terça-feira, 31 de agosto de 2010

VEJA: FENÔMENO DE ANTI-JORNALISMO




A obsessão da revista: derrubar Lula
Criada em setembro de 1968, a revista “Veja” é a publicação semanal brasileira de maior tiragem, teoricamente com cerca de um milhão e duzentos mil exemplares. Criada por Mino Carta, atualmente diretor de redação da Carta Capital, e Victor Civita – estadunidense filho de italianos, fundador do Grupo Abril – a revista foi por um longo período paradigma para o jornalismo brasileiro. Por sua redação, passaram nomes importantes da profissão; e, por suas páginas, grandes personagens da história – entre seus entrevistados estão Vinícius de Moraes, Yasser Arafat, Salvador Dalí, Tarsila do Amaral e Sérgio Buarque de Holanda.
Mas, em anos recentes, a revista tornou-se alvo de intensas críticas. Na internet, disseminam-se pequenas e grandes iniciativas de informação e contraponto ao tipo de jornalismo feito por lá. Esse mesmo Escrevinhador - Rodrigo Vianna denunciou a entrevista que nunca existiu, mas que a revista publicou; e mostrou a história do professor que foi alvo de manipulação pelo veículo, além da peculiar análise do semanário sobre a Bolívia .
O jornalista Fábio Jammal Makhoul decidiu debruçar-se sobre a revista Veja para formular sua tese de mestrado em Ciência Política para a PUC de São Paulo. A dissertação analisou a publicação durante o primeiro mandato de Lula , de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Fábio constatou que houve, de modo deliberado, uma cobertura tendenciosa com o objetivo de desestabilizar o governo. Os números são impressionantes: “40,6% da cobertura de Veja sobre o primeiro governo petista noticiou os escândalos do Planalto e, conseqüentemente, Lula e o PT de forma negativa”. O governo ocupou “54 capas de Veja, das 206 publicadas no período”, destas “32 tratavam de escândalos, segundo classificação da própria Veja, ou seja, 59,3% do total”.
Segundo Fábio, esse sistemático ataque levou ao surgimento de inúmeras críticas que “abalaram a própria revista, que se sentiu na obrigação de reafirmar sua ‘imparcialidade e independência’ a todo o tempo em 2005 e 2006”.
Rodrigo Vianna entrevistou Fábio Jammal Makhoul para expor e debater seu estudo e o papel desempenhado pela revista. Confira a seguir.
Como surgiu a ideia de estudar a revista Veja?
O principal motivo que me levou a pesquisar a revista Veja é jornalístico. A degradação do jornalismo da revista nos últimos anos foi assustadora. Veja é a maior revista semanal de informação do Brasil, com tiragem superior a 1,2 milhão de exemplares. Um número muito maior que o das demais publicações do segmento. Veja é a quarta maior revista de informação do mundo e seu jornalismo já foi referência para toda mídia impressa brasileira. Mas, nos últimos anos, o semanário também se transformou no maior fenômeno de anti-jornalismo do país.
De 2005 para cá, a revista se perdeu completamente em reportagens baseadas em ilações e xingamentos, que ignoraram as regras mais básicas do jornalismo e rasgaram todos os códigos de ética da profissão. Virou um verdadeiro pasquim, com matérias que se revelaram fantasiosas e recheadas de ataques e manipulações da informação. Isso não quer dizer que o PT e o governo Lula sejam os bonzinhos da história e nem as vítimas da grande imprensa. Pelo contrário, houve erros gravíssimos na administração federal, que precisavam ser apurados e divulgados pela mídia. Entretanto, o jornalismo da grande imprensa conseguiu ser mais antiético que os próprios políticos que eram acusados, com erros grosseiros que comprometeram a imagem desses veículos, principalmente a da revista Veja, que foi a mais engajada na tentativa frustrada de derrubar o presidente da República em 2005 e 2006.
Muito se fala sobre cobertura parcial da Veja. Por meio da sua pesquisa, foi possível constatar a veracidade dessas observações?
Sim, e nem precisava de uma pesquisa acadêmica ou mais aprofundada. Basta uma leitura simples da revista para constatar que Veja tem um lado quando o assunto é política. Hoje temos uma bipolarização partidária no Brasil, com PT e PSDB monopolizando a disputa eleitoral. E a revista Veja está claramente do lado do PSDB e completamente contra o PT. Se você pesquisar a revista desde o início dos anos de 1980 vai constatar que o Partido dos Trabalhadores e o próprio Lula nunca tiveram um tratamento positivo nas páginas de Veja.
Essa história de imparcialidade da imprensa não existe. Os veículos de comunicação são empresas e têm seus interesses e preferências políticas. O jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, sempre foi conservador e nunca escondeu isso. Assumir uma posição ideológica ou política não é ruim. É até saudável e democrático, os grandes jornais da Europa e dos Estados Unidos fazem isso. Pelo menos, o leitor sabe claramente qual é a orientação editorial da publicação. O problema é quando se abandona o jornalismo para se transformar num panfleto político-partidário. E foi o que aconteceu com Veja de 2005 para cá. Nos dois primeiros anos do primeiro mandato de Lula, o semanário ainda fez jornalismo, mas, ao apostar que poderia derrubar o presidente da República em 2005, perdeu a aposta e a credibilidade. Com o escândalo do “mensalão”, Veja captou o antilulismo e o antipetismo da chamada classe média que lê a revista e iniciou sua campanha pelo impeachment do presidente. Só que a questão política serviu para que Veja se sentisse à vontade para cometer os abusos que quisesse. Uma coisa é a crítica política que se viu no Estadão e n’ O Globo, por exemplo. Outra coisa é partir para o xingamento, como fez Veja.
Você poderia citar capas e matérias que seguramente continham distorções, inverdades, ataques ou parcialidade?
Há muitos exemplos, principalmente em 2005 e 2006. Uma das capas que mais me chamou a atenção foi a da edição de 16 de março de 2005. A revista tentou fabricar uma crise para os petistas, com uma reportagem que prometia ser “bombástica”. A manchete da capa era: “Tentáculos das Farc no Brasil”. Em letras menores, a revista diz que “espiões da Abin gravaram representantes da narcoguerrilha colombiana anunciando doação de 5 milhões de dólares para candidatos petistas na campanha de 2002”.
A capa é chamativa, cheia de dólares ao fundo e uma foto do militante petista que teria recebido dinheiro das Farc. Embora a revista tenha considerado a reportagem forte o suficiente para ser a capa da edição, no corpo da matéria há três ressalvas de que o semanário não tinha como comprovar as acusações. O tema foi repercutido por um mês até sumir das páginas de Veja. O Ministério Público e o Congresso Nacional investigaram e não acharam nada e a revista sequer se desmentiu o publicou o final da história. Capa parecida foi a de 2 de novembro de 2005, que dizia que a campanha de Lula recebeu dólares de Cuba. A matéria é toda fantasiosa e com denúncias em off que nunca se confirmaram.
Levantamento e classificação das capas.
Uma das partes da sua dissertação se intitula “O discurso político das capas”. Você poderia explicitar qual é este discurso?Nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, o governo e o PT foram os principais temas da capa deVeja, ocupando mais de um quarto das manchetes do período. Com 49 capas negativas, a revista lançou mão de uma estratégia discursiva que visava claramente dar a Lula o mesmo destino de Collor: o impeachment. Sem sucesso neste intento, o semanário passou a trabalhar para evitar a reeleição do petista. A revista não foinada sutil em sua estratégia, pelo contrário, foi arrogante, agressiva, preconceituosa. O preconceito, aliás, foi uma das modalizações discursivas contra o governo mais utilizadas pela publicação, principalmente na capa. Desde o primeiro ano do mandato, em 2003, a revista procurou tematizar sobre a ética no PT. O enunciador sempre deixou claro que ela não passava de discurso para chegar ao poder, mas, assim que os escândalos começaram, Veja tratou de provar que o PT era pior que os demais partidos neste quesito. Entre os muitos preconceitos despejados pelo enunciador na capa está a associação entre o PT e bandidos; de traficantes a assassinos.
A suposta falta de escolaridade e de atenção dos petistas com a educação também foram bastante exploradas, sendo que o enunciador não se intimidou para fazer alusão ao animal burro em diversas ocasiões. O esquerdismo do PT também foi apresentado negativamente e de forma preconceituosa. Vejamostrou aos leitores que a máquina pública foi tomada pelos petistas, que aparelharam o Estado como fizeram os soviéticos. Aliás, autoritarismo foi outro tema explorado, que procurou mostrar um PT stalinista e ditador.
A corrupção, entretanto, foi o tema mais explorado nas capas que retrataram o PT e o governo Lula. Com uma série de escândalos em pauta, a revista usou uma das estratégias mais controversas e criticáveis: a comparação entre Lula e Collor. Comparações são sempre complicadas, mas o enunciador de Veja, posicionado e ideológico, relacionou os dois presidentes de forma simplista e forçada.
Com esta modalização discursiva, Veja pôde finalmente trabalhar pelo impeachment de um Lula sem moral, sem ética, corrupto, chefe de quadrilha, despreparado e que fez um primeiro mandato pífio, segundo as capas do semanário. Assim, a revista ousou também decretar o fim do PT. Errou em todas as apostas. Para justificar suas derrotas, VejaVejaVeja aposta que sabem votar, resta a resignação, já que os negros, pobres, analfabetos e nordestinos vão decidir as eleições. encontrou uma explicação baseada e mais preconceitos. Na edição de 16 de agosto de 2006, quando as pesquisas apontavam vitória fácil de Lula na disputa pela reeleição, veiculou uma capa com a foto de uma jovem negra segurando o título de eleitor. A manchete era: “Ela pode decidir a eleição”. O subtítulo explica quem é ela: “nordestina, 27 anos, educação média, 450 reais por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro”. Ou seja, ela é o retrato do Brasil e não dos leitores da revista, que são das classes A e B. Para esses, que o enunciador de
Na introdução do seu trabalho, você apresenta a revista Veja como protagonista de escândalos. Ao que você se refere ao chamar a Veja de protagonista?
Podemos dizer que praticamente toda a chamada grande imprensa aproveitou os erros e desmandos do PT na primeira gestão do Lula para denegrir a imagem do partido e impedir a reeleição do presidente. Mas a revista Veja foi protagonista porque foi a mais enfática na campanha contra os petista e a que mais cometeu erros do ponto de vista jornalístico. Além disso, suas reportagens serviram tanto para iniciar um escândalo como para mantê-lo na pauta da mídia. Em muitos momentos, principalmente durante o escândalo “mensalão”, as reportagens de Veja alimentaram os jornais diários e a própria TV.
Você afirma que “ao todo, Veja publicou 206 edições entre 1° de janeiro de 2003 e o dia 31 de dezembro de 2006. Neste período, a revista produziu 621 reportagens sobre o primeiro governo do PT. Dessas, 252 trataram dos escândalos.” Isso quer dizer que, na média, havia três matérias sobre o governo por edição e sempre uma sobre algum escândalo?
Sim, e mesmo quando a matéria não era sobre escândalos, o enfoque que era dado ao Lula e ao PT era negativo. No meu trabalho deixo claro que o Partido dos Trabalhadores, uma vez no poder, cometeu uma série de irregularidades que deveria sim ser apurada e noticiada. Mas a forma com que a grande imprensa fez a cobertura, principalmente a Veja, visava apenas derrubar o PT do poder e não denunciar as mazelas do nosso sistemas político e eleitoral brasileiro, que estão no cerne do “mensalão” e de vários outros escândalos e que continuaram intactos. Muitos desses problemas que geram toda sorte de abuso de poder são antigos e foram mostrados por diversos autores.
Talvez o melhor lugar para se buscar conhecimento sobre o funcionamento da política seja na obra de Nicolau Maquiavel. Não é à toa que sua bibliografia é chamada de realismo político. Lá se encontra a pura realidade sobre a política. Para divagar um pouco, me arrisco a fazer um paralelo entre Maquiavel e o governo Lula. O PT sempre empunhou a bandeira da ética e bradou que é possível ter “pureza” dentro do jogo político e eleitoral brasileiro. Mas, para chegar ao poder, teve de lançar mão das mesmas práticas que condenava em outros partidos, assim como fez para governar o país. Um jornalismo investigativo sério e isento poderia constatar isso e denunciar de forma séria e isenta. Assim, o PT mostraria o realismo político, que desnudaria os problemas que assolam nossos sistemas político e eleitoral.
Uma cobertura sóbria, que não fosse tendenciosa ao ponto de mostrar que o governo do PSDB sim foi puro, poderia causar uma indignação suficiente para que o Brasil finalmente fizesse uma reforma que melhorasse efetivamente os nossos sistemas político e eleitoral. Mas, ao fazer uma cobertura parcial e tendenciosa, o jornalismo chamou mais a atenção do que os escândalos que noticiava, não contribuindo em nada com o país.
As capas analisadas, de 2003 a 2006, seguiram sempre o mesmo tom ao tratar do PT? É possível delimitar períodos de maiores ofensivas ou recuos?
Veja só se manteve recuada nos ataques no primeiro ano do mandato de Lula, 2003. Em 2004, começou sua ofensiva, embora de forma meio tímida. Mas em 2005 e 2006, Lula e o PT foram os principais temas da capa. Em 2005, das 52 edições, Lula e o PT aparecem de forma negativa em 24 capas, sendo 18 delas classificadas pela própria Veja no tema escândalo. Ou seja, quase a metade das edições abordaram o presidente negativamente. Em 2006, último ano de governo, Veja publicou 15 capas sobre Lula e o PT, todas desfavoráveis em pleno ano eleitoral.
Nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, o governo e o PT foram os principais temas da capa deVeja, ocupando mais de um quarto das manchetes do período. Foram 49 capas negativas, sendo 39 só em 2005 e 2006. Comparativamente à atuação de governos passados, o tratamento da imprensa e de Vejaà gestão Lula foi muito desigual. Durante a era tucana, por exemplo, as denúncias contra o governo federal não tiveram muito destaque. Em 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi acusado de comprar votos para a aprovação da emenda que permitiu sua reeleição, havia denúncias sobre as privatizações e corrupção em vários órgãos ligados ao governo federal, como a Sudam e a Sudene. Naquele ano, apenas uma capa foi feita sobre as acusações, com a foto de Sérgio Motta, então ministro-chefe da Casa Civil, e a chamada da capa era: “Reeleição”.
Já em 2005, com Lula na presidência, forma dezoito capas sequenciais durante quatro meses de puro bombardeio. Veja chegou a defender o fim do PT e que isso seria benéfico para a política brasileira, já que até na oposição sua atuação foi prejudicial para o país. Veja nunca havia defendido o fim de nenhum partido e nem usado tantos adjetivos negativos como usou para falar sobre os petistas.
Em 2006, em pleno período eleitoral, a revista veiculou cinco capas negativas para o governo, entre 23 de agosto e 25 de outubro. Isto quer dizer que as capas de metade das edições de Veja que circularam enquanto as eleições se definiam eram ruins para Lula. Enquanto isso, Geraldo Alckmin (PSDB), seu principal adversário, não apareceu negativamente em nenhuma capa de Veja neste período. Pelo contrário, neste período o candidato do PSDB era mostrado de maneira positiva. Só no período do segundo turno das eleições, Lula foi alvo de quatro reportagens de Veja e em todas elas ele aparece de forma negativa. Já Geraldo Alckmin aparece em duas matérias neste período. Ambas com abordagens positivas para o tucano.
As manchetes veiculadas nas capas estavam de acordo com a reportagem produzida ou havia discrepâncias com o intuito de chamar a atenção do leitor?
As manchetes eram mais sensacionalistas, mas as reportagens também seguiam a mesma linha. Ainda assim, é possível perceber muitas discrepâncias, como aquela capa das Farc que eu já citei. Na capa, VejaVeja para enquadrá-la ao perfil do eleitor médio. Ou seja, vale até mentir a idade da moça para montar um perfil da qual ela não se enquadra totalmente. Além das capas, você analisou também os editorais da Veja. Foi possível encontrar correspondência entre a posição oficial da revista e o conteúdo por ela produzido, que em tese é independente? afirma que o PT recebeu dinheiro das Farc e na matéria há três ressalvas de que o repórter não conseguiu nenhuma prova. Outra capa que chama a atenção é aquela que eu também citei sobre a nordestina, negra e pobre que iria decidir a eleição em favor de Lula. O subtítulo diz que Gilmara Cerqueira tinha 27 anos. Mas na foto é possível observar a data de seu nascimento no título de eleitor e pode-se ver que ela tinha 30 anos na época e não 27 como rebaixou
As críticas que a revista Veja recebeu durante o primeiro governo Lula, principalmente nos dois últimos anos, abalaram a própria revista, que se sentiu na obrigação de reafirmar sua “imparcialidade e independência” a todo o tempo em 2005 e 2006. Durante a crise do “mensalão”, Veja usou a maior parte dos editoriais de junho a dezembro de 2005 para justificar a matéria da semana anterior e ratificar seu compromisso com um jornalismo sério. Logo no primeiro editorial do início da crise do mensalão, em 1º de junho de 2005, Vejagarante que “não escolhe suas reportagens investigativas com base em preferências partidárias ou ideológicas”. E o curioso é que todos os editoriais das edições seguintes eram para justificar suas reportagens, sempre reafirmando uma imparcialidade que não se via nas reportagens.
Você discute o paradigma da imparcialidade e neutralidade no qual é baseado o discurso dos meios de comunicação entretanto você apresenta argumentos sobre a inviabilidade destes paradigmas se concretizarem. A partir da sua pesquisa, é possível concluir se a parcialidade da revista Veja é fruto de uma política deliberada ou consequência da inviabilidade de se fazer um jornalismo imparcial?
É fruto de uma politica deliberada. É claro que é quase impossível fazer um jornalismo totalmente isento. Mas você pode pelo menos buscar a isenção, ouvindo os dois lados, dando o mesmo peso para as diferentes versões e não utilizando adjetivos, por exemplo. Veja nem tentou ser imparcial, pelo contrário. Ela tinha uma estratégia discursiva e a seguiu até o fim com um objetivo bem claro: derrubar Lula da presidência.
Ao se contrapor ao governo Lula e ao PT, a revista Veja apresentava qual projeto para o Brasil apoiava ou qual setor o representava?
A primeira edição após a reeleição de Lula, publicada em 8 de novembro de 2006, é a que mostra mais claramente a posição da revista. A matéria de capa defende que é preciso deixar para trás a “visão tacanha” de que a miséria pode ser superada pelo “princípio bolchevique” de tirar dos ricos e dar aos pobres.
Para Veja, a miséria só será superada pela produção de riqueza e para isso “o gênio humano não concebeu nada mais eficiente do que o velho e bom capitalismo, com seus mercados livres, empreendedores ambiciosos e empresas inovadoras”. Veja aconselha Lula a “aposentar para sempre a ideia de palanque de que o Brasil é como um sobrado – em que só há andar de cima e andar de baixo e, portanto, o único trabalho é fazer com que todos passem a habitar o pedaço de cima. Isso é uma interpretação tão tosca da sociedade brasileira que, na sua estupidez simplificadora, neutraliza o papel crucial e dinamizador exercido pela classe média”.
Veja diz que falta ao presidente maior clareza sobre como promover de maneira mais vigorosa as condições para que a iniciativa privada produza mais conhecimento tecnológico de ponta, inove mais e multiplique seus índices de produtividade. E acrescenta: “Para fazer o país avançar, produzir riqueza e gerar justiça, o presidente Lula tem muitos desafios para superar – e um deles começa em casa. O Partido dos Trabalhadores, que se transformou numa usina de escândalos, divulgou uma nota oficial cobrando que no novo mandato Lula faça um ‘governo de esquerda’. Ninguém sabe exatamente o que isso quer dizer, mas é certo que significa mandar às favas o equilíbrio fiscal e o controle da inflação em troca de um crescimento econômico tão duradouro quanto um voo de galinha”.
Essa é a primeira vez na cobertura do governo Lula que Veja assume com todas as letras que fala em nome das classes mais abastadas e que defende uma política e um projeto de Estado mais à direita do que voltados para o social. Sua intenção é proteger o capital como fica claro neste texto. Para a revista, é preciso esquecer a ideia de que “o único trabalho é fazer com que todos passem a habitar o pedaço de cima”. Ou seja, não interessa colocar os mais pobres no mesmo patamar dos ricos é preciso “promover de maneira mais vigorosa as condições para que a iniciativa privada produza mais conhecimento tecnológico de ponta, inove mais e multiplique seus índices de produtividade”.
Juliana Sada
BY Escrevinhador.
importado do Com Texto Livre

domingo, 29 de agosto de 2010

ANTES A PALAVRA "GOLPE" TINHA SENTIDO METAFÓRICO, AGORA NÃO.

                                         o limbo, lugar para onde irá o candidato insano

Antes da visita de Serra ao Clube da Aeronáutica, no Rio, neste sábado, a palavra "golpe" tão usada por nós aqui na internet, referindo-se  às ações do PIG, do PSDB , de seus partidos perífericos e seus respectivos presidentes, os quais não merecem nem registro aqui, tinha um sentido metafórico. Eles estavam tentando um golpe, mas não um golpe no seu sentido denotativo: militares na rua, tomada do poder pela força, tiros, bombas, violência, subtração de direitos fundamentais, etc, etc. Era um golpe mais sutil. Mas depois dessa "palestra" de  um candidato a Presidente da República a militares usando expressões do tipo  “Em 64, não sei se os senhores já estavam nas Forças Armadas, mas uma grande motivação da derrubada de Jango era a ideia, equivocada, de uma ‘república sindicalista’ (fonte: portal IG), , ou essa: “Eles reabriram a questão da anistia, que ao meu ver é um equívoco. Uma coisa é o conhecimento do que aconteceu... A lei pegaria a gente dos dois lados”. mesma fonte , chega-se a conclusão que a palavra golpe a partir de agora deve ser encarada em seu sentido exato, como foi em 64, como foi recentemente em Honduras, como se tentou na Venezuela. Agora, o que a sociedade organizada brasileira tem a fazer é exigir explicações ao senhor José Serra. Não se pode admitir que em em desespero "nunca antes na história deste país" visto em um candidato (este não é o seu primeiro ato tresloucado) se busque em militares apoio a discursos golpistas e antidemocráticos. O encontro foi à portas fechadas, para que ele tivesse oportunidade de despejar todo seu veneno golpista sem o conhecimento da sociedade. A imprensa que lhe é cúmprice, calou covardemente diante de uma atitude de quem dias antes acusava o governo de cerceamento da liberdade de imprensa. No seu partido, que a cada dia que passa resvala mais para a sarjeta do ostracismo político, dizem ainda haver políticos de respeito e que, a sua maneira, querem o melhor para o país. Alguém precisa deter este cidadão. O que ele tem feito atualmente está saindo dos limites da sanidade: Usar uma favela  falsa, colocar seu maior adversário político no seu guia e ainda lhe fazer elogios, montar uma arte com um aqueduto falso cortando o Nordeste, tudo isso se admitiu, embora ninguém tenha entendido. Agora, esbravejar diante de  militares um discurso golpista e reacionário em plena democracia, em pleno período eleitoral já é demais. Repito, a sociedade organizada brasileira não pode se calar diante disso. E o eleitorado brasileiro deve mandar este candidato insano para o limbo da vida nacional, onde ele ficará a remoer o seu rancor em meio ao esquecimento e o abandono.


by the teacher.

AS ELEIÇÕES PAULISTAS E O FATOR LULA


Do Estadão
Candidato do PSDB caiu na capital, mas manteve índices de intenção de voto em outras regiões; Mercadante cresceu em todo o Estado
Malu Delgado e Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo
Na corrida pelo governo de São Paulo, a vantagem do líder Geraldo Alckmin (PSDB) sobre Aloizio Mercadante (PT) é maior no interior que na capital, segundo a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.
Entre o fim de julho e o fim de agosto, Alckmin caiu nove pontos na cidade de São Paulo, de 51% para 42%, mas apenas oscilou dentro da margem de erro na região metropolitana e no interior. Em todo o Estado, ele tem 47% dos votos.
Mercadante cresceu nas três áreas, com destaque para a capital (de 15% para 26%) e o interior (de 13% para 23%). Mas, com 23% das preferências em todo o Estado, ele ainda tem menos da metade dos potenciais eleitores do principal adversário.
Considerando-se apenas os votos válidos, excluídos os brancos, nulos e eleitores indecisos, o candidato do PSDB tem hoje 57%, sete pontos a mais do que o necessário para vencer no primeiro turno.
Apesar da desvantagem de seu candidato, dirigentes petistas se declaram animados com a campanha. Pesquisas qualitativas feitas a pedido do PT nas últimas duas semanas sinalizam grande potencial de transferência de votos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Mercadante, assim como aconteceu com a presidenciável Dilma Rousseff.
Televisão. A aparição de Lula no programa eleitoral de Mercadante foi bem avaliada, segundo o PT, e eleitores indecisos começaram a cogitar a possibilidade de votar no petista devido à essa associação de imagens.
A conexão Mercadante-Lula já merece a atenção de Alckmin. No debate Estadão/TV Gazeta, na última terça-feira, ele lembrou o episódio dos "aloprados", quando petistas envolvidos na campanha de Mercadante, em 2006, negociaram a compra de um suposto dossiê contra tucanos. O episódio contaminou a campanha de reeleição de Lula e o levou para o segundo turno com o próprio Alckmin.
As pesquisas qualitativas recentes também enumeram casos de eleitores de Alckmin que se mostraram dispostos a mudar o voto por Mercadante. Eleitores decididos a votar em Dilma Rousseff para a Presidência por causa da influência de Lula passaram, segundo essas sondagens feitas pelo PT, a considerar a possibilidade de votar em Mercadante ao tomar conhecimento de que ele também é apoiado por Lula.
Atualmente, dos eleitores de Dilma em São Paulo, 46% dizem que votarão em Mercadante para governador, e 31% em Alckmin. Há um mês, apenas um terço dos "dilmistas" se declarava também eleitor de Mercadante.
Nas qualitativas, em que o eleitor é chamado a opinar sobre os programas independentemente de seu voto e de suas preferências, a apresentação que Lula fez sobre Mercadante e a ligação política entre os dois rendeu a sensação de "credibilidade e experiência política" do senador.
Segundo opiniões desses eleitores ouvidos, e conforme relato de integrantes da campanha de Mercadante, a possibilidade de o candidato do PT em São Paulo trabalhar em sintonia com Dilma começa a mobilizar votos. Na cabeça dos eleitores, "Mercadante vai ter o apoio da Dilma" e isso pode ser importante para o Estado.
Essas mesmas pesquisas mostram que Alckmin é bem avaliado e ainda aparece como o candidato mais competitivo. O tucano é associado a um perfil de seriedade e alguns programas implementados pelo PSDB no Estado, como as Fatecs e Etecs (faculdades e escolas técnicas) e o Dose Certa (distribuição gratuita de remédios) são elogiados e bem avaliados.
abduzido do Luis Nassif on line

ATIVISTA QUE DENUNCIOU A EXISTÊNCIA DA VALA COMUM FOI ENCONTRADA MORTA

domingo, 29 de agosto de 2010


GilsonSampaio
Não faz muito tempo, a mídia golpista e venal se fartou de defender os mercenários cubanos que estavam presos na Ilha. A Venezuela é outro alvo preferencial. Assim como a Bolívia e o Irã.
Já a Colômbia, do ex-narcopresidente Álvaro Uribe, a queridinha da direita raivosa, só é citada para condenar as Farc’s e o ELN.
É o tal de direitos humanos seletivos.

Sanguessugado do Sarrabulhada
BOGOTÁ, 23 AGO (ANSA) - A dirigente Norma Irene Pérez, ativista de direitos humanos da cidade colombiana La Macarena, integrante do grupo quedenunciou a presença da maior vala comum da América Latina em julho passado, foi assassinada a tiros, denunciou hoje o deputado Iván Cepeda. Em entrevista à ANSA, Cepeda disse que em 7 de agosto Pérez desapareceu e seis dias depois seu corpo foi encontrado baleado. O congressista, do Polo Democrático Alternativo (PDA, de esquerda), lembrou que a mulher assassinada participou da audiência pública convocada sob o título "A crise humanitária e as planícies orientais", onde foi denunciada a existência de uma vala comum com dois mil cadáveres em La Macarena, sul do país. O local seria pertencente ao Exército. A denúncia foi levada ao Congresso pela senadora do Partido Liberal (PL) Piedad Córdoba há um mês, e endossada também pela senadora Gloria Inês Ramírez, também do PDA. Frente à acusação, o governo colombiano, então a cargo de Álvaro Uribe (2002-2010), disse que o lugar era um cemitério legal, reconhecendo a existência de 449 corpos de pessoas mortas em combate nos últimos oito anos. "Não sabemos a origem desta situação, mas havia advertido sobre os riscos para aquelas pessoas que denunciaram a questão de La Macarena", afirmou o deputado à ANSA, negando estar sendo ameaçado em decorrência do caso. Segundo ele, haverá ainda outro debate no Parlamento sobre o local denunciado. Foram citados para acompanhar a sessão os ministros da Defesa, Rodrigo Rivera, e do Interior e Justiça, Germán Vargas Lleras, que concorreu às últimas eleições presidenciais pelo Partido Mudança Radical. Além deles, estarão presentes procuradores e promotores do país. As autoridades, agora sob o governo de Juan Manuel Santos - que fora ministro da Defesa de Uribe -, ainda não se pronunciaram sobre tal execução.
Fonte: ANSA
Fontes anteriores citadas acima. 
importado do Terra Brasilis

sábado, 28 de agosto de 2010

A FÁBRICA PAULISTA DE FRACASSADOS



O ser humano tem duas habilidades natas fundamentais: aprender e ensinar. Aprendemos e ensinamos o tempo todo, durante toda a vida. Muitos decidem aprofundar esta prática quando descobrem que é uma vocação – e tornam-se professores. E não há outra razão em seguir este caminho que não seja o amor ao ofício. Jamais se viu um professor enriquecer através de sua profissão.

Qualquer um de nós, se puxar da memória, vai se lembrar de seus professores – especialmente daqueles que o acompanharam durante o processo de alfabetização. E mesmo que os tenhamos odiado em algum momento – por uma nota baixa recebida ou pela repetência que nos impuseram – guardamos um carinho especial por eles. Foram um pouco nossos pais e nossas mães naqueles tempos.

Dá pra imaginar nossos antigos professores apanhando da polícia? Ou recebendo um salário tão miserável que, para terem uma vida digna e condições de sustentar suas famílias, fossem obrigados a trabalhar 16 horas por dia, se alimentando mal, dormindo pouco e quase não tendo convívio com suas próprias famílias? E como se não bastasse, sentindo-se humilhados pela sociedade e impotentes diante da delinquência e do baixo aproveitamento de seus alunos?

É claro que me refiro aqui ao retrato do ensino público em São Paulo. Ao contrário das fantasiosas imagens veiculadas na TV pelo governo paulista, não há dois professores em sala de aula. Não há alegria nem entusiasmo por parte dos alunos. Não há professores sorridentes, bem dispostos e orgulhosos de seu nobre ofício. Muito menos alunos bem formados nas escolas públicas conquistando vagas no ensino superior.

Direto ao ponto: salvo raríssimas exceções, não há ensino algum nas salas de aula das escolas públicas de São Paulo. Os jovens de famílias humildes chegam ao segundo grau semi-analfabetos e incapazes de, sequer, resolver um simples exercício de aritmética. A maioria desiste e muitos se aproximam perigosamente das drogas e da marginalidade.

Os assaltantes, assassinos, sequestradores, traficantes, viciados, prostitutas e moradores de rua da São Paulo de amanhã, são os alunos de suas escolas públicas de hoje. Pode-se afirmar que, sob o sistema de ensino público do PSDB – que coloca o estado como campeão nacional do pior aproveitamento escolar – São Paulo é o maior produtor de semi-analfabetos do país.

Enquanto as elites paulistas vivem numa ilha cercada de bairros pobres e seus filhos recebem educação em escolas particulares, os governos demo-tucanos reservam o desprezo absoluto à educação pública. (Como acontece, aliás, em relação a TODOS os serviços públicos de São Paulo). Salas de aula superlotadas, instalações deterioradas, falta de material, merendas infectadas por coliformes fecais, salários de fome, falta de segurança, professores reféns da violência, alunos drogados…

Para amenizar o problema de superlotação, no lugar de investimentos, o governo do PSDB instituiu, desde 1996, um mecanismo excludente que chamou de Sistema de Progressão Continuada. Justificam o “moderno sistema” com uma baboseira psicopedagógica que nem vale a pena comentar. Na prática, a Progressão Continuada, ancorada à decadência da rede educacional paulista, não passa de um incentivo à vagabundagem que garante ao aluno passar de ano sem aprender nada e “liberar” a vaga.

É sabido que o baixo aproveitamento no ensino fundamental afetará o aluno no restante dos estudos e por toda sua vida. Porque existem fases para cada grau do aprendizado. O aluno não pode voltar para o início esperando recuperar-se da má formação fundamental. Não terá a mesma janela mental depois de adulto.

O PSDB não tem justificativas. Estão há 4 mandatos governando o estado e nada melhora. E a educação paulista é um lixo incontestável. Quantos mandatos mais precisarão para resolver os problemas nesta área que muito mais que recursos, exige vontade? Possuem o maior orçamento da união e sangram verbas astronômicas com uma obra faraônica, o Rodoanel, que há mais de uma década cultuam como um monumento sagrado ao desenvolvimento.

A propaganda televisiva, a blindagem aos governos do PSDB pela mídia paulista e a demonização do governo federal, reduzem as eleições estaduais a um jogo de cartas marcadas onde se revezam os mesmos políticos e mantêm-se o governo sob controle permanente do PSDB. O cidadão paulista que, do alto de sua arrogância, se considera superior e mantenedor do resto do país porque aprendeu a se autodenominar “locomotiva”, é, na verdade o grande ludibriado e também sofre na pele as consequências da exclusão social – mesmo pertencendo à “margem” das elites. Pois a enorme legião de fracassados produzidos no ensino público de São Paulo, faz da classe média sua principal vítima. Se não, de onde surgem os bandidos que atacam a população da classe média, praticando latrocínios, sequestros relâmpago, estelionatos etc e batendo recordes anuais de violência? Do nordeste? Claro que não. São prata da casa do PSDB mesmo.

Não existe saída: enquanto não houver consciência de que a exclusão imposta à maioria da população paulista pelas elites e seus governos voltará em forma de violência, o estado estará andando em círculos e potencializando seu caos. De nada adiantam grades, alarmes, guarda-costas, blindagem ou pitbuls. Eles estão lá, os excluídos, proibidos de sua cidadania e não há como ignorá-los.

Serra, Alckmin, Kassab, Maluf… são faces da mesma moeda. Suas políticas sociais são fotografias. Seu discurso, o medo e a ficção. São políticos profissionais, mercenários pragmáticos, montados em projetos pessoais de ascensão nas escadarias do poder, sem nenhum compromisso com o São Paulo e seu povo.
Fonte original:  O que será que me dá?, copiado pelo Brasil's news do Terror do Nordeste

Comentário do Brasil's News: O no que diz respeito ao salário e à situação do professores, seria ótimo que fosse um problema exclusivo do São Paulo.


LULA, DILMA, PT: AGORA É SÃO PAULO!!

Este símbolo corresponde à Bastilha para nós

Como costumam dizer alguns blogueiros até mais famosos, este humilde blog gostaria de dar um conselho (talvez nem precise,  mas não custa nada) ao maior Presidente de todos os tempos, à Dilma e ao PT: A trincheira, o campo de batalha, o último bastião da direita que precisa ser conquistado é São Paulo. Todos que têm um mínimo de informação sabem  que o povo brasileiro que elegeu Lula em 2002 não o fez antes por ser altamente influenciado pela imprensa corporativa e criminosa (o PIG) que, desde Carlos Lacerda, passando por Roberto Marinho, chegando nos Frias, nos Civita e nos seus pares, tentam impor ao povo brasileiro o seu destino. Um exemplo claro disso é o, inesquecível para todos nós,  debate entre Lula e Collor em 1989. Pois bem, mas porque estou falando isto? Estou falando isto porque o domínio do PSDB em São Paulo nestes últimos 16 anos se deve muito a influência do PIG sobre os paulistas e paulistanos. Como? escondendo a corrupção (Alstom, só pra citar um exemplo), não criticando o verdadeiro desastre que é a administração deste partido no estado: os alagamentos, a falta de assistência, a violência (algum jornal tem falado no PCC?) e talvez principalmente um dos maiores absurdos a que a população de São Paulo é submetida: os pedágios. se fosse um governo do PT ou de qualquer outro partido seria um massacre, como tem sido o governo do Presidente Lula, em nível federal. É fato que São Paulo tem sido considerado um estado conservador por muitos analistas políticos. Mas o que é ser conservador? Quem são os conservadores? toda a população de São Paulo é conservadora? os pobres são conservadores? os favelados, vítimas de incêndios um dia sim outro também,  são conservadores? as vítimas da violência, do PCC, os migrantes que foram acusados por Serra de serem o motivo dos baixos índices de educação no estado são conservadores?! Não, não são. Os conservadores estão na Avenida Paulista,  e nas imediações, embora nem os empresários sejam  tão conservadores assim, porque para eles o que importa é que suas empresas estejam bem, e nunca estiveram tão bem quanto agora. Os verdadeiros conservadores de São Paulo são os  correligionários de Serra e Alckmim, que se não cabem numa kombi, cabem num ônibus. 
Mas voltemos ao meu raciocínio inicial. A propaganda política, os comícios, as caminhadas, as carreatas, as caravanas, as planfetagens são ótimas oportunidades de ser ter contato real com o povo, no corpo a corpo, no face a face, conversando, convencendo, mudando opiniões. Um partido que tem o Presidente mais popular de todos os tempos, que tem uma candidata a presidente com luz própria, que tem um ótimo candidato a governador com Mercadante não pode se dar ao luxo de não aproveitar esta oportunidade. Todo esforço deve ser concentrado agora em São Paulo. Sem esquecer o resto do país,  é claro, porque a eleição só se ganha no dia. Mas acho realmente que São paulo é uma prioridade. De agora até o fim da campanha autorizada todos os brasileiros que estão comprometidos com a eleição de Dilma devem dar seu apoio para a conquista do maior estado do país. Esta é a minha parte, mas não a última. Embora pernambucano de coração (estou aqui desde os cinco anos) nasci em Santos e tenho absoluta certeza de que Serra, alckmim, FHC e todos os outros crápulas que (des)governam São Paulo há tantos anos não o fazem porque são bons administradores, ou porque o estado é conservador. O fazem porque como acontecia com o Brasil até 2002 nossos irmão paulistas continuam sendo manipulados pelos PIG e seus sócios. Temos que mudar esta realidade.
by the teacher.

SERRA AGORA É UMA VIVANDEIRA DE QUARTÉIS


                                                                                                                                                                                        












É o silêncio dos culpados, é a mente de quem se entregou de corpo e alma, se é que este sujeito tem uma, a tudo o que condenava e criticava antes que a sua ânsia de poder o transformasse numa alma penada.

José Serra, aquele que falou faz dois dias em liberdade de imprensa e nos perigos da censura lulista aos meios de comunicação, exigiu que seu encontro, hoje, no Clube da Aeronáutica, fosse fechado à imprensa.

“A assessoria de imprensa do Clube da Aeronáutica afirmou que o fechamento do evento à imprensa foi a pedido da assessoria do candidato. “Eles estabeleceram as regras do jogo. Eles pediram. Nós queríamos que fosse aberto”, afirmou o assessor do clube, coronel Paulo F. Tavares.”, registrou o IG.
Por que, Serra?
Foste lá pedir um golpe contra a vontade popular que te repudia e consagra Lula e Dilma? Foste falar do esquerdismo perigoso? Da república sindicalista? Do que os golpistas de 64 usavam contra a legítima expressão eleitoral de um povo que não quer ser escravo das elites a que você agora serve?
Você não apenas matou o jovem Serra, seu “Zé” de araque, você pisoteou até a sombra do que você já foi um dia.
Vamos ver o que dirão de você os mervais, os jabores, os milleniuns. Vamos ver se a tua censura, se o teu autoritarismo, se os teus golpes baixos, tuas mentiras, tuas favelas falsas, tua sordidez vai merecer uma palavra de condenação.
Não vai, Serra, o povo brasileiro já decidiu o teu destino. E é bem quente por lá
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