se for assim não vai dar certo
Postagem em Luis Nassif on line da conta de que há um disputa interna pelo controle do PSDB e que o grupo ligado ao ex-presidenciável José Serra já articula meios de manter longe do poder do partido e no congresso Nacional o grupo ligado ao ex-governador mineiro Aécio Neves. Já em Gilson Sampaio lemos o texto de Maurício Dias da Carta Capital "Serra vai à guerra" no qual ele afirma que o candidato derrotado não se portará de maneira diferente da qual se portou durante toda a campanha. Isso significa uma oposição virulenta e sem ética, pelo que foi visto nos últimos meses.
Custa-se a crer que o PSDB permita que isso aconteça. Primeiro, não se consegue conceber que os aliados do ex-candidatos dentro do seu partido ainda sejam tão poderosos a ponto de ofuscar, pela força, a presença de um ex-governador que elegeu-se facilmente para o senado e elegeu seu sucessor, contra o candidato do presidente mais popular de todos os tempos. Depois, Serra foi um candidato que centralizou toda a campanha e em alguns momentos foi contra o que moderados do partido queriam, mergulhou o país num processo abscurantista, o que apressou ainda mais sua derrota, transformando aos olhos da sociedade o partido em um aliado do que há de mais retrógrado como a TFP, CCC, radicais do catolicismo e das igrejas evangélicas, xenófobos e racistas.
O PSDB elegeu governadores em estados importantes, principalmente Minas e São Paulo. Mas não, seguramente, pela atuação de José Serra, enquanto candidato. Pelo contrário, em São Paulo venceu com cerca de 10% de vantagem (esperava mais) e em Minas sofreu derrota acachapante (esperava ganhar.) Isso significa dizer que se o partido de Serra se continua de pé depois das eleições, seguramente não é apenas por causa dele.
A conclusão a qual tenta se chegar é a seguinte: Se o PSDB se deixar liderar nacionalmente por José Serra, usando o mesmo tipo de oposição feita até agora contra o governo Lula, ou talvez pior, vai seguir o caminho do DEM, ou seja, vai acabar. Vai, porque o recado das urnas foi claro. Queremos discutir o Brasil e seus projetos, queremos as reformas que o Brasil precisa sem abandonar as políticas de recuperação do emprego, da renda, da dignidade das pessoas. Não se admite a democracia sem oposição. Ela é tão necessária quanto o voto. Porém, uma oposição que não reconhece, como até agora não reconheceu, nenhum mérito do governo, minimiza os avanços sociais e se apega apenas ao denuncismo, tendo a parte podre da mídia como aliada, passa a imagem de inimiga do povo. Acredito que não foi a toa que a maioria dos senadores que faziam esse tipo de oposição cega e raivosa não se reelegeu. Ou o PSDB controla Serra ou Serra acaba com o PSDB.
by the teacher. (Nascido na Santa casa de Misericórdia de Santos SP. Pernambucano e Nordestino de coração. Com muito orgulho, com muito amor.)