“Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.”
(Getúlio Vargas, na Carta-Testamento, 24 de agosto de 1954)
Escrevi o post sobre o resultado recorde da Petrobras antes de ler os jornais de hoje. E fiquei impressionado com a quantidade de ódio e de despeito que a elite brasileira destila, através de sua mídia, contra a maior e mais importante empresa brasileira. No momento em que ela atinge os maiores lucros da história, em que acumula sucesso após sucesso e, até, mostra na prática sua utilidade para a regulação da cadeia – privada – da comercialização de combustíveis (a ANP e nada, nesta crise, foram o mesmo), só o que se vê é manipulação e inveja por parte dos jornais.
Vou colecionar alguns títulos de matérias publicadas hoje no Estadão: Investimentos da Petrobrás caem 11% no 1º tri e somam R$ 15,87 bi; Custo de extração sobe 10,6%, para US$ 11,38 por barril; Balança comercial da Petrobrás sai do positivo para o negativo no 1º tri; Petrobrás adia anúncio do plano de investimentos .
O Globo segue a mesma linha, com menos vigor e a Folha só range os dentes. Prefere aunciar novo caos no abastecimento de etanol para dezembro .
Não é de hoje, como mostra a citação de Vargas, que a Petrobras é o alvo político das forças que só entendem o Brasil como colônia. Não perdoam o fato de que Fernando Henrique não tenha conseguido abrir mais completamente o setor de petróleo para as multinacionais. Não porque não o quisesse, é claro, mas porque a surda resistência da consciência brasileira e a própria força econômica e capacidade técnica da empresa – que enfrentou nos leilões, como pôde, a entrada das multis – impediu que ela tivesse o destino da Vale, que sangrou na terra as riquezas do país sob os aplausos de mídia colonialista.
Eles são e serão assim, atacando cada vez com mais vigor – e servindo-se de qualquer expediente para isso – o grande patrimônio nacional que ela, e as jazidas de petróleo contidas em nosso solo e nosso mar , representa.
Não será possível repelir estes ataques se não houver vigor. A empresa e o governo devem sair de uma postura tímida e mostrar como e porque nossa política para o petróleo é vital para nosso sonho – e direito – à soberania nacional.
Porque agora, como há 60 anos com Vargas, os inimigos da Petrobras são os inimigos de um Brasil independente, rico, autônomo.
A própria Presidente Dilma, logo, terá de ser a líder deste enfrentamento, como foi indispensável que Lula, antes, tomasse a frente do movimento de afirmação da Petrobras.
Fonte:Blog Tijolaço
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