sexta-feira, 30 de agosto de 2013

LIVRO-BOMBA REVELA COMO FHC COMPROU SUA REELEIÇÃO




Lançado por Palmério Doria, "O Príncipe da Privataria" aborda as contradições do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e desnuda um capítulo ainda obscuro da política brasileira: a compra da emenda que permitiu a sua reeleição, em 1998; o livro revela ainda a identidade do "Senhor X", que gravou deputados e denunciou ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, o episódio; trata-se do empresário Narciso Mendes, do Acre, que resolveu contar tudo o que sabia; a obra trata ainda da tentativa de privatização da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras e também de como a mídia blindou a história do filho de FHC fora do casamento – que, no final da história, não era filho legítimo do ex-presidente 
30 DE AGOSTO DE 2013 ÀS 06:38

247 - Um livro bombástico chega, neste fim de semana, às livrarias de todo o País. Trata-se de "O Princípe da Privataria", lançado pelo jornalista Palmério Doria, autor do best-seller Honoráveis Bandidos, sobre o poder da família Sarney, e colunista do 247. Desta vez, o foco de Doria é lançado sobre um dos homens mais poderosos e cultuados do Brasil: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No livro, o autor aborda as contradições do personagem e algumas manchas de sua biografia, como a compra da emenda da reeleição e a operação pesada para blindá-lo na imprensa sobre o filho fora do casamento com uma jornalista da Globo, que, no fim da história, não era seu filho legítimo.
Leia, em primeira mão, o material de divulgação preparado pela Geração Editorial, a mesma casa editorial que lançou livros-reportagem de sucesso como Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., e Segredos do Conclave, de Gerson Camaratti:
O Príncipe da Privataria revela quem é o “Senhor X”, o homem que denunciou a compra da reeleição

Uma grande reportagem, 400 páginas, 36 capítulos, 20 anos de apuração, um repórter da velha guarda, um personagem central recheado de contradições, poderoso, ex-presidente da República, um furo jornalístico, os bastidores da imprensa, eis o conteúdo principal da mais nova polêmica do mercado editorial brasileiro: O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição (Geração Editorial, R$ 39,90).
Com uma tiragem inicial de 25 mil exemplares, um número altíssimo para o padrão nacional, O Príncipe da Privataria é o 9° título da coleção História Agora da Geração Editorial, do qual faz parte o bombástico A Privataria Tucana e o mais recente Segredos do Conclave.
O personagem principal da obra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o autor é o jornalista Palmério Dória, (Honoráveis Bandidos – Um retrato do Brasil na era Sarney, entre outros títulos). A reportagem retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o “Senhor X” – a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição – e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um ”segredo de polichinelo” guardado durante anos...
Após 16 anos, Palmério Dória apresenta ao Brasil o personagem principal do maior escândalo de corrupção do governo FHC: o “Senhor X”. Ele foi o ex-deputado federal que gravou num minúsculo aparelho as “confissões” dos colegas que serviram de base para as reportagens do jornalista Fernando Rodrigues publicadas na Folha de S. Pauloem maio de 1997. A série “Mercado de Voto” mostrou da forma mais objetiva possível como foi realizada a compra de deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição. “Comprou o mandato: 150 deputados, uma montanha de dinheiro pra fazer a reeleição”, contou o senador gaúcho, Pedro Simon. Rodrigues, experiente repórter investigativo, ganhou os principais prêmios da categoria no ano da publicação.
Nos diálogos com o “Senhor X”, deputados federais confirmavam que haviam recebido R$ 200 mil para apoiar o governo. Um escândalo que mexeu com Brasília e que permanece muito mal explicado até hoje. Mais um desvio de conduta engavetado na Era FHC.
Porém, em 2012, o empresário e ex-deputado pelo Acre, Narciso Mendes – o “Senhor X” –, depois de passar por uma cirurgia complicada e ficar entre a vida e a morte, resolveu contar tudo o que sabia.
O autor e o coautor desta obra, o também jornalista da velha guarda Mylton Severiano, viajaram mais de 3.500 quilômetros para um encontro com o “Senhor X”. Pousaram em Rio Branco, no Acre, para conhecer, entrevistar e gravar um homem lúcido e disposto a desvelar um capítulo nebuloso da recente democracia brasileira.
O “Senhor X” aparece – inclusive com foto na capa e no decorrer do livro. Explica, conta e mostra como se fazia política no governo “mais ético” da história. Um dos grandes segredos da imprensa brasileira é desvendado.
20 anos de apuração
Em 1993, o autor começa a investigar a vida de FHC que resultaria neste polêmico livro. Nessas últimas duas décadas, Palmério Dória entrevistou inúmeras personalidades, entre elas o ex-presidente da República Itamar Franco, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Pedro Simon, do PMDB. Os três, por variadas razões, fizeram revelações polêmicas sobre o presidente Fernando Henrique e sobre o quadro político brasileiro.
EXÍLIO NA EUROPA
Ao contrário do magnata da comunicação Charles Foster Kane, personagem do filme Cidadão Kane, de Orson Welles, que, ao ser chantageado pelo seu adversário sobre o seu suposto caso extraconjugal nas vésperas de uma eleição, decide encarar a ameaça e é derrotado nas urnas devido a polêmica, FHC preferiu esconder que teria tido um filho de um relacionamento com uma jornalista.
FHC leva a sério o risco de perder a eleição. Num plano audacioso e em parceria com a maior emissora de televisão do país, a Rede Globo, a jornalista Miriam Dutra e o suposto filho, ainda bebê, são “exilados” na Europa. Palmério Dória não faz um julgamento moralista de um caso extraconjugal e suas consequências, mas enfatiza o silêncio da imprensa brasileira para um episódio conhecido em 11 redações de 10 consultadas. Não era segredo para jornalistas e políticos, mas como uma blindagem única nunca vista antes neste país foi capaz de manter em sigilo em caso por tantos anos?
O fato só foi revelado muito mais tarde, e discretamente, quando Fernando Henrique Cardoso não era mais presidente e sua esposa, Dona Ruth Cardoso, havia morrido. Com um final inusitado: exame de DNA revelou que o filho não era do ex-presidente que, no entanto, já o havia reconhecido.  
Na obra, há detalhes do projeto neoliberal de vender todo o patrimônio nacional. Seu crime mais hediondo foi destruir a Alma Nacional, o sonho coletivo”, relatou o jornalista que desvendou o processo privativista da Era FHC, Aloysio Biondi, no livro Brasil Privatizado.
O Príncipe da Privataria conta ainda os bastidores da tentativa de venda da Petrobras, em que até a produção de identidade visual para a nova companhia, a Petrobrax, foi criada a fim de facilitar o entendimento da comunidade internacional. Também a entrega do sistema de telecomunicações, as propinas nos leilões das teles e de outras estatais, os bancos estaduais, as estradas, e até o suposto projeto de vender a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. A gente nem precisa de um roubômetro: FHC com a privataria roubou 10 mil vezes mais que qualquer possibilidade de desvio do governo Lula”, denuncia o senador paranaense Roberto Requião.
SOBRE O AUTOR
Palmério Dória é repórter. Nasceu em Santarém, Pará, em 1949 e atualmente mora em São Paulo, capital. Com carreira iniciada no final da década de 1960 já passou por inúmeras redações da grande imprensa e da “imprensa nanica”. Publicou seis livros, quatro de política: A Guerrilha do AraguaiaMataram o Presidente — Memórias do pistoleiro que mudou a História do Brasil A Candidata que Virou Picolé (sobre a queda de Roseana Sarney na corrida presidencial de 2002, em ação orquestrada por José Serra); e Honoráveis Bandidos — Um retrato do Brasil na Era Sarney ; mais dois livros de memórias: Grandes Mulheres que eu Não Comi, pela Casa Amarela; e Evasão de Privacidade, pela Geração Editorial.
Fonte: Brasil 247

terça-feira, 13 de agosto de 2013

MÍDIA E METRÔ TUCANO: COMO SERVIR A DEUS SEM TRAIR O DIABO?




Nunca a sorte política do PSDB – seus caciques e derivados— dependeu tanto da indulgência da mídia conservadora como agora. 

E nunca, como agora, esse centurião de todas as horas esteve tão frágil para ajudá-los.

A sobrevivência mesmo esfarrapada do PSDB depende dramaticamente da decisão em torno da qual orbitam há dias os proprietários, editorialistas, colunistas, pauteiros e mancheteiros do dispositivo midiático conservador.

Aliviar ou não para um PSDB mergulhado até o nariz no conluio com oligopólios e corrupção no caso das licitações para compra de vagões do metrô, em São Paulo?

A hesitação no ar é tão densa que dá para cortar com uma faca.

Jorros de ambiguidade escorrem dos veículos impressos no café da manhã.

Num dia, como na 4ª feira passada, a Folha escondeu o escândalo retirando-o da 1ª página.

Mas encontrou espaço para estampar ali outra ‘grave denúncia’: a reforma de calçadas no centro de São Paulo não tem plano equivalente para as periferias.

Na edição seguinte, porém, o jornal dos Frias precipitou a publicação de um indício de envolvimento direto de José Serra com o cartel, em 2008. 

Como?

Jogou a informação no papel. Sem investigar a fundo, como deveria, e fez, quando o alvo eram lideranças progressistas.

Não ouviu outros executivos de empresas participantes da mesma licitação, não biografou o braço direito do governador na operação denunciada pela Siemens. Não foi até Amsterdã ouvir testemunhas, checar informações, refazer o roteiro de Serra, conferir reuniões no hotel etc etc.

O secretário de transportes metropolitanos de Serra, então, e segundo a denúncia da multinacional alemã, parceiro do governador nas tratativas, era o engenheiro José Luiz Portella.

Por que o perfil de figura chave não foi esmiuçado?

Colunista da Folha atualmente, Portella é um quadro clássico: perfil público rebaixado, versatilidade operacional elevada dentro do PSDB. 

Ela inclui serviços prestados ao governo FHC, no ministério da Educação, dirigido por Paulo Renato de Souza, já falecido.

Por acaso, Paulo Renato seria seu companheiro também no governo Serra, quando a secretaria da Educação de SP adquiriu, sem licitação, cerca de R$ 8 milhões em assinaturas de jornais , revistas e outras publicações dos grupos Estadão, Globo e Abril. (Em 2010 Serra deixaria o governo de SP para, com apoio da mídia, ser derrotado outra vez em uma disputa presidencial, agora por Dilma Rousseff.)

A pressa da Folha em veicular uma denúncia séria sem investigação anterior –e tampouco posterior, sintetiza um certo desespero que perpassa todo o dispositivo midiático conservador nesse momento.

A angústia deriva da difícil missão que os acontecimentos impõem ao jornalismo ‘isento’ nos dias que correm.

Como servir a Deus sem trair o Diabo?

Foi o que tentou a Folha nesse caso.

De um lado, mitigar a cumplicidade pública entre ela e Serra.

De outro, ao comprometer o tucano, faze-lo de forma tão frívola, que levou o jornal a omitir até mesmo reportagens anteriores de sua própria lavra, que endossariam a denúncia da Siemens. 

Em 26 de outubro de 2010, a Folha revelou que seis meses antes da licitação dos lotes 3 e 8 da linha 5 (Lilás) do metrô, sua reportagem já tivera acesso aos nomes dos vencedores das obras. 

A Folha registrou então as empresas vencedores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril de 2010. (Leia a cópia da reportagem da Folha ao final dessa nota)

Se isso não é uma corroboração forte de práticas sistêmicas de conluio, corrupção e cartel no governo Serra, o que mais seria então?

Por que a Folha menosprezou esses antecedentes?

Por que, se eles enfraquecem sobremaneira as alegações de Serra, Alckmin e assemelhados de espanto com práticas idênticas relatadas pela Siemens, agora também na etapa de aquisição de equipamentos? 

A frouxidão moral dos colunistas savonarolas, o laxismo ético dos editoriais tem motivo de força maior.

A mídia está envolvida até o pescoço nesse escândalo, sugestivamente só revelado por iniciativa da pata empresarial do negócio e da ação do Cade.

Seu envolvimento tem um nome: omissão.
E sobrenome: cumplicidade.

Como explicar que o diligente jornalismo bandeirante, sempre tão atento à malversação da coisa pública na esfera federal, nunca investigou a fundo aquilo que esteve o tempo todo diante do seu nariz?

E não só diante do nariz, mas, como se vê pela reportagem de 2010, em suas próprias páginas, em escândalos, todavia, rebaixados como episódicos e pontuais?

A mídia conservadora hesita, se retorce e se remói.

A dimensão sistêmica do que aflora no metrô de SP coloca-a diante de um duplo abraço de afogados.

Se não investigar a fundo esse episódio, veiculado a fórceps, naufragará como parceira carnal do tucanato.

Se investigar, com rigor e isenção, uma prática de 16 anos de governos que sempre contaram com seu esférico apoio, em algum momento, de certa forma, terá que investigar a si própria. 

Leia abaixo, a reportagem da Folha de 2010, ’esquecida’ no episódio equivalente de 2013.

26/10/2010 – 03h00 
Resultado de licitação do metrô de São Paulo já era conhecido seis meses antes

RICARDO FELTRIN
DE SÃO PAULO 

A Folha soube seis meses antes da divulgação do resultado quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes de 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do metrô. 

O resultado só foi divulgado na última quinta-feira, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano, respectivamente.

A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) –ele deixou o cargo no início de abril deste ano para disputar a Presidência da República. Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman. 

O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório. 

O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar o caso. Os consórcios também negam irregularidades ou “acertos”. 

O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões. A linha 5 do metrô irá do Largo 13 à Chácara Klabin, num total de 20 km de trilhos, e será conectada com as linhas 1 (Azul) e 2 (Verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU. 

VÍDEO E CARTÓRIO 
A Folha obteve os resultados da licitação no dia 20 de abril, quando gravou um vídeo anunciando o nome dos vencedores. 

Três dias depois, em 23 de abril, a reportagem também registrou no 2º Cartório de Notas, em SP, o nome dos consórcios que venceriam o restante da licitação e com qual lote cada um ficaria. 

O documento em cartório informa o nome das vencedoras dos lotes 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Também acabou por acertar o nome do vencedor do lote 2, o consórcio Galvão/ Serveng, cuja proposta acabaria sendo rejeitada em 26 abril. A seguir, o Metrô decidiu que não só a Galvão/Serveng, mas todas as empresas (17 consórcios) que estavam na concorrência deveriam refazer suas propostas. 

A justificativa do Metrô para a medida, publicada em seu site oficial, informava que a rejeição se devia à necessidade de “reformulação dos preços dentro das condições originais de licitação”. 

Em maio e junho as empreiteiras prepararam novas propostas para a licitação. Elas foram novamente entregues em julho. 

No dia 24 de agosto, a direção do Metrô publicou no “Diário Oficial” um novo edital anunciando o nome das empreiteiras qualificadas a concorrer às obras, tendo discriminado quais poderiam concorrer a quais lotes. 

Na quarta-feira passada, dia 20, Goldman assinou, em cerimônia oficial, a continuidade das obras da linha 5. O nome das vencedoras foi divulgado pelo Metrô na última quinta-feira. Eram exatamente os mesmos antecipados pela reportagem. 

OBRA DE R$ 4 BI 
Os sete lotes da linha 5-Lilás custarão ao Estado, no total, R$ 4,04 bilhões. Os lotes 3 e 7 consumirão a maior parte desse valor. 

Pelo edital, apenas as chamadas “quatro grandes” –Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão)– estavam habilitadas a concorrer a esses dois lotes, porque somente elas possuem um equipamento específico e necessário (shield). Esses dois lotes somados consumirão um total de R$ 2,28 bilhões. 

OUTRO LADO 
Em nota, o Metrô de São Paulo informou que vai investigar as informações publicadas hoje na Folha. 

A companhia disse ainda que vai investigar todo o processo de licitação. 

“É reconhecida a postura idônea que o Metrô adota em processos licitatórios, além da grande expertise na elaboração e condução desses tipos de processo. A responsabilidade do Metrô, enquanto empresa pública, é garantir o menor preço e a qualidade técnica exigida pela complexidade da obra.” 

Ainda de acordo com a estatal, para participação de suas licitações, as empresas precisam “atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade” impostos por ela. 

No caso da classificação das empresas nos lotes 3 e 7, era necessário o uso “Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no país têm”. “Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública. Licitações desse porte tradicionalmente acirram a competitividade entre as empresas”, diz trecho da nota. 

O Metrô afirmou ainda que, “coerente com sua postura transparente e com a segurança de ter conduzido um processo licitatório de maneira correta, informou todos os vencedores dos lotes e os respectivos valores”. 

Disse seguir “fielmente a lei 8.666″ e que “os vencedores dos lotes foram anunciados na sessão pública de abertura de propostas”. “Esse procedimento dispensa, conforme consta da lei, a publicação no ‘Diário Oficial’”. 

Todos os consórcios foram procur

O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão diz ter concentrado seu foco no lote 7 para aproveitar “o equipamento da Linha 4, reduzindo o investimento inicial”. 

ados, mas só dois deles responderam ao jornal. 

O Consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa, vencedor da disputa para construção do lote 3, diz que “tomou conhecimento do resultado da licitação em 24 de setembro de 2010, quando os ganhadores foram divulgados em sessão pública”. 

O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa licitação, “só dois trechos poderiam ser executados com a máquina conhecida como ‘tatu’ e apenas dois consórcios estavam qualificados para usar o equipamento”. 

“Uma vez que nenhum consórcio poderia conquistar mais que um lote, a probabilidade de cada consórcio ficar responsável por um dos lotes era grande”, diz.

Colaborou ROGÉRIO PAGNAN, de São Paulo 

Fonte:  Conversa Afiada
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