segunda-feira, 13 de setembro de 2010

MARINA SILVA: ESTÁ SENDO USADA OU É DO TIME?

A mesma foto e a mesma pergunta: qual delas é a verdadeira Marina?

Já falei aqui e  muitos outros companheiros estão criticando (aqui e aqui) o comportamento de Marina Silva nesta campanha eleitoral. Já a estão chamando de ex-Marina (clique nos links). Uma pessoa que militou num partido como o PT durante tantos anos não pode está se comportando da maneira como Marina está. Das duas uma: ou ela enganou a todos por todos aqueles anos ou ela mudou completamente. Não sei o que é pior. Se não,  vejamos. Marina foi Senadora da Republica e como tal conheceu melhor que ninguém os bastidores do pior  na política que é o Senado brasileiro. Sim. porque em um lugar onde se encontra ao mesmo tempo Sarney Jereissati, Artur Virgílio, Jarbas Vasconcelos, Marconi Perillo, só pra dizer alguns, é um lugar onde se aprende muito do que há de errado na política. Então, Marina conviveu com isso. Ela viveu os tempos difíceis para o governo Lula das denúncias do mensalão, ela viu como a imprensa a cada dia que passava plantava mais reportagens, que por sua vez era reproduzida na tribuna do Senado, que por sua vez era apresentada com voz grave nos principais telejornais da noite, que por sua vez... Diante de tudo isso é de se estranhar e lamentar ouvir Marina dizer que quer a eleição vá para o segundo turno para que a se possa esclarescer as denúncias contra Erenice Guerra! É brincadeira,  isso? Outra coisa: nas duas vezes em que eu a ouvi apelando para o segundo turno em nenhum momento ela pronuncia coisas do tipo: "eu tenho que está no segundo turno" "duas mulheres no segundo turno", "quero discutir o meio ambiente no segundo turno." Talvez não seja preciso, por isso ela não diz, claro. Mas a impressão que passa é que ela esta pedindo um segundo turno, não interessa contra quem, desde que haja. Acredito que Marina Silva para sair desta eleição respeitada e se credenciar entre os seu eleitores, entre os partidos de esquerda - de onde ela saiu - ela deveria, pelo contrario, denunciar as injustiças midiáticas perpetradas contra Dilma Rousseff, pois ela sabe que se fosse ela, Marina,  que estivesse ameaçando Serra, seria ela a vítima diária deste bombardeio. Não fazer isso por si só já demonstra no mínimo um distanciamento conviniente para Marina. Agora, pedir a população que leve a eleição para o segundo turno para se esclarescer denúncias que ela sabe serem fabricadas apenas com esse objetivo é compartilhar da calúnia, da injúria, do assassinato de reputação que caracterizam a direita virulenta e seus asseclas na imprensa e dos quais Marina está se utilizando em proveito próprio. Ou não.

by the teacher

DA SÉRIE: "DILMA VAI TER QUE ENFRENTAR O PIG"

Serra vira Tiririca: pior do que tá não fica! Já a pancadaria na mídia vai piorar, sim!

publicada segunda-feira, 13/09/2010 às 20:50 e atualizada segunda-feira, 13/09/2010 às 20:24


O candidato tucano virou Tiririca: para ele, o pior chegou; mas a velha mídia ainda pode fazer muito estrago
Serra já tentou ser bonzinho. Já tentou ser Zé. Tentou virar Lacerda, batendo à porta dos quartéis. Agora, virou o inquisidor-mor do Brasil (ou “caluniador”, como Dilma pregou na testa do tucano): nada disso deu resultado.
Serra encolhe, já beira os 20% dos votos na pesquisa Vox/Band/IG. Ele, a essa altura, virou uma espécie de Tiririca: pior do que está não fica.
O problema é que isso não tem graça nenhuma. Quanto mais despenca, mais Serra se afunda no gueto: vira um candidato acuado, ressentido, que mexe com os piores sentimentos do conservadorismo no Brasil. Quem fica ao lado dele é só a turma que quer conter o “comunismo”, que chama Bolsa-Família de “bolsa-esmola”, que insiste em chamar Lula de ”analfabeto”, “nordestino ignorante”, ”apedeuta”.
Passada a eleição, o tucano provavelmente vai ser lançado ao ostracismo. Mas o discurso do ressentimento – que ele encampou – seguirá vivo. Especialmente na velha imprensa. O festival de escândalos fabricados às vésperas da eleição mostra qual o clima que se pode esperar durante um provável governo Dilma. A guerra vai seguir. Engana-se quem pensa que o céu ficará desanuviado. Não. Derrotada e minoritária, a mídia velha vai ficar ainda mais aguerrida. Testará a capacidade de resistência de Dilma.
Lula não comprou essa briga de frente. Confiou em sua capacidade de ser o comunicador maior do governo, comendo pelas beiradas a velha mídia. Dilma não tem (ainda) a capacidade de mobilização de Lula. Como Dilma vai enfrentar a “Veja”, “O Globo”, a “Folha”, o “Estadão”?
Os três últimos são da velha escola golpista. A primeira é da nova escola fascista.
A provável presidenta Dilma travará essa batalha sozinha, no peito e na maciota, como fez Lula? Não. Essa precisa ser uma batalha da sociedade.  
 Há quem defenda a necessidade de uma articulação de partidos, sindicatos, movimentos sindicais, blogueiros e jornalistas progressistas, para dizer à turma (sedenta de sangue) que está do outro lado: se tentarem avançar o sinal, haverá reação.
Agora, na reta final da eleição, ou nos próximos meses, no início de um provável governo Dilma, a sociedade brasileira terá que dar conta dessa questão. A democracia brasileira precisa enfrentar e enterrar os velhos barões da mídia. Eles levarão uma surra nas urnas, abraçados ao candidato tucano. Mas - ao contrário de Serra -  ainda não viraram Tiririca: são capazes de coisas muito piores do que promover crises e inventar escândalos. Já provaram isso no passado, como escrevi aqui
fonte: Escrevinhador
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