quinta-feira, 9 de junho de 2011

UM DOS TEXTOS MAIS LÚCIDOS, E ESPERO, O ÚLTIMO, SOBRE A NOVELA PALOCCI

Durante a primeira crise do governo Dilma muitos criticaram os blogueiros independentes, sobretudo os jornalistas. Ao contrário da militância e de outros ativistas, comprometidos com causas político-ideológicas os profissionais da comunicação têm sim compromissos morais e éticos definidos.

São esses compromissos que, em última instância, garantem a sobrevivência de um profissional independente. É a coerência, a firmeza de princípios, o rigor técnico e a liberdade de opiniar, ainda que às vezes contra a vontade de seus leitores, que constituem o maior patrimônio de uma atividade intelectual: a credibilidade.Reparem que logo nas primeiras horas os principais nomes do jornalismo independente - em uníssono - se pronunciaram por uma resposta firme: cortar na carne. Todos sabiam que a crise só interessava aos que, enfraquecendo o governo ganhariam muito com isso, principalmente o PMDB. Vejam que a lista não foi pequena: Mino Carta, Mauro Santayana (com toda sua sutileza), Paulo Henrique Amorim, Alberto Dines, Ricardo Kotscho, Luis Nassif, Maria Inês Nassif, Luis Carlos Azenha, Rodrigo Vianna, Altamiro Borges e tantos outros.Os "penas de aluguel" do PIG ficaram em dúvida. De início partiram para cima de Palocci. Quando perceberam que perder o ministro poderia significar diminuir seu poder de influência dentro do governo recuaram. Mas aí já era tarde demais para sair em defesa do ex-aliado. Resultado: foram para a forca com ele e perderam mais do que ganharam.Mas o que importa é que crise é oportunidade. E Dilma percebeu isso logo nas primeiras horas. Pôs em prática, ao lado de Lula, um plano de redução de danos, que consistia em, primeiro, blindar seu ministro para, depois, ao abrir mão dele, não o expor a investigações e constrangimentos. O plano foi um sucesso. A Comissão de Ética do governo, a Procuradoria Geral da República e o Senado estancaram o sangramento de Palocci.Enquanto isso, ele foi a público - com a ajuda de seus algozes - dar explicações sobre seus negócios (plano parcialmente bem sucedido). Quando entregou o posto estava livre de qualquer ônus senão o político. E quem ficou com a brocha na mão foi, mais uma vez, foram o poder econômico e seu sócios no PIG (O Partido da Imprensa Golpista).O governo sai maior. Dilma sai maior. Mantega e sua política-econômica saem mais fortes. O Plano Nacional de Banda Larga sai mais forte. Os jornalistas independentes saem mais fortas e o país, ah o país, esse sim não para de se "enfortecer". Tenho fé no futuro e agora, livre de Palocci, estou ainda mais confiante.
Durante a primeira crise do governo Dilma muitos criticaram os blogueiros independentes, sobretudo os jornalistas. Ao contrário da militância e de outros ativistas, comprometidos com causas político-ideológicas os profissionais da comunicação têm sim compromissos morais e éticos definidos.

São esses compromissos que, em última instância, garantem a sobrevivência de um profissional independente. É a coerência, a firmeza de princípios, o rigor técnico e a liberdade de opiniar, ainda que às vezes contra a vontade de seus leitores, que constituem o maior patrimônio de uma atividade intelectual: a credibilidade.Reparem que logo nas primeiras horas os principais nomes do jornalismo independente - em uníssono - se pronunciaram por uma resposta firme: cortar na carne. Todos sabiam que a crise só interessava aos que, enfraquecendo o governo ganhariam muito com isso, principalmente o PMDB. Vejam que a lista não foi pequena: Mino Carta, Mauro Santayana (com toda sua sutileza), Paulo Henrique Amorim, Alberto Dines, Ricardo Kotscho, Luis Nassif, Maria Inês Nassif, Luis Carlos Azenha, Rodrigo Vianna, Altamiro Borges e tantos outros.Os "penas de aluguel" do PIG ficaram em dúvida. De início partiram para cima de Palocci. Quando perceberam que perder o ministro poderia significar diminuir seu poder de influência dentro do governo recuaram. Mas aí já era tarde demais para sair em defesa do ex-aliado. Resultado: foram para a forca com ele e perderam mais do que ganharam.Mas o que importa é que crise é oportunidade. E Dilma percebeu isso logo nas primeiras horas. Pôs em prática, ao lado de Lula, um plano de redução de danos, que consistia em, primeiro, blindar seu ministro para, depois, ao abrir mão dele, não o expor a investigações e constrangimentos. O plano foi um sucesso. A Comissão de Ética do governo, a Procuradoria Geral da República e o Senado estancaram o sangramento de Palocci.Enquanto isso, ele foi a público - com a ajuda de seus algozes - dar explicações sobre seus negócios (plano parcialmente bem sucedido). Quando entregou o posto estava livre de qualquer ônus senão o político. E quem ficou com a brocha na mão foi, mais uma vez, foram o poder econômico e seu sócios no PIG (O Partido da Imprensa Golpista).O governo sai maior. Dilma sai maior. Mantega e sua política-econômica saem mais fortes. O Plano Nacional de Banda Larga sai mais forte. Os jornalistas independentes saem mais fortas e o país, ah o país, esse sim não para de se "enfortecer". Tenho fé no futuro e agora, livre de Palocci, estou ainda mais confiante.

Fonte:  DoLaDoDeLá
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