O que um editor de política de um jornal com grande circulação está fazendo na editoria de política, se não toma conhecimento do lançamento de um livro que - queira-se ou não - diz respeito à pauta política de sua editoria?
Dirão alguns: Mas não é bem assim... Sabe como é que é... O roteiro temático - a pauta jornalística - precisa passar pelo crivo de algum figurão do jornal que, por sua vez, submete-se - ciente de sua submissão - ao figurão-mor [aquele que, secamente, diz: o interesse do jornal é o que importa. Não temos nada a ver com informar a sociedade... Desde que essa informação, claro, esteja alinhada a nossos interesses. Este é o nosso conceito de "democratizar a informação". Nosso lema é: "abafa o caso", pois não é de nosso interesse. Se não é de nosso interesse, não o é da sociedade e ponto final - o figurão-mor, depois dessa "aula" de "jornalismo democrático", certamente sorrirá com deboche para o cúmplice interlocutor.].
Traduzindo:
O que o editor de Política do Jornal do Commercio, Ciro Carlos Rocha, está fazendo numa editoria que sequer menciona o lançamento do livro "A Privataria Tucana" - do também jornalista Amaury Ribeiro Jr.? Não entrou na pauta da editoria de Política por quê? O figurão-mor viu seus interesses contrariados com um fato político de interesse da sociedade e exerceu o poder de selecionar o que é bom e o que não é para ele e para sua empresa jornalística? Disse ao Ciro: "isso aqui, não!" Ou o Ciro não entende que o referido fato é de interesse de sua editoria, pois envolve a classe política?
O editor Ciro não leu o livro? Tudo bem... Eu também, não... Quer dizer, só tive acesso a algumas páginas e às informações veiculadas na blogosfera que anda destronando esse modo hipócrita e antidemocrático de fazer jornalismo [o chamado "jornalismo de esgoto"]. No quesito informação, está parecendo que ando mais informado que o jornalista Ciro.
Em editorial recente [aqui], veiculado pelo JC, lê-se que o "execrável" José Dirceu [PT] desejava "lançar as bases de uma imprensa oficial de talhe único, chapa-branca, que lamba as botas do governo e trate de esconder seus erros e maracutaias em qualquer situação [...]". Lê-se também que, no petista, dormiria "[...] a tentação autoritária de controle dos órgãos de comunicação."
Ora, ora, ora... o que José Dirceu deseja e todos nós é que a imprensa não "lamba botas" de quem quer que seja, muito menos da oposição, da forma tão descarada e pouco democrática como está sendo. O que desejamos é ter acesso às informações veiculadas de forma imparcial. Um peso e duas medidas... Não!
Ora, ora, ora... o que José Dirceu deseja e todos nós é que a imprensa não "lamba botas" de quem quer que seja, muito menos da oposição, da forma tão descarada e pouco democrática como está sendo. O que desejamos é ter acesso às informações veiculadas de forma imparcial. Um peso e duas medidas... Não!
Essa tão propalada defesa da liberdade de expressão, bradada pela mídia corporativa e que se subentende no editorial do JC, é de uma seletividade que enoja. Senão, vejamos como o editor Ciro Rocha pautou sua coluna de hoje, em benefício dos tucanos e... nada sobre "A Privataria Tucana":
É... como diria Ana Carolina e Seu Jorge: "Agora você como são as coisas, Maria José"!
Em tempo:
Para o caso de o editor de Política do JC não ter tomado conhecimento do livro "A Privataria Tucana":
Em tempo:
Para o caso de o editor de Política do JC não ter tomado conhecimento do livro "A Privataria Tucana":
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