domingo, 8 de janeiro de 2012

COTISTAS SE DÃO BEM NA SUA MAIOR PROVA: A CARREIRA

                            OS ILIBADOS CIDADÃOS ACIMA FORAM COTISTAS DE 1964 A 1985


Nove em cada 10 formandos beneficiados por reserva de vagas estão no mercado de trabalho. Seis, na sua área de formação


POR MARIA LUISA BARROS


Rio - Oito anos após o início do programa de reserva de vagas no ensino superior para negros e estudantes da rede pública, ex-cotistas estão se saindo muito bem na prova mais importante: a carreira profissional. Sete em cada dez estudantes que ingressaram na universidade pelo sistema de cotas já conquistaram uma vaga no mercado de trabalho, sendo seis deles na sua área de formação. Dois se preparam para concursos e apenas um não conseguiu emprego após a formatura.

Os dados inéditos fazem parte da primeira pesquisa feita, no ano passado, pela Universidade do Estado do Rio (Uerj), com 20% dos 4.280 ex-cotistas. O levantamento coordenado pela Sub-reitoria de Graduação revelou que 90% dos cotistas pioneiros não pensam em parar os estudos. Entre os egressos, 67% já concluíram cursos de pós-graduação e 39% frequentam mestrado, como Bruna Melo dos Santos, 30 anos.


Formada em História, ela está na segunda faculdade, de Arquivologia, que concilia com o curso de mestrado. “Eu só precisava de uma chance de provar que era capaz. Daqui a dois anos pretendo fazer doutorado na Inglaterra”, planeja ela, que agradece aos patrões da mãe, doméstica, pela ajuda nos anos difíceis da faculdade. “Eles me davam vales-alimentação, transporte e até curso de inglês. Foram anjos na minha vida”, conta Bruna, que viu o padrão de vida mudar após os estudos. Ela comprou um apartamento junto com o marido, também ex-cotista, e se mudou de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para Irajá, na Zona Norte do Rio, para ficar mais perto do trabalho.

As amigas Ana Paula Ferreira de Melo, 27, e Camila Rodrigues de Souza, 26, trilharam o mesmo caminho, fazendo as duas faculdades. Ana Paula é professora das redes municipal e estadual do Rio e Camila trabalha como arquivista na iniciativa privada. 

“Vejo nos meus alunos que a maioria não sonha. Tento servir de exemplo”, diz Ana, que também comprou apartamento. “Estudávamos muito porque a cobrança era maior em cima da gente. Não queríamos que ninguém dissesse que jogamos fora a oportunidade”, conta Camila.

Beneficiados por cota se formam mais que os outros

Formada na primeira turma de cotistas da Uerj, em março de 2007, a dentista Priscila Seraphim, 26 anos, é a prova de que, às vezes, basta uma oportunidade. Ela se divide em três clínicas odontológicas e o curso de especialização. Durante a faculdade, Priscila contou com a ajuda da aposentadoria da avó para custear R$ 2 mil por semestre com o material da aula prática, livros, roupa branca, alimentação e transporte: “Havia livros que custavam R$ 300 e não tinha para todos na biblioteca”.

Como ocorreu com Priscila, a Sub-reitoria de Graduação da Uerj identificou que a maior dificuldade dos cotistas era permanecer até a formatura. Por isso ampliou a assistência estudantil. Além da bolsa-auxílio de R$ 300 e de oficinas de reforço escolar, a universidade passou a fornecer livros, calculadoras e kits básicos para alunos de Medicina e Odontologia, que incluem instrumentos como estetoscópio e material para aulas em laboratório.

Como tartarugas da fábula, cotistas começam em desvantagem, mas podem ser os primeiros na linha de chegada, incentivados pela determinação que os leva a seguir sempre em frente. Eles se formam mais (25,9%) do que os não-cotistas (20,5%). “Agarram com unhas e dentes a oportunidade e fazem melhor uso do dinheiro público, já que não abandonam o curso”, reconhece a sub-reitora Lená Menezes.

Fonte:  Aposentado Invocado, adaptado pelo "teacher"

EM INGLÊS, A ELITE E A "URUBÓLOGA" MIRIAM VÃO ACREDITAR E ACEITAR.

Chora, urubóloga, chora


O texto abaixo copiado do britânico Financial Times mostra que o Brasil, que já foi ridicularizado na comunidade financeira internacional por suas crises econômicas e baixos preços dos seus títulos públicos, está agora, com a crise na Europa e com a sólida economia do país, lucrando alto com a valorização dos seus títulos nos mercados. Isto é um breve resumo do texto. Para maiores detalhes você poder lê-lo em inglês, obviamente, usar um tradutor ou ver um resumo mais elaborado em Aposentado Invocado, de onde tirei a dica para este post. O fato de publicá-lo em inglês tem dois sentidos: O primeiro é "tirar uma onda" com a falsa elite deste país que vive com eterno complexo de vira-latas e só acredita no que vem de fora. E o segundo é, como os companheiros sabem, a paixão que tenho pela língua inglesa, que fica, evidentemente, em segundo lugar, atrás do meu querido e belo Português.

The teacher.   

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Buyers flock to Brazil’s global issue

By Samantha Pearson in São Paulo

Brazil’s government has raised $825m in global debt markets at the lowest yield in the country’s history, putting its borrowing costs almost on a par with France as money pours out of crisis-hit Europe. The Latin American country, once ridiculed for its hyperinflation and perpetual currency crises, sold $750m of its 2021 dollar-denominated bonds to European and US investors on Tuesday to yield 3.449 per cent. It sold a further $75m in Asia on Wednesday.

Solid economic growth of about 3 per cent last year, a rapidly expanding middle class, political stability and the prospect of further upgrades by rating agencies has made Brazilian debt desirable for investors including pension funds and banks.
The reopening of Brazil’s 4.875 per cent global bond, which was first sold in April last year, was about seven times subscribed on Tuesday, according to Itaú BBA, the Brazilian investment bank that co-led the sale with BNP Paribas.

People close to the operation said the original target was only $500m, but the order book had to be closed after $2bn was offered in the first 30 minutes.

The final order book after Wednesday’s Asia sale totalled $4bn, they said.

At 3.45 per cent, the record-low yield now also puts Brazil in a better position than some eurozone countries, which must contend with higher borrowing costs as fears of a “double-dip” recession compound the region’s debt crisis.

Government bonds of a similar maturity are now yielding around 6.9 per cent in Italy and 5.2 per cent in Spain. “Brazil has fairly stable political dynamics and a hugely improving economic outlook. It also has a credible monetary policy, unlike other emerging markets, say, Turkey,” said David Spegel, head of emerging markets strategy at ING in New York.

The country also compares favourably to Mexico, which tapped global debt markets on Tuesday, the first trading day of the year, issuing $2bn of 10-year bonds. The securities delivered a slightly higher yield of 3.705 per cent.

Fonte: Financial Times.
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