domingo, 17 de março de 2013

EDUARDO CAMPOS DE MAL A PIOR: ENCANTA-SE COM SERRA, ADERE À "PETROBRAX" E FALTA CARÁTER NAS CRÍTICAS



Para lançar sua candidatura para um grupo de 60 empresários neoliberais, em um jantar em São Paulo, o governador de Pernambuco, Roberto Campos (ARENA) ... ops... quer dizer, Eduardo Gomes (UDN)... ops... quer dizer, Eduardo Campos (PSB-PE), mostrou-se encantado com o slogan de José Serra (PSDB-SP) nas eleições 2010 ("O Brasil pode mais"), e lançou uma versão adaptada para si dizendo que "dá para fazer muito mais", completando com algo como "continuidade, mas com liderança renovada", coisa também semelhante à tentada pelo marqueteiro de José Serra em 2010. Bem, todo mundo costuma dizer que persistir no erro é burrice, mas cada um faz o que bem entende com sua imagem política.

Mais grave do que slogans que buscam uma suposta "esperteza" é falta de caráter.

E Campos demostrou muita falta de caráter ao aderir às críticas absurdas de Aécio Neves contra a Petrobras, dentro do projeto demotucano Petrobrax, que sonha privatizar a empresa e o Pré-sal, para "investidores estrangeiros".

O que disse Campos?

"Enquanto o Brasil diz que tem o petróleo do pré-sal, importa gasolina. A Petrobras, que já foi 'case' de sucesso lá fora, tá cheia de problema".

Alto lá. Em primeiro lugar, o Brasil NÃO DIZ que tem o petróleo do pré-sal. Ele tem! E já atingiu a produção de 300 mil barris diários, perfurando apenas 17 poços.

Em segundo lugar, o Brasil sempre importou gasolina e nos 10 últimos anos é que mudou diretrizes e passou a investir para atingir a autosuficiência não só em petróleo extraído, mas também em combustíveis refinados.

Os demotucanos, antes de Lula, ficaram sem investir em refinarias desde a ditadura, desde 1980, porque os "jênios" demotucanos achavam que o retorno em lucros de uma refinaria era baixo em relação à outros investimentos mais lucrativos no curto prazo. Para entregar mais dividendos a "investidores estrangeiros", dane-se a auto-suficiência em combustíveis, segundo o pensamento demotucano, assim como eram adeptos de encomendar plataformas de petróleo no exterior. A Petrobras teria mais lucro importando gasolina do que investindo em refinarias, segundo os tucanos, e mudar isso atrapalharia os planos de privatizá-la. Só se esquecem de que se ficar na mão dos outros para refinar, a qualquer momento os outros que tem refinarias podem subir o preço à vontade no mercado internacional, nos deixando vulneráveis à uma "crise internacional" de combustíveis.

FHC passou 8 anos enrolando os governadores, e principalmente o povo, do Nordeste, sobre onde seria uma refinaria já pensada desde os anos 70. Usou essa discussão eleitoralmente para dar esperança aos eleitores de cada estado que disputava a refinaria, mas não fez nada de concreto para viabilizá-la.

Só quando Lula assumiu a presidência é que resolveu tirar as refinarias do papel, decidindo construir não uma, mas três: Em Pernambuco, no Ceará e no Maranhão. Justamente a de Pernambuco é a que iniciou primeiro as obras e deve entrar em operação em 2014. Em 2020, estarão todas em pleno funcionamento e o Brasil não só será autosuficiente também no refino de combustíveis, como estará exportando combustíveis refinados aqui.

Por ser o primeiro estado a ter uma nova refinaria após 33 anos, a última pessoa que deveria fazer qualquer crítica a esse respeito é o governador de Pernambuco, fosse quem fosse. No caso de Eduardo Campos, que foi (ou simulou ser) aliado de Lula para fazer sua carreira política, é muita falta de caráter fazer uma crítica destas.

Em terceiro lugar, a Petrobras continua sendo "case" de sucesso em qualquer lugar do mundo e "problemas" da empresa são os desafios de rotina de qualquer grande empresa, que basta existir para tê-los. É o PIG e a oposição (agora engrossada por Campos) que ficam dando dimensão sensacionalista a coisas corriqueiras. Eduardo Campos tinha obrigação é de defender a Petrobras diante de empresários, e não fazer côro com quem quer detoná-la por politicagem e para ganhar dinheiro fácil. Movimentos especulativos em bolsas de valores, inclusive explorados por megaespeculadores como Naji Nahas e bancos de investimentos, vem e passam. Na prática, quase nada interferem na operação da empresa, cujo planejamento é de médio e longo prazo, e não de quanto será a cotação na bolsa na próxima quarta-feira.



Em tempo: as críticas de Aécio à Petrobras foram tão insignificantes e sem noção, que nem o mais raivoso dos telejornais de oposição, o Jornal Nacional da TV Globo, levou a sério. Nem sequer noticiou.

Em tempo 2: por dever de ofício a Petrobras demoliu ponto por ponto as baboseiras demotucanas, no Fatos e Dados.

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