segunda-feira, 19 de novembro de 2012
“O grande jornalista ainda não produziu a grande matéria.
O julgamento dos réus do "mensalão" pelos caminhos normais da 1ª instância, que era o roteiro esperado de 37 dos 40 acusados, produziria resultados completamente diferentes. Não haveria o "circo da midia", onde uma “Globonews” passa a TARDE INTEIRA transmitindo as sessões do Supremo, algo que não acontece em nenhum País do planeta. Também, haveria o duplo, triplo, até quádruplo grau de jurisdição, sentenças recorríveis e reanalisadas por outros colegiados de juízes nos Tribunais Regionais Federais, no Superior Tribunal de Justiça e até no próprio Supremo. Não haveria a incrivel "pressão da mídia moralista" de mervais e sardenbergs, este dizendo "Ayres Brito é muito bom, ele entregou o serviço", nem a campanha fascista de VEJA. Seria um julgamento mais próximo do sistema jurídico regular, com pesos e contrapesos para diluir eventuais exageros de juízes raivosos e sanguinários.
Que “forças” ou que “conjunto de poderosos” fizeram o então Procurador-Geral Antonio Fernando criar esse complô de juntar 40 (não 39 ou 41, mas 40 para ficar igual a Ali Babá e os 40 ladrões)? Não precisava fazer isso, poderia [de acordo com a lei] denunciar os três Deputados ao Supremo e os demais remeter a seus Estados. Mas houve alguma "forma de intenção" de criar um processo emblemático e mediático.
O grande jornalista precisaria desvendar de onde vieram essas “forças”, essas “pressões”, porque isso não acontece do nada; política é uma arte complexa; não há acasos ou voos solitários; nas grandes operações há uma orquestra.
Seria um enredo de Hercule Poirot, pode-se então pensar o impensável, de ter vindo de dentro do PT, os crimes do século não são simples e nem tem um só culpado, porque foi o processo do mensalão "armado" dessa forma que tornaria IMPOSSIVEL uma defesa bem sucedida dos réus?
O grande guru da defesa dos réus do PT, o homem-chave, vendia-se como o maior conhecedor do meio jurídico brasileiro no seu mais alto nivel, não desconfiou de como seria o último capitulo da novela? Ele não previu que, juntando os 40, a coisa iria para o precipício? Ele não desconfiou do "circo armado" para massacrar os réus com penas absurdas e irrecorríveis?
Onde estava sua monumental sapiência forense, seu network de informações e inteligência?
Ou ele foi parte da armação? Hercule Poirot não descartaria NENHUMA HIPÓTESE. É muita, mas muita coincidência junta, DOIS PROCURADORES-GERAIS DENTRO DO ENREDO, os dois reconduzidos para um segundo mandato para dar tempo de armar o circo, a Relatoria para o maior dos carrascos da história do Supremo. Como se juntam tantas coincidências? É combinação demais de fatores para não deixar nenhuma saída para os réus, algo inédito na longa história da Justiça brasileira.
A grande reportagem espera o grande jornalista. Será o Mino? Será o Paulo Moreira Leite? Será o Bob Fernandes? Será o Janio de Freitas? Quem desvendará o mistério da década?
QUEM ARMOU O CIRCO DO MENSALÃO? Respostas para Agatha Christie.”
FONTE: portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-misterios-nao-desvendados-do-julgamento-do-mensalao). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’]
Fonte: Democracia e Política
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