domingo, 16 de setembro de 2012

ESTA POSTAGEM TEM APENAS PERGUNTAS

QUANDO É QUE O PARTIDO DOS TRABALHADORES, LUIS INÁCIO LULA DA SILVA E OS GOVERNOS TRABALHISTAS IRÃO SE CANSAR DE APANHAR IMPIEDOSAMENTE DA MÍDIA GOLPISTA?

QUANDO SERÁ ESBOÇADA UMA REAÇÃO, POR MENOR QUE SEJA, CONTRA O QUE TEM SIDO FEITO POR ESTA MESMA MÍDIA  DESDE O GOVERNO DE GETÚLIO? 

QUE MEDO E ESSE? QUE MEDO É ESSE QUE FAZ COM QUE PRESIDENTES DA REPÚBLICA, MINISTROS DE ESTADOS, EX-PRESIDENTES SEJAM DIUTURNAMENTE ATACADOS, CALUNIADOS E ESSAS PESSOAS E ESSAS ENTIDADES NÃO FAÇAM NADA PARA SE DEFENDER, PARA DEFENDER SUAS REPUTAÇÕES, SUAS VIDAS, SUAS HISTÓRIAS?!

E NÓS, QUE NÃO TEMOS O PODER QUE TEM UM PRESIDENTE, UM MINISTRO, UMA ENTIDADE TEMOS QUE FICAR A BATER BOCA NA RUA, NO NOSSO LOCAL DE TRABALHO A DEFENDER QUEM NÃO TEM CORAGEM DE DEFENDER A SI PRÓPRIO.

EM LETRAS MAIÚSCULAS MESMO. ALGUÉM PODE ME RESPONDER?

MARCOS COIMBRA: O PARAÍSO, O INFERNO E O MENSALÃO


por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense

Na mitologia de muitas culturas, existem narrativas sobre os caminhos que se abrem em função das escolhas que fazemos.
Em algumas versões, são lendas que nos levam a pensar nas consequências práticas das ações presentes, no modo como determinam nosso futuro no mundo. Em outras, referem-se ao que nos aguarda no além-túmulo.
Na tradição do catolicismo popular, por exemplo, temos a crença do encontro da alma com São Pedro, que, zelando pelas chaves da Porta do Céu, só deixa entrar no Paraíso quem tiver mantido vida justa na Terra. Quem não, endereça ao Inferno.
Para muitos muçulmanos, o primeiro destino da alma é determinado nos instantes que sucedem a morte. Chegam os anjos Munkar e Nakir e a interrogam, fazendo três perguntas: “Quem é teu Senhor? Quem é teu Profeta? Qual é tua religião?”. Os que acertam ficam à espera da ressurreição em alegria, os que erram são torturados até o Dia do Julgamento.
São muitas histórias semelhantes e, em todas, um mesmo recado: quem faz a coisa certa é recompensado, quem se desvia paga. Nas labaredas do Inferno.
A ansiedade dos ministros do Supremo Tribunal Federal perante o julgamento do “mensalão” é compreensível.
Receberam da Procuradoria-Geral da República uma denúncia que os especialistas consideram mais frágil que a que foi feita contra Fernando Collor.
E aquela foi tão inepta que caiu por terra na primeira análise!
O fulcro da acusação é uma palavra inventada por um personagem famoso pela falta de seriedade. Nada, nem uma única evidência foi produzida em sete anos de investigações que demonstrasse que funcionou no Congresso Nacional, entre 2004 e 2005, um esquema de compra de votos para aprovar medidas de interesse do governo Lula.
O que torna a existência da “quadrilha do mensalão” uma fantasia.
Quem duvidar, que leia a denúncia e verifique com seus olhos se ela aponta as votações e os votos que teriam sido negociados (o número do inquérito é 2245 e está disponível no site da PGR)
Mas nem a fragilidade da denúncia, nem sua falta de sentido, estiveram em discussão em algum momento.
Quando chegou ao Supremo, o julgamento já estava concluído. O veredicto havia sido dado e transitado em julgado.
Exercendo o papel auto-assumido de vanguarda da oposição ao “lulopetismo”, os proprietários e funcionários da grande indústria de comunicação tinham o script pronto. E ai de quem o contrariasse!
O que não quer dizer que o argumento mais forte que usassem fosse o porrete. Uma dosagem equilibrada de ameaça e adulação é sempre mais eficaz.
Se os ministros fizessem o que ela queria, as portas do Paraíso se abririam para eles. Se teimassem em discutir coisas menores – como provas, depoimentos e outros detalhes – a fogueira começaria a arder.
Há alguns meses, o ministro Luiz Fux publicou um livro. Como toda obra técnica, de interesse restrito. Seu título bastaria para afugentar os leigos: “Jurisdição Constitucional”.
O lançamento no Rio de Janeiro, cidade natal do autor, mereceu tratamento vip da TV Globo. Com direito a matéria de 1m30seg nos telejornais da emissora, tempo reservado a assuntos relevantes.
Talvez alguém se perguntasse o porquê do salamaleque. Mas é fácil entendê-lo.
Quem não gosta de ser bem tratado? Quem não aprecia saber que sua família e seus amigos acabam de vê-lo na televisão? Quem não fica feliz quando recebe um cafuné?
O Paraíso é assim, cheio de carinhos. E quem pode proporcioná-lo pode o oposto. Como dizia Augusto dos Anjos: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”.
Se fôssemos como os Estados Unidos, onde os juízes da Suprema Corte são figuras inacessíveis, quase desconhecidas do grande público, seria uma coisa. Mas não somos. Aqui, nossos ministros adoram o reconhecimento e não hesitam em se revelar. Amam os holofotes.
Uns fazem saber que andam de motocicleta, outros que são exímios músicos, alguns se apresentam como poliglotas. Identificamos seus times de futebol, os restaurantes que frequentam. Às vezes, até seus negócios e os ambientes inadequados que frequentam.
Do julgamento do “mensalão”, poderiam sair endeusados, merecendo estátuas e concedendo autógrafos. Bastava que cumprissem o papel que lhes estava reservado.
Ou achincalhados. Tornados vilões.
Cabia a eles escolher o caminho, o fácil ou o difícil.
No fundo, estão fazendo o que a maioria das pessoas faria na mesma situação. Talvez não o que se esperaria deles.
Mas, quem mandou esperar, conhecendo-os?

Fonte:  Viomundo

IMPRENSA HESITA EM REPERCUTIR "VEJA"




Imprensa hesita em repercutir Veja



Como a "bomba" de Veja contra Lula é toda no condicional, até veículos conservadores, como o Estadão, pisam no freio
O título da matéria publicada no Estadão.com diz tudo. "Marcos Valério apontaria participação de Lula no Mensalão, afirma revista". Como a "bomba" de Veja contra Lula é toda construída no condicional (embora seja vendida na capa como uma entrevista real do publicitário), o título do Estadão está no futuro do pretérito. Apontaria, seria, poderia etc, etc.
A repercussão obtida pela reportagem, até agora, está restrita ao meio político, com declarações previsíveis de adversários de Lula, como Roberto Freire e Agripino Maia. Na imprensa, mesmo aquela considerada golpista pelo PT, ela tende a arrefecer, uma vez que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, já desmentiu as afirmações atribuídas por Veja a seu cliente.
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