ainda errou na conta final para mais, é claro.
Dunas de Genipabu: aqui "rolou um 'istressi'!

Volto a destacar aqui que mesmo nesses bares da orla uma vez "acertado" os termos com os garçons e donos o tratamento é VIP - a exceção foi este companheiro de Genipabu. Repito que por onde passamos lá fomos cortejados como visitantes com carinho e respeito. Alíás, O estado do Rio Grande do Norte e a cidade de Natal estão de parabéns pela estrutura montada para receber o turista: praias limpas, estradas e avenidas otimamente sinalizadas - fui de carro e não tive nenhuma dificuldade para me locomover, embora fosse essa a minha primeira vez - e uma rede de hotéis e pousadas muito boa. 
Concluindo: É claro que quando se sai de casa de carro e com a família para passar férias qualquer pessoa vai "prevenida" de dinheiro para fazer frente às suas despesas, não é esse o ponto. É sabido também que quem está trabalhando tem direito a colher o seu lucro.  Não sei se esse "procedimento" nos bares da orla tem autorização das prefeituras e do governo. Agora, vamos combinar:  Em Natal, em Pernambuco ou em qualquer lugar.  Que é errado, isso é!


By the teacher.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

NA VOLTA DAS FÉRIAS ME DEPARO COM AS SANDICES DE FERREIRA GULLAR. TERRA BRASILIS NELE!

O que estará se passando na cabeça de Ferreira Gullar?

Da editoria-geral do Terra Brasilis

O que estará se passando dentro da cabeça daquele que é conhecido por Ferreira Gullar? Pergunto-me. Pergunto-me, mesmo tendo consciência de que o poeta Ferreira Gullar e o homem José Ribamar Ferreira são "entidades distintas". 

Contudo, não há como negar o vínculo entre o artista e o homem [ainda que ele, o homem, lance mão de recursos escamoteadores, como fez o grande poeta português Fernando Pessoacom seus heterônimos [1], ao produzir sua obra.]. Todo trabalho artístico emana de um ser histórico e de sua visão sobre a realidade que o cerca como uma fera a ameaçá-lo. Quiçá, uma esfinge a desafiar: "Decifra-me ou devoro-te".  

O artista [poeta, escritor, pintor, escultor, músico, mímico etc] debasta ou desbasta [2] o real, ora se insurgindo contra ele [não necessariamente, a partir do "engajamento" sartreano], ora se aliando e avalizando a inércia [aqui me refiro ao artista que, com seu fazer artístico, diz o dito, sem nada acrescentar... Isso pode soar subjetivo... E é! Não me furto a admitir, nem a tomar esta posição.].

Sofro pelo poeta por quem tenho profunda admiração. Sofro pelo poeta dePoema Sujo [3], de A Luta Corporal e Novos Poemas, de Dentro da Noite Veloz, de Crime na Flora, de Na Vertigem do Dia. Do fenomenalTraduzir-se...[4]! Mas, sobretudo, encho-me de indignação com o homem que tem feito variadas e rancorosas declarações contra Lula e seu governo. A mais recente delas encontra-se publicada na Folha de São Paulo de hoje [Leia artigo abaixo e comentários do editor-geral do Terra Brasilis].

E o que se lê?

Uma crítica cuja tônica é uma visão tosca, míope. Uma crítica eivada por um esquadrinhamento enviesado acerca das conquistas do governo que, se não foi perfeito [nenhum governo será... Até segunda ordem.], ao menos erigiu a desconstrução das relações sociais em que uma elite mesquinha e nefasta ditava as regras [José Ribamar Ferreira parece ter se aliado a ela]. Elite esta que se locupletva, exclusivamente, com as benesses de e para um estrato arrogante da sociedade. Digo, ainda: o Governo Lula desconstruiu o que estava estampado na testa dessa elite infame que pensava ser a única camada social a ter o direito de urinar guaraná e de defecar bolo de chocolate.

Alguém, em clara referência ao drama familiar por que passa o sr. José Ribamar Ferreira [5], publicou que era o caso de diagnosticar e prescrever algum medicamento para ele. Embora tenha criticado - em artigo - a Lei da Saúde Mental [6], não posso compactuar com a sutil sugestão de que o sr.José Ribamar Ferreira esteja acometido de esquizofrenia, porquanto debilita o debate e avilta a pessoa e a dor que ela sente ao ter de internar um filho. Antes me interessa entender por que o governo Lula é vítima de um discurso vindo de alguém que tanto lutou por reformas para o Brasil deixar de ser um país de injustiças. Confesso que ainda estou matutando...

Ademais, entre Ferreira Gullar [o poeta] e José Ribamar Ferreira [o homem], mantenho o respeito pelo primeiro. Quanto ao segundo...
Quando dois e dois são quatro

O tempo se encarregará de pôr as coisas no lugar. O presidente Médici também obteve 82% de aprovação


TALVEZ SEJA esta a última vez que escreva sobre o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil. Com alívio o vi terminar o seu mandato, [A imensa maioria do povo brasileiro tem uma leitura diferente. Gullar está vivendo em que país?] pois não terei mais que aturá-lo a esbravejar, dia e noite, na televisão, nem que ouvir coisas como esta: "Ele é tão inteligente que fala todas as línguas sem ter aprendido nenhuma". Pois é, pena que não fale tão bem português quanto fala russo. [A mordacidade aqui é desprezível e parece, por um lado, negar a atuação de Gullar no CPC; e, por outro, parece desnudar um sujeito elitista linguisticamente e avesso ao reconhecimento de uma variação de linguagem que não seja a dita padrão. Ainda: como se "falar bonito", em conformidade com a norma padrão da língua, fosse a chave para ser bom governante... Diz aí FHC...!] 
 
É verdade que tivemos, ainda, que aturá-lo nos três últimos dias do mandato, quando "inaugurou" obras inexistentes e fez tudo para ofuscar a presidente que chegava.
 
Depois de passar a faixa, foi para um comício em São Bernardo, onde, até as 23h, continuava berrando [Este berro é o berro de um povo oprimido por séculos de dominação e injustiças sociais que o sr., Gullar, presenciou e atuou para exterminá-las. Esquece-se disso?] no palanque, do qual nunca saíra desde 2002.
 
Aproveitou as últimas chances para exibir toda a sua pobreza intelectual, [Gullar, sua pobreza de espírito assusta. Que tal refletir sobre o intelectualismo idiota de certos governantes anteriores a Lula? Diz aí FHC...!] dizendo-se feliz por deixar o governo no momento em que os Estados Unidos, a Europa e o Japão estão em crise.
 
Alguém precisa alertá-lo para o fato de que a crise, naqueles países, atinge, sobretudo, os trabalhadores. Destituído de senso crítico, atribui a si mesmo ("um torneiro mecânico") o mérito de ter evitado que a crise atingisse o Brasil. Sabe que é mentira mas o diz porque confia no que a maioria da população, desinformada, acreditará. [Ainda que haja desinformação no seio das camadas populares, isso está mudando com a Blogosfera alternativa à mídia golpista da qual o sr., Gullar, se serve para publicar seus artigos e falar as besteiras que fala como se dono da verdade fosse. E acha-se um intelectual, ora...]
 
Isso dá para entender, mas e aqueles que, sem viverem do Bolsa Família nem do empréstimo consignado, veem nele um estadista exemplar, que mudou o Brasil? É incontestável que, durante o seu governo, a economia se expandiu e muita gente pobre melhorou de vida. Mas foi apenas porque ele o quis, ou também porque as condições econômicas o permitiram?
 
Vamos aos fatos: até a criação do Plano Real, a economia brasileira sofria de inflação crônica, que consumia os salários. Qual foi a atitude de Lula ante o Plano Real? Combateu-o ferozmente, afirmando que se tratava de uma medida eleitoreira para durar três meses.
 
À outra medida, que veio consolidar o equilíbrio de nossa economia, a Lei de Responsabilidade Fiscal, Lula e seu partido se opuseram radicalmente, a ponto de entrarem com uma ação no Supremo para revogá-la. Do mesmo modo, Lula se opôs à política de juros do Banco Central e ao superávit primário, providências que complementaram o combate à inflação e garantiram o equilíbrio econômico. [Interessante como há um golpe intelectualoide aqui. Lula e o PT se opuseram, sim, a tais medidas. Entretanto, Lula por compreender que se equivocara fez sua revisão e, a partir das tais medidas, fez com que o Brasil fosse construído para os brasileiros... Isso não ocorria em governos anteriores. Diz aí FHC...!.]. Essas medidas, sim, mudaram o Brasil, preservando o valor do salário e conquistando a confiança internacional.[Mudaram o Brasil por que havia alguém lá, o Lula, que entendeu ser necessário transferir os benefícios para a camada da população sofrida. Fosse FHC e os tucanos... Sem comentários.]. 
 
Lembro-me do tempo em que o preço do pão e do leite subia de três em três dias. Quem tinha grana, aplicava-a no overnight e enriquecia; quem vivia de salário comia menos a cada semana.
 
Se dependesse de Lula e seu partido, nenhuma daquelas medidas teria sido aplicada, e o Brasil - que ele viria a presidir - seria o da inflação galopante e do desequilíbrio financeiro. Teria, então, achado fácil governar? [O intelectual Ferreira Gullar entoa a cantilena das carpideiras. Isso é lastimável para quem se apresenta como integrante da intelligentsiabrasileira.]
 
Após três tentativas frustradas de eleger-se presidente, abandonou o discurso radical e virou Lulinha paz e amor. Ao deixar o governo, com mais de 80% de aprovação, afirmou que "é fácil governar o Brasil, basta fazer o óbvio". Claro, quem encontra a comida pronta e a mesa posta, é só sentar-se e comer o almoço que os outros prepararam.
 
A verdade é que Lula não introduziu nenhuma reforma na estrutura econômica e social do país, mas teve o bom senso de dar prosseguimento ao que os governos anteriores implantaram. A melhoria da sociedade é um processo longo, nenhum governo faz tudo. Inteligente, mas avesso aos estudos, valeu-se de sua sagacidade, já que é impossível conhecer a fundo os problemas de um país sem ler um livro; quem os conhece apenas por ouvir dizer não pode governar.
 
Por isso acho que quem governou foi sua equipe técnica, não ele, que raramente parava em Brasília. Atuou como líder político, não como governante, e, se Dilma fizer certas mudanças, pouco lhe importará, pois nem sabe ao certo do que se trata. Para fugir a perguntas embaraçosas, jamais deu uma entrevista coletiva. Afinal, ninguém, honestamente, acredita que com programas assistencialistas e aumento do salário mínimo se muda o Brasil. [Certamente não, sr. Gullar. E muito menos com visões mesquinhas e distorcidas como as suas.]
 
O tempo se encarregará de pôr as coisas em seu devido lugar. O presidente Emílio Garrastazu Médici também obteve, em 1974, 82% de aprovação. [Aqui, o cúmulo da comparação ou a reafirmação da DITABRANDA. Médici obteve aprovação a título de quê? Quem mediu tal popularidade? Os que estavam sendo torturados nos porões da ditadura? Os que foram obrigados ao exílio? O sr., Gullar, correu risco na era Médici e partiu para o exílio: Moscou, Santiago, Lima. O sr., Gullar, votou - quando esteve fora do Brasil - para que Emílio Garrastazu Médici alcançasse a pseudoaprovação de 82%? Bom saber...] [Folha de São Paulo]

[1] Para ler um artigo do editor-geral sobre Fernando Pessoa [ortônimo] eÁlvaro de Campos [heterônimo], clique AQUI.
[2] Seleção vocabular especial para o grande poeta e irmão na lida Luiz Eurico, carinhosamente chamado de "Lula".
[3] Assista ao vídeo e ouça AQUI.
[4] Assista ao vídeo e ouça AQUI ou AQUI [com Fagner]
[5] Leia AQUI.
[6] Leia AQUI.

Fonte:   Terra Brasilis
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