sábado, 30 de junho de 2012

RECIFE: A MILITÂNCIA PRECISA SABER O QUE LULA TEM NA CABEÇA.

o pior de todos os erros para a militância em Recife


Todos conhecemos a imensa capacidade e sagacidade de Lula na Política. 

Isso é inquestionável. 

Mas ou eu realmente não estou percebendo algo ou há alguma coisa errada nos últimos movimentos do grande líder, principalmente no que diz respeito às eleições municipais aqui em Recife
.
Senão vejamos:

Primeiro, ele e toda a executiva do PT deixam correr solta a luta fraticida em Recife, incentivada por baixo dos panos pelo governador. Ou você quer me convencer que a entrada de Maurício Rands foi por acaso?

Segundo, Lula se deixa enganar pelo apoio, à meia boca, do PSB em São Paulo e concorda com a sugestão de Humberto para tentar "unir" a frente, fato já comentado aqui neste blog.  

Terceiro,   Eduardo Campos sai-se com a pérola de que Humberto não consegue unir a frente e ordena que todos os partidos apoiem seu candidato, dizendo que este é a melhor alternativa por ser um bom gestor. 

Pergunta: Por que ele não ordenou a união da frente em torno de Humberto, indicação sua? Será que os partidos que atendem ao primeiro "espirro" do governador que quer ser presidente iriam dizer não?

Segunda pergunta: Já que ele queria "unir" a frente por que não indicou um político de um outro partido que não o seu,  como o senador Armado Monteiro ou o deputado Paulo Rubem Santiago, por exemplo? 

Terceiro:  Do nada surge não só uma aproximação com Jarbas Vasconcelos mas uma aliança política. Todos sabemos que Jarbas é um dos maiores opositores do PT em nível nacional. Já fez ataques pessoais a Lula em diversas ocasiões e quando foi do seu interesse se deixou usar várias vezes pela revista Veja em nome da moralidade contra o PT e o Governo Federal. No entanto, sabendo das imoralidades praticadas durante o governo FHC nunca disse uma palavra sobre as privatarias, sobre Daniel Dantas e ainda foi o único cabo eleitoral de Serra por estas bandas. 

Por último, mas pra mim o pior movimento de todos: Lula recebe Eduardo em São Paulo e ao invés de  deixar claro para a militância do Recife que não gostou dos movimentos do governador se deixa fotografar (tal qual fizera com Maluf) e deixa que essa foto seja usada pelo governador para dar a ideia de que está tudo bem, tudo certo. 

O que é que está acontecendo aqui? Lula está simplesmente trocando Recife por São Paulo sem ter certeza se ganhará em São Paulo? Haddad estava com 9 pontos, caiu dois foi pra 7.(exatamente por causa de uma foto, coisa que será repetida por aqui)  Em Recife  a prefeitura já pertence ao PT. Lula está perdendo sua sagacidade e se deixando manipular por um político mais jovem?

Gostaria apenas de lembrar que em política tudo é possível e as coisas descritas neste texto é exemplo disso. Se, por causa de avaliação equivocada de Lula, o PT não ganhar em São Paulo e perder Recife será um duro golpe no partido e terá consequências inevitáveis: A perda da hegemonia de Lula dentro do partido como ártifice político e a percepção por parte de aliados e opositores de que o PT não tem mais o seu engenheiro político e grande  transferidor de votos e isso trará consequências desastrosas até para Dilma, não só no Congresso mas no jogo de 2014. 

Acho bom que Lula e o PT, nesta ordem, revejam suas ações enquanto é cedo porque das duas uma: Ou o PT sai vitorioso em São Paulo e Recife e garante sua hegemonia em nível federal e nessas duas capitais e Lula se consagra como o maior estrategista político de todos os tempos ou vem a derrota e aí o Partido dos Trabalhadores poderá, digo, poderá, começar uma longa e difícil caminhada rumo à sua retirada do poder central em pouco tempo. 

Independente de tudo que foi dito acima,  militância em Recife precisa entender os gestos de Lula e principalmente, ser chamada às ruas para defender o partido.

Aqueles que militam no PT o fazem  pela verdadeira ojeriza que tem em  ver a direita, aqui quase representada por Eduardo e agora Jarbas, no poder. Mas a militância não está cega aos projetos pessoais e a ânsia pelo poder dos petistas envolvidos nesta querela. 

The teacher. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O PT DO RECIFE DEVE SE UNIR CONTRA O GOLPE DO GOVERNADOR. SOU HUMBERTO DESDE CRIANCINHA!!

meu candidato desde criancinha

Eduardo Campos incentivou a entrada de Mauricio Rands na disputa contra João da Costa em Recife

Todos diziam que Rands era o candidato do governador. 

As prévias deram no que deram.

Campos foi à São Paulo e disse a Lula que a partir daquele momento só apoiaria se fosse Humberto Costa, o único capaz de "unir" a frente, seja lá o que isso signifique.

Rands abre mão da candidatura em favor de Humberto.

Antes que o senador tivesse tempo de começar a "unir" a frente começam a surgir os boatos de que o partido do governador lançaria seu próprio candidato. 

O governador consegue arregimentar todos os partidos da frente e deixa o PT isolado. 

Inclusive o PC do B, aliado histórico do PT deve bandear-se para a conveniente companhia do governador. 

Segundo a imprensa, Lula está adorando o governador, para não dizer o contrário. 

Lula já percebeu o joguinho dele. Quer ser presidente de todo jeito e está tratando de se cacifar agora, aproveitando o movimento das eleições municipais. 

O PT DEVE SE UNIR CONTRA ESSE GOLPE!

NÃO TENHO GRANDE SIMPATIA POR HUMBERTO COSTA. ACHO QUE QUEM DEVERIA SER O SENADOR DO PT ERA JOÃO PAULO. 

MAS A PARTIR DE HOJE SOU HUMBERTO DESDE CRIANCINHA. VOU PEGAR MINHA CAMISA E VOU FAZER CAMPANHA.

TODOS À RUA!

by the teacher

sábado, 23 de junho de 2012

Viva o SÃO JOÃO! Viva a Cultura Popular Nordestina!

Cultura popular é o que se perpetua no tempo. Eu era criança e essa composição ainda me emociona!

Viva o São João! 
Viva Luiz Gonzaga!
Viva a Cultura Popular Nordestina!
Viva o Brasil!

A INDIGNAÇÃO "VERDADEIRA" DA DIREITA E A MANIPULAÇÃO PELA MÍDIA

A foto que mostra a indignação "verdadeira" da direita

A foto acima, na minha opinião, é destinada àqueles que  aderiram  a manipulação, intencionalmente ou não, da mídia, assim como fez Erundina, intencionalmente ou não. A grande verdade é que o todos nós, assim  como a imprensa,  sabem  que o governo federal é coligado com o PP de Maluf desde sempre , assim como Lula aceitou o apoio de Sarney, que é outro câncer neste país. Por que só agora a indignação hipócrita se manifesta de maneira tão contundente? Porque há  uma eleição em curso. Tudo que é dito sobre Maluf e Sarney é verdade e os dois são, repito, cânceres para o Brasil. Mas se o PT não tivesse aceito o apoio deles, se não tivesse mudado seu discurso purista  não teria eleito Lula. E aí não só não seria possível as mudanças sociais que foram feitas como, pior ainda, mergulhado que era no neoliberalismo, o Brasil estaria a disputar o fundo do poço com a Grécia. É isso que a direita e a elite, que se confundem, querem. Não resta a direita senão o discurso moralista. O povo que se ferre! Não me recordo de que o Governo Lula e agora o governo Dilma tenham mudado suas metas de melhoria nas condições de vida do povo porque se aliaram com Sarney e Maluf. Pelo contrário me recordo de Sarney, na condição de Presidente do Senado, encaminhar as votações de interesse do Governo e o partido de Maluf votando a favor. O PT e Governo não mudaram, eles mudaram, vamos deixar claro aqui,  não porque ficaram bons de uma ora para a outra, mas porque, como parasitas, se encostam em quem tem poder e ficam sugando. Estamos indignados com isso? Vamos fazer pressão junto ao congresso para que se vote um reforma política decente para acabar com essa dependência dos partidos nanicos para a tal "governabilidade" e exigir outras reformas importantes. Se não mudarmos este quadro a cantilena será sempre essa. Agora, voltando a São Paulo, cadê a indignação com a candidatura de quem sofre as acusações do livro A Pirataria  Tucana, José Serra? Em outro país ele não seria sequer candidato! Mas aqui no Brasil lidera as pesquisas. O que é que a direita e a imprensa que o apoiam querem? Que o PT não repita a aliança que tem com o PP em nível federal para alavancar, ou não, a sua candidatura. Por quê? Porque são Paulo é o último grande reduto da direita corrosiva no Brasil e eles morrem de medo de perder São Paulo. Mas vão. Quem quiser se deixar manipular pela foto, que se deixe, eu fico com o meu objetivo maior: mudar as condições de vida do povo pobre de são paulo porque os ricos, esses são amigos de Serra, de Sarney e de Maluf e não estão nem aí para o povão. 

by the teacher.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

COMISSÃO LEVESON: A DEMOCRACIA NÃO CORRE RISCO NA INGLATERRA




O primeiro-ministro inglês depôs na Comissão Leveson, que investiga as relações entre a mídia e o mundo político, por cerca de cinco horas, em uma sessão pública, transmitida ao vivo pela TV e pela internet. Não há registro de nenhuma notícia na mídia britânica argumentando que a presença de Cameron na Comissão tenha colocado em risco a democracia.

Venício Lima

(*) Publicado originalmente no Observatório da Imprensa.

O primeiro-ministro inglês, o conservador David Cameron, depôs na Comissão Leveson por cerca de cinco horas na quinta-feira (14/6). Ele foi longa e detalhadamente questionado em sessão pública, transmitida ao vivo pela televisão e pela internet, pelo advogado sênior (queen’s counsel) da investigação, Robert Jay.

A Comissão Leveson foi criada pelo governo inglês, em julho de 2011, com os objetivos de “examinar a relação da mídia com o público, a política e os políticos” e de fazer recomendações relativas “ao futuro da regulação e da governança da mídia consistentes com a manutenção da liberdade da imprensa e da garantia dos mais altos padrões éticos e profissionais”.

O trabalho da Comissão pode ser acompanhado em um portal na internet, inclusive os vídeos e as transcrições dos depoimentos. O do primeiro-ministro, por exemplo, está disponível aqui e aqui.

Não há registro de nenhuma notícia, comentário ou análise na mídia britânica argumentando que a presença do primeiro-ministro na Comissão tenha colocado em risco a democracia, ameaçado a liberdade de expressão e/ou da imprensa naquele país. Ao contrário, é consenso que o trabalho da Comissão Leveson constitui um passo necessário e indispensável para corrigir desvios na prática do jornalismo e na relação de jornalistas e proprietários com instituições e políticos ingleses que – aí sim – colocavam em risco todo o processo democrático.

O depoimento de Cameron
Quem se interessa pelas questões que envolvem a grande mídia e o poder político no mundo contemporâneo (mesmo depois da internet!) deveria assistir e estudar o depoimento de David Cameron. Embora existam peculiaridades relativas à política inglesa da última década, o que se investiga é um problema universal: como grupos privados de mídia – no exercício de seu poder quase monopolístico de controlar o debate público – são capazes de cooptar políticos em busca de apoio na disputa eleitoral (e, depois, para a governabilidade) em troca de eventuais favores na elaboração e implementação de políticas “públicas” – sobretudo, mas não só, na regulação do setor de comunicações – que atendam aos interesses “privados” desses grupos. Toda uma rede de envolvimento e de compromissos vai se tecendo ao longo do tempo e o interesse coletivo se perde na disputa pelo poder. Pior ainda: o processo democrático fica seriamente comprometido.

Sobre David Cameron e seu partido pesam graves suspeitas e acusações de terem firmado um pacto com o grupo News Corporation em troca de apoio para as eleições de 2010 e, depois de eleitos, de terem favorecido o grupo de Rupert Murdoch em relação a políticas públicas envolvendo a BBC e o OfCom.

De qualquer maneira, para um observador brasileiro, é quase “surrealista” ver um primeiro-ministro conservador sendo questionado em público sobre o poder da televisão, dos jornais, da necessidade de regulação em nome de maior competição e da pluralidade de opiniões, da importância do debate público sobre a mídia e seu papel, sobre a parcialidade das notícias, sobre a transformação da notícia em espetáculo aprisionado no ciclo permanente de 24 horas que conduz os noticiários etc., etc.

E no Brasil?
Se o eventual leitor(a) quiser saber mais sobre o trabalho da Comissão Leveson e o depoimento de David Cameron, salvo em alguns poucos portais na internet, terá que recorrer ao site da Comissão ou a matérias em jornais como o The Guardian ou o The New York Times. Não encontrei nos jornalões brasileiros cobertura sobre o assunto. Certamente não consideram o tema como de interesse público em nosso país.

Ao contrário da Inglaterra, a negociação de apoio de grupos privados de mídia a políticos e governos brasileiros está bem documentada e não é segredo para ninguém. A biografia “oficial” de Roberto Marinho, por exemplo, escrita por Pedro Bial, é plena de casos [Jorge Zahar Editor, 2005].

Por outro lado, a interferência direta de grupos privados de mídia na formulação de políticas públicas para o setor de comunicações também está documentada. Um caso que vale conhecer é o processo de construção da política pública que definiu o padrão de TV Digital no país. Recomendo a leitura do livro de Juliano Domingues, A política da Política de TV Digital no Brasil – Atores, Interesses e Decisão Governamental; Editora Multifoco, 2011.

Aliás, alguns dos principais “homens públicos” brasileiros – nos Executivos ou no exercício de mandatos parlamentares – são, eles próprios, concessionários de emissoras de rádio e televisão. Em alguns casos, convergem na mesma pessoa o poder concedente e o concessionário. E essa situação absurda se sustenta sobre uma interpretação do artigo 54 da Constituição Federal de 1988 que, aliás, está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (ADPF nº 246).

Ademais, no Brasil, as tentativas de se discutir a mídia (vide, por exemplo, o não cumprimento do artigo 224 da CF88 – Conselho de Comunicação Social) ou a sua regulação têm sido automaticamente interditadas pelos grupos privados em nome – veja só – da própria liberdade de expressão. Para os grupos privados de mídia brasileiros, o debate e/ou a regulação colocariam em risco a democracia.

Enfim, tomar conhecimento do que acontece na Inglaterra serve, sobretudo, para que saibamos melhor o tamanho do nosso atraso.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Fonte:  Conversa Afiada

terça-feira, 19 de junho de 2012

LULA, HADDAD E MALUF



Por Natal Antonini

Vivemos numa democracia.
Numa democracia se governa para todos.
Para se ter um governo democrático de sucesso se deve fazer alianças.
O PP já faz parte da base do governo federal desde o inicio do governo Lula.
O PP resolveu apoiar o PT também em SP, o Maluf é um quadro do PP.

O Maluf é um ladrão FDP.
Os paulistas (que são muito burros) acham que o Maluf foi um ótimo prefeito.
O Maluf se elegeu deputado por SP com uma ótima votação.
SP está, desde o inicio dos governos tucanos, crescendo abaixo do que cresce o Brasil.
Os paulistas (que são muito burros, meeeeeesmo) continuam votando nos Tucanos.
Os Tucanos são aqueles políticos neo-liberais nada “tolinhos”, que quase venderam todo o Brasil.
Nos quais a maioria da juventude burguesa e mimada — com carros pagos pelos pais e camisas lavadas pelas mães – vota.
Essa mesma juventude que ocupava praticamente todas as vagas públicas das universidades brasileiras antes da existência das cotas.
O PT faz o melhor governo que o Brasil já teve.
O Lula quer estender para SP as políticas adotadas pelo PT.
O PT pratica a realpolitik desde que resolveu jogar em pé de igualdade com a direita.
Realpolitik (do alemão real “realístico”, e Politik, “política”) refere-se à política baseada em considerações práticas.
O PSTU é 100% coerente.
O PSTU não aceita a realpolitik.
O PSTU nunca vai ganhar uma eleição para colocar em prática parcelas do seu programa.

O sonho da direita é que o PT fosse o PSTU.
O PT não é o PSTU!!!
E a direita tomou…
Buenas… Não farei a rima óbvia.-=-=-=-Não nego que a foto abaixo me irrita. Mas a irritação não sobrevive a um pouco de raciocínio. Preferia que Maluf fosse tão idiota quanto um antipetista do gênero Reinaldo de Azevedo e tantos outros, mas ele não é.




Fonte:  O Terror do Nordeste

domingo, 10 de junho de 2012

ELVINO GASS: GILMAR MENDES, VEJA E O CONLUIO DOS DESESPERADOS



publicado em 10 de junho de 2012 às 6:21

por Elvino Bohn Gass, em  Carta Maiorsugestão de MVM
Aos petistas interessa que os episódios do que se convencionou chamar, retoricamente (conforme o próprio inventor do termo), de mensalão, sejam julgados. A permanência do falatório acerca deste assunto só serve aos adversários do PT que, confrontados com os governos muito bem sucedidos de Lula e Dilma, há anos perderam a linha. E a compostura.
Eles sabem. O que se chamou de mensalão foi uma prática inaugurada por um dos seus (o tucano Azeredo, em Minas). Mas sabem, também, que em caso de condenação de um petista, a foto deste é que estampará a capa da revista Veja. Provavelmente ilustrado com chifres e fumaça nas ventas.
A ideia que preside a tática antipetista é simples: é preciso diminuir a força do PT. Porque o PT tem Dilma e o governo federal mais bem avaliado da história, a maior e uma das mais qualificadas bancadas do Congresso e é o partido preferido dos brasileiros. Como se isso não bastasse, às vésperas de mais uma eleição municipal, investigações da Polícia Federal provam que alguns dos maiores acusadores do PT fazem parte de um esquema criminoso que reúne corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros malfeitos. Encurralados, PSDB, DEM, PPS e outros ainda menores, precisam arranjar um jeito de tentar jogar o PT no vento – e o julgamento do dito mensalão parece ser o sopro da hora.
As investigações da PF já prenderam Carlos Cachoeira, o bicheiro a quem o líder do Democratas, senador Demóstenes, servia como um office-boy. Demóstenes era apontado pela revista Veja como um dos ícones éticos do Senado e mais forte acusador do PT. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça também comprometem seriamente o governador tucano Marconi Perillo, com quem Cachoeira negociou uma mansão e cuja Chefia de Gabinete utilizava um telefone “à prova de grampos”, presenteado pelo bicheiro. Demóstenes, Perillo, o desespero só aumenta. Até porque, há uma CPI em andamento no Congresso com potencial para estabelecer a responsabilidades políticas, cassar mandatos e desmontar de um esquema criminoso do, qual se beneficiaram os oposicionistas do PT. E quem conhece, sabe: o PT irá até o fim nesta investigação.
É neste contexto de desespero oposicionista que se insere um episódio tardio, a conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes presenciada pelo ex-ministro Nelson Jobim. Dos três personagens do encontro, dois – Lula e Jobim – dizem a mesma coisa: não houve qualquer pressão para que se adiasse o julgamento do mensalão. O terceiro, Mendes, insinua que foi pressionado. Não por acaso, a insinuação vira manchete da revista Veja.
Logo Veja, que centenas de vezes moldou fatos, inventou dossiês, usou fontes suspeitas, sempre contra o PT.
Mas quem é Mendes e qual o papel de Veja em tudo isso? Mendes é o homem para quem um outro ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, disse: -Vossa Excelência não está nas ruas, está na mídia destruindo a Justiça desse país. Me respeite porque o senhor não está falando com seus capangas do Mato Grosso”.
Capangas? Um ministro do Supremo com capangas? Reportagem da revista Carta Capital explica a afirmação do ministro Barbosa: “Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar (Mendes), primeiro como advogado–geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e depois como juiz da Corte, não poupou esforços para eleger o caçula da família (Chico) prefeito de Diamantino, município a 208 km de Cuiabá/Mato Grosso… circulou pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, para intimidar a oposição…”
Para registro: o irmão do ministro é do PPS.
Sobre Mendes, vale lembrar que viajou várias vezes com Demóstenes, de quem era um dos interlocutores prediletos. A relação entre ambos é forte. E vem de longe.
Tome-se, por exemplo, o ano de 2008, quando Mendes presidia o Supremo. Naquele ano, a Polícia Federal já estava chegando perto de Cachoeira. De repente, vem a revista Veja (Veja, sempre Veja) e traz uma notícia “bombástica”: o Supremo está sendo espionado. As fontes? Demóstenes e Gilmar Mendes. Nunca houve um áudio sequer que desse crédito ao grampo. Entretanto, Veja fez manchete. Mas justificado pelas suspeitas nunca provadas de que estaria sendo espionado, Mendes contrata para ser seu consultor de contra-espionagem, um ex-agente da ABIN chamado Jairo Martins.
Sabem que é Jairo Martins? Ele mesmo, o homem apontado pela Polícia como um dos principais operadores do esquema de… Cachoeira, o araponga do bicheiro. Não por acaso, em Brasília, já se diz que entre Cachoeira e Mendes há pelo menos um dado comum incontestável: ambos utilizavam o mesmo personal-araponga. Seria risível se não fosse tão revelador. Há mais: Mendes foi o ministro que concedeu o discutível habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas num inesperado final de semana. Dantas… sim, a fonte a quem a revista Veja (olha a Veja aí de novo) deu crédito na história do estapafúrdio dossiê que revelaria contas de figurões da República no exterior, Lula entre eles. Jamais comprovado porque absolutamente forjado, o dossiê desapareceu das páginas da revista.
Pois é, esta é a Veja. Uma publicação que manteve relações tão estreitas com Cachoeira que este determinava até em qual espaço da revista suas “informações” deveriam ser publicadas. É diretor de Vejao jornalista que manteve centenas de telefonemas com Cachoeira e que das informações dele se servia para atacar o governo do PT. Veja é, portanto, o veículo de imprensa que melhor conhecia o modus operandi de Cachoeira. No entanto, jamais o denunciou. Repito: jamais o denunciou! Muito se poderia dizer ainda sobre Veja, mas fique-se com a fala de Ciro Gomes, um aliado de Dilma mas um crítico do PT: “Todo mundo sabe que a revista Veja tem lado. Todo mundo sabe que a revista Veja é a folha da canalhocracia brasileira. É ali que o baronato brasileiro explora o moralismo a serviço da imoralidade”.
Veja, a revista que mais ataca o PT, perdeu sua principal fonte oficial – Demóstenes – e sua principal fonte não-oficial – Cachoeira. Restou-lhe tentar um último golpe: atacar Lula, o maior símbolo petista. E a escolha de Gilmar Mendes para o serviço faz todo o sentido neste verdadeiro conluio de desesperados.
Elvino Bohn Gass éDeputado Federal PT/RS, Secretário Nacional Agrário e vice-líder da bancada do PT na Câmara.

Fonte:  Vi O Mundo

sexta-feira, 8 de junho de 2012

EM DEFESA DO STF. GILMAR NÃO É O STF



Conversa Afiada republica editorial do Brasil de Fato, enviado pelo amigo navegante Igor Felippe:  

Em defesa do STF


Agora, quando a lama da trinca Cachoeira-Demóstenes-Veja se aproxima de sua cadeira, Gilmar Mendes busca a sua defesa dizendo que há um ataque à instituição do STF


Editorial da edição 484 do Brasil de Fato


Reza uma história, provavelmente fictícia, sobre Tomás de Aquino, um dos maiores filósofos da Idade Média, que, com muita facilidade e ingenuidade, tornava-se a vítima preferida das brincadeiras dos outros frades. Contam que Tomás estava estudando quando um jovem frade veio chamá-lo para ver uma vaca que estava voando. O filósofo apressou-se para chegar até a janela e vasculhar os céus em busca da vaca. Quando se voltou, desapontado com a inexistência do fenômeno, enfrentou a gargalhada coletiva dos frades, com a ferina frase: “Achei que seria mais fácil ver uma vaca voar do que um frade mentir”.


O ensinamento do santo da Igreja Católica deveria estar fixado em local de muita visibilidade no STF, nossa mais alta Corte Judicial. Se é inconcebível imaginar um frade mentir, o que pensar de um membro do Supremo?


A história contada pelo ministro Gilmar Mendes, sobre a conversa que manteve com o ex-presidente Lula no escritório do jurista Nelson Jobim, é tão inconsistente, contraditória e inverossímil que não necessita nem mesmo que a única testemunha do encontro ateste sua falsidade.


A blogosfera progressista já se encarregou de desmascarar a farsa montada (sempre!) com a ajuda da revista Veja.


Na medida em que a farsa foi sendo desmontada, restava o desafio de desvendar o objetivo que moveu a revista direitista do grupo Abril, o ex-presidente do STF e o ex-governador José Serra, a protagonizar mais uma cena patética no cenário político do país. Estes sim, verdadeiros aloprados da política brasileira.


Além de tentar atingir a imagem do ex-presidente da República, não restam dúvidas de que foi mais uma das tentativas de desviar o foco das investigações da CPMI do Cachoeira que, a cada nova investigação e informação divulgada causa tremores no prédio do grupo Abril e na pernas de uma das cadeiras do Supremo.


Ou serão apenas suspeitas infundadas as informações que apontam que as relações do ministro Gilmar Mendes com o senador Demóstenes Torres (ex-Dem) vão além de uma saudável amizade, e os aproximam na penumbrosa trama montada pelo crime organizado de Goiás?


O ministro Gilmar Mendes, pródigo em ocupar espaços na mídia patronal, a quem não esconde sua condição de partido de oposição ao governo Dilma, tem repetido inúmeras vezes que não possui um histórico de mentiras. A partir de quando ele poderá incorporar esse legado em seu curriculum vitae?


Na eleição de 2010 ele atendeu um telefonema do candidato tucano José Serra (sempre!) pedindo para interromper o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação de dois documentos na hora de votar. O ministro atendeu o amigo. O senador Álvaro Dias (PSDB/PR) não viu nenhuma interferência de poderes, muito menos pediu uma CPI para investigar a pressão exercida sobre o STF. A Veja silenciou. A única exceção foi um jornalista da Folha de S.Paulo que registrou o momento do telefonema. Depois, tudo voltou à normalidade da dupla: tanto Serra quanto Mendes negaram a existência do telefonema. Esse fato não poderia contar para o curriculum mencionado?


Ao dar uma entrevista para o jornal Nacional da rede Globo para explicar seu encontro com Lula, Gilmar Mendes estava tão inseguro e nervoso que, num trecho de 3 minutos da entrevista, foram detectados pela empresa Truter Brasil, que faz análises de arquivos de voz, 11 ocorrências de alto risco – alto risco é a maneira de dizer que a pessoa está mentindo. Não deixa de ser um feito surpreendente para quem não tem um histórico de mentira.


O Ministro Gilmar Mendes e o senador Demóstenes denunciaram, ainda no governo Lula, que seus telefones foram grampeados pela Agencia Brasileira de Inteligência (Abin), presidida pelo delegado Paulo Lacerda. Mendes usou o fato para dizer que iria “chamar às falas” o presidente da República. O delegado Lacerda perdeu o cargo na Abin. A Veja usou seus informantes privilegiados para fazer mais uma das suas matérias sensacionalistas, sem nenhum compromisso com a verdade e a ética jornalística. Mais tarde, a investigação da Polícia Federal comprovou que não houve nenhum grampo. Esse fato também não deve entrar para o curriculum, uma vez que a mentira pode te sido dita pelo Demóstenes e o Gilmar apenas a ouviu.


O ministro aproveitou a invencionice do grampo telefônico para contratar um especialista em serviços de inteligência, um personal araponga. Contratou o ex-agente da Abin, Jairo Martins, o que prestava o mesmo tipo de serviços para Carlinhos Cachoeira e foi quem gravou o vídeo da propina que originou a denúncia do mensalão. Hoje, esse araponga está preso, juntamente com o Carlinhos Cachoeira e o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá – prisões que desfalcaram a equipe de fontes e pauteiros das principais “reportagens” bombásticas da revista Veja.


Agora, quando a lama da trinca Cachoeira-Demóstenes-Veja se aproxima de sua cadeira, Gilmar Mendes busca a sua defesa dizendo que há um ataque à instituição do STF. Seria o mesmo que Demóstenes dizer que quem está sentando no banco dos réus na sua pessoa é o Senado Federal.


Quem atenta contra o STF é o próprio Gilmar Mendes quando faz denúncias vazias e irresponsáveis, como ataque que fez ao presidente da Venezuela, dizendo que Hugo Chávez “prende juiz”.


Já antes de assumir uma cadeira do STF, quando era Advogado da União no governo de FHC – que nos legou esse ministro – Gilmar Mendes recomendava aos agentes do Poder Executivo a não cumprir determinadas ordens judiciais.


Como Advogado da União, quando sofria derrotas judiciais, esse ex-presidente do STF não hesitava em afirmar que o sistema judiciário brasileiro era um “manicômio judiciário”. Quem, sistematicamente, atenta contra as instituições democráticas do país?


Profético foi o artigo do jurista Dalmo Dallari, escrito em 2002 na Folha de S.Paulo: “Se essa indicação [a de Gilmar Mendes] vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”.


Quinze senadores votaram contra a indicação de Mendes para o STF. Mas prevaleceu o rolo compressor de FHC e ele assumiu uma cadeira na Corte mais alta do sistema que ele considerava ser um manicômio.


Até quando esse senhor continuará tripudiando das instituições e atentando contra a democracia do país?


Fonte:  Conversa Afiada

SAIU NO PIG: OS PESOS E AS MEDIDAS DOS MENSALÕES


O STF fraqueja diante da mídia

Por braga
leiam essa materia que saiu no o globo.
De O Globo
POLÍTICA
Os pesos e as medidas dos mensalões, por Murillo de Aragão 
Nunca na história deste país, como diz Lula, o STF esteve tão exposto aos humores da mídia e às pressões ditas “populares” em torno de julgamentos.
O recente julgamento da Lei do Ficha Limpa é um exemplo, com ministros acuados pela repercussão de suas opiniões e um julgamento moroso que deixou diversos políticos em clima de incerteza e manteve resultados eleitorais pendentes de confirmação.
Agora temos uma situação esdrúxula gerada pela proximidade do julgamento de um dos casos conhecidos como “mensalão”. Vários aspectos são merecedores de profunda reflexão. Uma das reflexões possíveis aponta para uma grave questão: crimes semelhantes sendo tratados de forma distinta.
A razão desse sério desvio reside na pressão da mídia. Infelizmente, em um país ainda em construção, onde a mídia de qualidade existe apenas para poucos, não é de estranhar que muitos, ao invés de noticiar, busquem “editorializar” o noticiário de modo a influir no curso dos acontecimentos.
Considerando que tal situação é do amplo conhecimento, juízes, em especial do STF, deveriam estar mais do que blindados para tentativas de manipulação e de influências indevidas no curso de processos. Sejam elas quais forem.
No caso dos mensalões, vemos uma distinção no tratamento de crimes assemelhados. Tal distinção revela quanto exposto está o STF às pressões midiáticas para agilizar ou retardar as investigações e, até mesmo, dar tratamento desigual a assuntos iguais.
Por exemplo, o conhecido mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, caminha lentamente ao largo da lupa da mídia e razoavelmente incólume das pressões indignadas. Na semana passada, a audiência do caso quase passou despercebida da atenção geral.
Comparando-se os dois mensalões, percebem-se fortes incongruências no tratamento de denúncias e de acusações semelhantes.
O mensalão mineiro tramita morosamente desde 1998 e foi desmembrado. Políticos com mandato estão sendo julgados no STF; pessoas sem mandato estão sendo julgadas na primeira instância. Isso significa que, além da lentidão no andamento do processo, houve um desmembramento que beneficia – justamente – quem não é autoridade com o duplo grau de jurisdição. Nada disso ocorreu no mensalão do PT, cuja eclosão se deu em 2005, isto é, sete anos depois de iniciado o processo de Minas Gerais!
Porém, os achados da Polícia Federal no caso do mensalão mineiro são tão extravagantes quantos os encontrados no mensalão do PT, e que serão comprovados no mensalão candango.
Em tempo: antes que me acusem de querer minimizar as condutas identificadas nas investigações dos mensalões, devo dizer que tenho convicção de quem em ambos os casos houve condutas ilegais passíveis de condenação política e judicial. Não tenho dúvidas quanto aos malfeitos; tenho dúvidas acerca das responsabilidades dos nomes aventados.
Preocupa-me, no entanto, que, no afã de se fazer justiça, se atropele o estado de direito, não se reconheçam direitos básicos de ampla defesa e deixe de existir um ambiente saudável para o julgamento de tão importantes questões. Não pode haver dois pesos e duas medidas.
Murillo de Aragão é cientista político

LULISMO X PETISMO: ÓTIMO TEXTO PARA REFLEXÃO


Lulismo X PTismo

Por Francisco Bicudo


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do PT paulistano ficaram acabrunhados, macambúzios e irados com a senadora Marta Suplicy. A ex-prefeita de São Paulo, depois de ter confirmado participação, deu o cano na convenção que oficializou o ex-ministro Fernando Haddad como candidato petista à disputa pela prefeitura de São Paulo. Marta sumiu, não deu inicialmente satisfações, desligou o celular - o mesmo fizeram seus assessores. No dia seguinte, alegou "motivos particulares" para a ausência. E ponto. Nada mais. Restaram aos organizadores da festa os sorrisos amarelos e as evasivas constrangidas, além de praticamente terem jogado a toalha para aceitar, de forma resignada, que a campanha terá mesmo de acontecer sem o apoio de Marta.
Não penso honestamente que dizer "sim, irei" para depois simplesmente sumir do mapa tenha sido o comportamento político mais adequado e equilibrado. De certa forma, reforça características marcantes e definidoras da personalidade de Marta, responsáveis inclusive, em boa medida, por derrotas eleitorais recentes: a arrogância e a soberba, o "umbiguismo" exacerbado. Entendo também que a última campanha dela à Prefeitura, em 2008, foi marcada por escolhas e decisões lamentáveis e desastrosas, que culminaram com aquela preconceituosa peça publicitária que peguntava se Kassab "era casado, se tinha filhos". Também tenho dúvidas se Marta seria a opção política (não apenas eleitoral) mais adequada para a disputa que se anuncia, capaz de agregar e de construir um projeto com condições de enfrentar ideologicamente e programaticamente o higienismo excludente, anti-social e cheio de proibições do kassabismo-serrismo. 

O fato, no entanto, é que a maioria do PT paulistano, sucumbindo aos apelos e ditames messiânicos do ex-presidente Lula, atropelou a ex-prefeita e detonou a pré-candidatura de Marta, impedindo-a de fazer valer um direito legítimo e democrático de qualquer filiado de qualquer partido - o de disputar as prévias que escolheriam o candidato da agremiação. A mão de ferro lulista foi implacável, sufocando resquícios de democracia interna e tirando coelho da cartola, sem espaços para divergências ou contestações.

É verdade, vamos lá, política não se faz com o fígado. Racionalidade é fundamental. Mas princípios e dignidade não podem ser abandonados pelas esquinas. Não há quem consiga me convencer que o líder comunista Luis Carlos Prestes agiu corretamente ao apertar a mão de Getulio Vargas, apoiando-o nas eleições presidenciais de 1950, depois de ter sido ele próprio, Prestes, vítima do autoritarismo getulista (passou quase dez anos preso), sem contar a deportação de Olga Benário para a Alemanha nazista, onde acabaria assassinada no campo de extermínio de Bernburg. Lembro do episódio para voltar à prefeitura paulistana e dizer que compreendo ser legítimo o direito de Marta de manter-se afastada da campanha, depois de, insisto, ter visto suas pretensões terem sido implodidas pelo caciquismo e coronelismo internos. 

Ora, quem agiu dessa maneira, truculenta e autoritária, imaginou mesmo que bastaria um estalo de dedos e uma nova ordem do grande líder para que Marta se engajasse automaticamente à campanha de Haddad, aparecendo sorridente ao lado dele nas fotos de campanha? As pontes foram implodidas, a interlocução caducou. Terão de ser cuidadosamente reconstruídas - e tal processo não poderá ser pautado por bravatas ou ameaças veladas, ao contrário, deveria ser conduzido com muita paciência. Pode levar mais tempo do que deseja o PT. É o ônus, o preço de uma escolha. Atordoado, o PT sabe que não tem esse tempo, e reconhece que a presença de Marta nas periferias da capital é fundamental para ajudar a levantar a candidatura Haddad. Noves fora, parte para a desqualificação.

Reside aqui a essência do texto, a discussão de fundo que pretendo sugerir: para além das picuinhas e arranca-rabos entre Marta Suplicy e Lula/PT, o que se lamenta é que o episódio todo sirva para reforçar, mais uma vez, que o PT se transformou em um partido como outro qualquer, onde decisões importantes são tomadas unilateralmente, por um líder carismático que tem inegavelmente sua importância histórica, mas que se julga com infalível capacidade de avaliação política, acima do bem e do mal, isento de erros, e que não aceita ser contrariado. Alguém que confia cegamente em seu faro político apurado - e que, mesmo quando está nu, é elogiado por seus companheiros.

O PT transformou-se num exército da vontade de um homem só. O lulismo engoliu o petismo, tal qual uma ameba a fagocitar o pedaço de alimento que encontra. Se era para renovar, que tal movimento viesse explicitado e legitimado pelo desejo manifesto das bases, que a militância tivesse tido a oportunidade democrática de dizer, no debate interno, "Marta, agradecemos seu governo, reconhecemos os avanços e conquistas, mas é hora de apostar na oxigenação do partido em São Paulo, é a hora do Haddad". 

Parece tarefa mais fácil, no entanto, crucificar e demonizar Marta (que tem seus defeitos e erros políticos, reforço) e dizer que "ao não comparecer à convenção e ao não apoiar Haddad, ela faz o jogo do Serra". Não vou ficar admirado se alguém comentar por aqui que, com este texto, estou alinhado com o pensamento do PIG - o Partido da Imprensa Golpista. Compra-se mais uma vez, sem qualquer espírito crítico ou de independência intelectual, a reducionista e obsessiva análise lulista - "quem não concorda com tudo o que o chefe diz e faz está contra ele e é aliado dos tucanos". Tão tosco quanto falso. Até porque, cabe lembrar, Marta não é a única vítima dos tentáculos lulistas neste processo eleitoral de 2012. Os diretórios do PT nas cidades do Rio de Janeiro e de Recife que o digam.

Opinião dO Cachete:
Perfeito! Gosto muito do Lula, mas, desta vez, ele passou do ponto...

Opinião do Brasil's News: Às vezes,  o próprio postulante que deveria naturalmente conduzir o processo se coloca numa condição de não poder fazê-lo. Acho que foi o caso de João da Costa no Recife. Nada disso estaria acontecendo se ele tivesse feito um bom governo e não ostentasse um rejeição popular recorde. As prévias aconteceram no Recife, mas cheia de vícios e atitude suspeitas. Pessoalmente acredito que o prefeito de Recife realmente não tenha mais condições de concorrer à reeleição.  No caso de Marta acho que talvez ela ganhasse  uma possível prévia pela sua aceitação no PT e pelo carisma que tem em algumas partes de São Paulo. Mas concordo que não seria a melhor opção política para concorrer com Serra.  Contudo, embora eu costume dizer que não sou petista, sou Lulista, todas as vezes que uma só cabeça pensa e resolve pela maioria, a tendência é que aconteça gestos autoritários, calculados ou não, por parte desta cabeça. Outro perigo é que quando esta cabeça é cortada o corpo fica sem rumo. 

Fonte:  O Cachete

domingo, 3 de junho de 2012

Charge Online do Bessinha # 1058


Dilma vem para fazer História



Rodolpho Motta Lima

Quem não se lembra da crônica política de dois anos atrás que, diante da iminência da vitória da candidata Dilma Roussef, rotulava-a como inexperiente, pronta para ser engolida, seja pela  previsível  subserviência ao que seria o seu inventor (Lula) seja pela matreirice corporativista de um congresso formado basicamente por raposas da política, por  aproveitadores e fisiológicos?  Quem não se recorda do conceito de “pau mandado” que lhe tentaram  impingir em relação ao ex-presidente, eminência parda para quem a presidenta eleita apenas esquentaria o lugar para um hipotético retorno do líder petista?

Um mínimo de honestidade dessa turma de críticos, alicerçada nos atos e fatos que vêm marcando o governo Dilma, já deve estar mexendo com determinadas convicções então levantadas, ao menos por parte dos realmente bem intencionados. E não é por acaso que mesmo alguns setores da mídia que se pautam permanentemente pelas tentativas de desestabilizar o poder constituído pelo povo, mesmo esses estão mais cautelosos nas observações e análises sobre as posturas da Presidenta, que hoje desfruta dos mais altos índices de aceitação conferidos nos últimos anos a um mandatário nacional. E então, claro, voltam suas baterias para o Lula, contando com a cumplicidade de alguns golpistas e de muitos figurões da República... E elegem o “mensalão” petista (que, diga-se, tem mesmo que ser julgado e, se for o caso, punido) como o nosso mais sério delito de corrupção, esquecendo o seu irmão gêmeo mineiro, a compra de votos para a reeleição, as denúncias da Privataria Tucana e tudo mais que, em nosso país, está se transformando numa cachoeira, ou, se quiserem, numa enxurrada. Mas esse é um  outro assunto...

A Presidenta não titubeou no caso dos ministros que se viram envolvidos em denúncias de malversação, tráfico de influência  ou coisas do gênero. Com sabedoria de estadista, administrou as crises – que muitos pretendiam avassaladoras – e deixou que o bom senso (ou o rabo preso) dos  envolvidos encaminhasse as soluções de afastamento. Recusou o rótulo pejorativo de faxineira, e afirmou-se pela sobriedade e seriedade com que foi equacionando os problemas. Nas substituições que fez, deixou clara uma posição de independência em relação a muitos interesses da sua própria base política de apoio, apostando no técnico contra o político, na eficiência contra a demagogia.

É bem nítido que o nosso sistema político de composições para  a malfadada “governabilidade” tem impedido muitas vezes  a Presidenta de fazer valer seus propósitos. Mesmo assim, até pelas reações corajosas de Dilma, poucas vezes a sociedade brasileira pôde   perceber tão claramente esse jogo espúrio de pressões e contrapressões que ainda marcam o cenário nada republicano  de nossa política.    

De qualquer  forma, a Presidenta vem impondo sua marca, cada vez mais particular, na condução de assuntos  que, embora de interesse de todo o povo brasileiro, são (ou eram) tidos como intocáveis. Um deles: os juros cobrados no sistema bancário. Dilma não economizou críticas – em horário nobre e rede nacional – às exorbitâncias praticadas e não apenas cobrou medidas da rede particular como usou os bancos oficiais como elementos de concorrência, em uma linguagem que o “mercado” certamente entende ...  

A criação da Comissão da Verdade, acompanhada da verdadeira profissão de fé da Presidenta, e a transparente Lei do Acesso, são ações que, embora tardias, finalmente surgem agora como irreversíveis conquistas da cidadania, marcas adicionais no perfil de estadista da Presidenta.

Se Dilma não pôde – como queriam os ambientalistas – vetar totalmente o escandaloso Código Florestal aprovado no Congresso, nem por isso cedeu aos ruralistas naquilo que considerou mais relevante para  a  preservação de nossas florestas e para a afirmação de princípios éticos como o da não anistia aos grandes  desmatadores.

São apenas alguns exemplos, dentre muitos, que justificam os números que as repetidas pesquisas estão revelando. Agora mesmo leio nos jornais a publicação, pelos Ministérios da Saúde e da Justiça, de lei que criminaliza a exigência, por parte de entidades de saúde particulares, de cheque-caução para atendimento médico de urgência, tipificando a exigência como crime de omissão de socorro. Sabemos todos da “caixa preta” que envolve esse e outros assuntos ligados aos planos de saúde.

Evidentemente, nem tudo são ou serão flores no âmbito federal. Há muitos desafios pela frente. Dilma reafirmou em recente pronunciamento que seu compromisso é com o crescimento econômico do país, com inclusão social e sustentabilidade.   

Lamentavelmente, a permanente tentativa dos nossos partidos de fazer valer a política do “toma lá dá cá”  não são práticas que desaparecerão em um repente, por milagre ou por espasmo. Dilma, nesse âmbito,  às vezes tem que empenhar-se em dobrar alguns dos seus próprios companheiros de partido...

Mas o caminho da Presidenta, esperamos todos, deve ser o do enfrentamento do fisiologismo reinante. Aproveitando-se dos exitosos índices que o país vem revelando no cenário mundial – que garante aos brasileiros uma relativa tranquilidade em meio à crise geral - penso que está na hora  de fazer valer sua merecida popularidade para  trocar, gradativamente, o comprometido apoio de políticos discutíveis pelo indiscutível apoio popular. Nas ruas, se for o caso, quando necessário, na velha tradição das grandes causas públicas.

A TOGA, A LÍNGUA E O CAÇADOR DE BLOGS



Saiu na Carta Maior artigo de Saul Leblon: 

A toga, a língua e o caçador de blogs



Escudado na proteção republicana da toga, o ministro Gilmar Mendes desnudou uma controversa agenda política pessoal na última semana de maio. Onipresente na obsequiosa passarela da mídia amiga, lacrou seu caminho na 6ª feira declarando-se um caçador de blogs adversários de suas ideias e das ideias de seus amigos. Em preocupante equiparação entre a autoridade da toga e a arbitrariedade da língua, Gilmar decretou serem inimigos das instituições republicanas todos aqueles que contestam os seus malabarismos discursivos, a adequar denúncias a cada 24 horas, num exercício de convencimento à falta de testemunhas e fatos que as comprovem.


A fragilidade desse discurso impele-o agora ao papel de censor a exigir da Procuradoria Geral da República, e do ministro Mantega, que sufoque blogs adversários asfixiando-os com o corte da publicidade oficial. Sobre veículos que incluem entre suas fontes e ‘colaboradores informais’, notórios acusados de integrar quadrilhas do crime organizado, o ministro nada observa em relação à presença da publicidade oficial. Cabe ao governo Dilma dar uma resposta ao autonomeado censor da República.


O ataque da língua togada contra a imprensa crítica não é aleatório. O dispositivo midiático conservador vive em andrajos de credibilidade e pautas. A semana final de maio estava marcada para ser um desses picos de desamparo, na despedida humilhante de seu herói decaído. E de fato o foi: em depoimento no Conselho de Ética do Senado, na 3ª feira, o ex-líder dos demos na Casa, Demóstenes Torres, deixaria gravado no bronze dos falsos savonarolas a lapidar confissão de que um chefe de quadrilha pagava as contas, miúdas, observaria, de seu celular. E ele, o centurião da moralidade, a direita linha dura assim cortejada pela língua togada e pelo aparato conservador –quem sabe até para vôos maiores em 2014–, não viu nenhum tropeço ético nesse pequeno mimo que elucida todo um perfil.


O fecho de carreira do tribuno goiano contaminaria as manchetes que ele tantas vezes ancorou à direita não fosse a providencial intervenção da língua amiga do ministro do STF, Gilmar Mendes. Na mesma 3ª feira desde as primeiras horas da manhã, lá estava ela a falar pelos cotovelos. Diuturnamente, contemplou a orfandade da mídia amiga naquele dia cinzento. A cada qual ofereceu uma frase brinde para erguer a moral da tropa e justificar a manchete com o carimbo ‘exclusivo’ no alto da página. Não se poupou. O magistrado, não raro em destemperados decibéis, esfregou na opinião pública recibos e documentos que comprovariam o pagamento, com recursos próprios –’tenho-os para umas três voltas ao mundo’– de seu giro europeu, em abril de 2011, onde se encontraria com o herói decaído da linha dura, Demóstenes Torres.


Sua língua foi peremptória em alguns momentos, na mais pura tradição liberal que o distingue: ‘Vamos parar com essas suspeitas sobre viagens”, determinou. Para depois admitir em habilidosa antecipação: por duas vezes utilizou carona aérea do amigo Demóstenes; por duas vezes voou sob os auspícios do amigo que não possui veículo aéreo próprio; do amigo que não paga nem as contas de celular. Contas miúdas, diga-se, a revelar um vínculo orgânico com a ubíqua carteira gorda de acusados de integrar o condomínio criminoso goiano.


Gilmar estava determinado a servir de redenção ao dispositivo midiático demotucano num dia tão aziago. Não desapontou amigos, ainda que tenha escandalizado parte do país. Ofensivo, execrou blogs e sites críticos — esses sim, bandidos e gangsters– que arguiram e ainda arguem as fronteiras da identidade de valores que aproximou o magistrado do senador decaído.


Fez mais ainda: acusou Lula de ser a central de boatos contra ele para ‘melar o julgamento do mensalão’ –como se o ex-presidente Lula não pudesse, não devesse ter opinião sobre fatos relevantes da vida política nacional –prerrogativa que outras togas mais serenas não contestam e legitimam. Ao jornal O Globo, na linha da frase à la carte, facilitou a manchete pronta para dissolver a terça-feira de cinzas do conservadorismo: ‘O Brasil não é a Venezuela onde Chávez manda prender juiz’. O diário retribuiu a gentileza em manchete garrafal de duas linhas no alto da página. Um contrafogo sob medida à humilhante baixa no Senado. Incansável, a língua foi provendo xistes e chutes a emissários de redações sedentas, mas cometeu alguns deslizes.


Esqueceu que um pilar de sua versão sobre a famosa conversa com Lula –origem de toda celeuma que descambou em ataque à liberdade de imprensa– residia nos pequenos detalhes que emprestam veracidade ao bom contador; um deles, o cenário: a cozinha. Teria sido naquele recinto profano do escritório do ex-ministro Nelson Jobim, abrigado de qualquer solenidade e sem a presença do anfitrião, que ocorrera o assédio moral inesperado de um Lula chantageador contra um Gilmar irretocável.


Quadro perfeito. Exceto pelo fato de não se sustentar nem mesmo no matraquear do interessado. Sim, o mesmo magistrado suprimiu o precioso cenário despido de testemunhas na versão apresentada ao jornal Valor do dia 30-05 quando afirmou literalmente: ‘Jobim esteve presente durante todo o tempo’. Como? E a cozinha? E a privacidade a dois que lubrificou o assédio de um Lula irreconhecível?


Evaporou-se: Jobim estava presente o tempo todo, afirmou o narrador em contradição ostensiva. Mas por um bom motivo: desferir no ex-ministro de FHC e ex- presidente do STF uma punhalada em retribuição ao desmentido categórico do anfitrião para seu relato original do episódio à indefectível VEJA. No mesmo Valor, Gilmar insinuaria contra Jobim uma suspeita de cumplicidade com Lula por ter lançado na mesa o nome de um desafeto: Paulo Lacerda. Ex-dirigente da ABIN, Lacerda foi demitido em 2008 depois que Gilmar denunciou suposta escuta da PF, nunca comprovada, em seu escritório. Só na 5ª feira o entendimento da investida contra Jobim ficaria completo: Serra, o candidato predileto do conservadorismo, amigo de Gilmar e de outros da mesma cepa, prestou-se à colaborar com Veja; desinteressadamente, a exemplo do que tantas vezes o fez também o colaborador Dadá, aparaponga de aluguel do esquema Cachoeira. Serra incitou o amigo Jobim a falar com a revista sobre o encontro.


Surpreendido pela trama Jobim tirou a escada de VEJA e deu troco duplo: desmentiu Gilmar no Estadão e confirmou a Monica Bergamo, da Folha, o que tantos sabem: Serra não falha; sua biografia de bastidores está, esteve e estará sempre entrelaçada a golpes e denúncias que contemplem a regressividade udenista da qual VEJA constitui a corneta mais atuante e Gilmar o novo expoente da linha de frente lacerdista.


Diante do maratonismo verbal não sobraria fôlego aos jornais e jornalistas amigos para conceder ao leitor um pequeno espaço de reflexão sobre a momentosa semana final de maio, pausa todavia ainda mais necessária à medida em que versões assentam e dúvidas emergem em contornos mais nítidos. Ademais da evanescente cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim, outros pontos de dissipação merecem retrospecto. Por exemplo:


a) a reportagem publicada por Carta Maior no dia 29-04 ” Cachoeira arruma avião para Demóstenes e ‘Gilmar’ –com aspas por conta da identificação incompleta do ilustre viajante e um dos motivos da fluvial verborragia togada, não tratava de pagamento de vôo a Berlim pelo esquema Demóstenes/Cachoeira;


b) o texto, conciso e claro baseado em escutas públicas da PF teve como foco uma ‘carona aérea’ no trecho SP-Brasília, solicitada ao esquema Cachoeira para o dia 25-04 de 2011;


c) as tratativas telefônicas da quadrilha Cachoeira apontam que os passageiros da carona viriam da Alemanha e seriam, respectivamente, Demóstenes e ‘Gilmar’ ;


d) a data da chegada a São Paulo é a mesma do retorno informado pelo próprio Gilmar Mendes em seu rally jornalístico;


e) o horário de chegada do seu vôo originário da Alemanha guarda proximidade com aquele informado à quadrilha. Essas as coincidências notáveis. A partir daí os fatos e comprovantes apresentados por Gilmar Mendes desmentem que ele tenha utilizado a dita carona solicitada à quadrilha, fato que Carta Maior noticiou imediatamente após os esclarecimentos do magistrado. O desencontro entre essas evidências e as providencias tomadas pela quadrilha Cachoeira, todavia, autoriza uma indagação que não se dissolve no aluvião verborrágico da semana, a saber: quantos Gilmares havia em Berlim com Demóstenes Torres? E, mais que isso: quem seria o ‘Gilmar’ cuja inclusão na carona, aparentemente desativada, não causou qualquer surpresa a Cachoeira, que nas escutas reage à menção do nome e da presença como algo se não habitual, perfeitamente compatível com a extensão de seus tentáculos e zonas de influência?


Carta Maior reserva-se o direito de continuar praticando um jornalismo crítico e auto-crítico, comprometido única e exclusivamente com a democracia e as aspirações progressistas da sociedade brasileira, abraçadas pela ampla maioria de seus leitores. Isso naturalmente a coloca na margem oposta daqueles que até ontem consideravam Demóstenes Torres, seus valores, agendas, contas de celular e caronas em jatinhos uma referência ética e republicana.


Fiel ao compromisso com o se leitor Carta Maior cumpre a obrigação de manter em pauta algumas perguntas ainda sem resposta satisfatória: quantos gilmares havia em Berlim? Quantos gilmares havia no escritório de Jobim (um na cozinha e um na sala)? E, ainda mais urgente, quantas ameaças de fuzilamento da liberdade de expressão serão necessárias para que os partidos democráticos e o governo tomem a iniciativa de desautorizar a língua arvorada em extensão da toga? Não só em palavras, mas sobretudo na impostergável democratização afirmativa da publicidade oficial, antes que novos e velhos caçadores de jornalistas consigam transformá-la em mais um torniquete da pluralidade de opinião.


Postado por Saul Leblon



Em tempo: o Conversa Afiada reproduz e-mail do infatigável Stanley Burburinho:

1 – Segundo a resolução Nº 439 de 21 de setembro de 2010, publicada no Diário da Justiça Eletrônico em 24/9/2010, que dispõe sobre a concessão de diárias e passagens, diz:

“RESOLUÇÃO Nº 439, DE 21 DE SETEMBRO DE 2010 

Dispõe sobre a concessão de diárias e passagens

(…)

Art. 17. O cartão de embarque e  o bilhete de passagem ou o  documento equivalente deverão ser entregues na Seção de Passagens e Diárias até 5 (cinco) dias após o retorno à sede.  

(…)”

http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO439-2010.PDF

2 – Então, o cartão de embarque do Gilmar Mendes no voo LH 7376 (Lufthansa / TAM),entre SP e BSB, está à disposição na Seção de Passagens e Diárias do STF. Por que Gilmar Mendes não mostra para acabar com toda essa confusão?



Clique aqui para ler
 “Blogueiro sujo vai ao Supremo contra Gilmar”.

aqui para ver que nem o Noblat, da Globo, que recebe tanto anúncio do Governo (ah !, que inveja, diria a Geórgio Pinheiro, diretora-executiva do C Af) , leva o Gilmar a sério.

Fonte:  Conversa Afiada
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