quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SEGREDOS DE CIVITA, PARTE 3: 'FOI SERRA QUEM ME OBRIGOU A FAZER A REPORTAGEM DO VALÉRIO ACUSANDO LULA'




Sanguessugado do Mello
Se você não leu as partes I e II, clique aqui e confira Os segredos do tucanoduto. Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo' Os Segredos de Civita, parte 2. Os planos da quadrilha incluíam Serra no Planalto e Demóstenes no STF. Ou então, prossiga:
Dos tempos em que gozava das intimidades do poder em Brasília, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Roberto Civita diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do tucanoduto transitavam no coração do governo FHC, antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país – a privataria tucana. Civita lembra das vezes em que José Serra, seu interlocutor frequente até a descoberta do esquema, participava de animados encontros à noite no Palácio da Alvorada, que não raro lhe servia de pernoite. "O Serra dormia (se é que se pode usar a palavra em relação a ele) no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com FHC à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro." Civita deixa transparecer que ele próprio foi a uma dessas reuniões noturnas no Alvorada.
Sobre sua aproximação com Serra, Civita conta que, diferentemente do que os petistas dizem, ele conheceu Serra durante a campanha de 2002. Já o conhecia anteriormente, mas só a partir de sua campanha à presidência tornaram-se mais íntimos. FHC lhe disse que Serra precisava de uma imprensa que repercutisse o que os agentes da PF a serviço de Serra conseguiam sobre os adversários. "Ele precisava da Veja para publicar o escândalo. Depois a Globo repercutia e o Nove Dedos caía nas pesquisas”.
Só que isso não aconteceu e Lula foi eleito. Manteve-se o esquema, mas agora com o objetivo de derrubar o Nove Dedos e trazer os tucanos de volta ao poder. A parceria deu certo e desaguou no chamado mensalão do PT, uma parceria entre os arapongas de Serra e um bicheiro de Goiás, que hoje todos conhecem como Carlinhos Cachoeira.
Mas, nem isso, nem a provável condenação de todos os petistas pelo STF, parece servir de alguma coisa para José Serra. Por isso, Civita não se assustou quando recebeu uma vista, às três da madrugada, do candidato tucano à prefeitura de São Paulo. Com a “sutileza” que o caracteriza, Serra ordenou a Civita que a Veja ligasse diretamente Lula ao mensalão, para que ele não pudesse mais fazer campanha para Haddad. Tinha que ser uma matéria agressiva, definitiva. “Você tem que dizer que Marcos Valério declarou à Veja que Lula sabia de tudo e era o chefe do mensalão”.
Civita providenciou a reportagem e a enviou na terça-feira, para aprovação. "Foi Serra quem me obrigou a fazer a reportagem do Valério acusando Lula" - disse a amigos. Serra aprovou, mas fez uma ressalva: “Tem que por aspas, tem que colocar como se Valério estivesse afirmando aquilo”. Civita quis argumentar que aquilo queimaria a revista. Mas Serra foi intransigente: “Quem não pode se queimar sou eu. Se eu não me eleger, vocês perdem tudo da prefeitura e vão entregar o governo de São Paulo para o PT daqui a dois anos. Adeus, livros didáticos. Adeus, assinaturas das revistas. Adeus, parcerias. Nada de trololó. Bota aspas e depois se virem para dizer que ele declarou tudo aquilo. Vocês são especialistas nisso”.

Sem alternativa, Civita concordou. Pensou em ir falar com Policarpo, seu diretor em Brasília, especialista nesse tipo de manobra. Mas se conteve. Teria de falar com ele pessoalmente, pois o telefone poderia estar grampeado. Mas guarda ainda fresca na memória a surpresa que teve ao fazer uma visita inesperada ao diretor. Ao entrar na sala, encontrou Policarpo sentado na cadeira, calça e cueca abaixadas até o tornozelo, com um homem quase careca ajoelhado à sua frente, aparentemente... A palavra que lhe veio à cabeça foi "fellaccio"... Quem era o careca? (continua amanhã) 
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações. Tentamos também contacto através de nosso celular. Mas nosso plano Infinity da Tim não permitiu que nenhuma ligação se completasse.Por isso não conseguimos entrevista com Civita, Serra ou FHC, mas, frisamos, nenhum deles desmentiu nada. E, por favor, ministro Paulo Bernardo e Anatel, vamos dar um jeito nessa pouca vergonha das operadoras, ou aumente a nossa Bolsa-Twitter)

MEU NOME TAMBÉM É LULA




Estando em pleno gozo de todos os direitos políticos e de todas as demais garantias individuais concernentes à cidadania brasileira, diante da campanha hedionda de difamação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ora promovida por seus adversários políticos (declarados e enrustidos), venho fazer uma declaração.
Acompanho a trajetória de vida do ex-presidente desde a campanha eleitoral de 1989. Dá quase um quarto de século. A cada dia desses 23 anos, com intervalo de nem uma centenas de dias, se tanto, vi e ouvi todo tipo de acusação contra ele. Todo tipo que se possa imaginar.
Naquele 1989, os mesmos grandes meios de comunicação que hoje, após tanto tempo, continuam lançando acusações análogas às de outrora contra o ex-operário, chegaram a convencer o Brasil de que ele era mais rico do que o adversário Fernando Collor por morar em uma casa emprestada por um empresário.
Acompanhei a vida de Lula, desde então. Como tantos sabem, sobretudo seus inimigos, ele não enriqueceu com a política. Muito pelo contrário, seu patrimônio – sobre o qual seus adversários construíram tantas farsas – não é tão maior do que era quando disputou a primeira eleição presidencial, há 23 anos.
Lula poderia ter tirado quanto quisesse da política, se quisesse…
Ele nunca se desviou do caminho que aquele que acompanhou a sua vida sabe que era o que verdadeiramente perseguia, o de dar ao filho do “peão” oportunidades menos inferiores às dos filhos dos janotas empertigados que se julgam melhores do que o resto por terem um sobrenome de origem européia e um canudo de papel outorgado por uma universidade.
Esse homem, com sua instrução rudimentar, ainda na minha juventude fez com que eu, que estudei nas melhores escolas de São Paulo, pudesse entender que um país injusto como o Brasil não é bom para ninguém, e que só com a igualdade de oportunidades é que poderia fazer jus ao conceito fundamental de nação.
É inevitável fazer a analogia entre a luta de Lula contra legítimos impérios empresariais e as mais poderosas forças políticas – começando por uma ditadura – e o conto bíblico da vitória do jovem e franzino David sobre o poderoso gigante Golias. Afinal, Lula venceu um gigante monstruoso. E venceu três vezes.
Dirão que construí, para mim, uma imagem romanceada de um político como qualquer outro. Mais uma vez provo que estão errados. Tenho todas as justificativas racionais do universo para dizer que Luiz Inácio Lula da Silva jamais traiu a minha confiança. O poder não o mudou e ele cumpriu todas as promessas que me fez ao fazê-las a todos os cidadãos.
Lula fez seu povo – como ele mesmo diz, os feios, os desprezados, os pobres e desesperançados – melhorarem de vida como jamais ocorrera e alçou o Brasil a uma era de ouro. E o principal: devolveu a auto-estima aos brasileiros.
Agora, querem se vingar das derrotas acachapantes que Lula lhes impôs. Querem macular seu legado com acusações farsescas, irresponsáveis, criminosas. Querem, se possível, vê-lo encarcerado, pois foi sempre isso que fizeram com adversários políticos desde que atiraram o país em uma ditadura sangrenta.
Pois se essa afronta prosperar, dividirei, orgulhosamente, o banco dos réus com o ex-presidente. E serei acompanhado por milhões. Mas como só posso falar por mim, juro que, se Lula for a um tribunal, estarei ao seu lado. E quando lhe perguntarem o nome, levantar-me-ei e direi que o meu também é Lula.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

OS SEGREDOS DE ROBERTO CIVITA (II)


TERÇA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2012


Sanguessugado do Mello
Com a segurança de quem transitava com desenvoltura pelos gabinetes oficiais, inclusive os palacianos, e era considerado um parceiro preferencial pela cúpula tucana, o presidente do Grupo Abril e da revista Veja Roberto Civita afirma que, primeiro FHC, mas, depois e até hoje, Serra “comandava tudo". Em sua própria defesa, diz que como operador das reportagens encomendadas contra o PT não passava de um “boy de luxo" de uma estrutura que tinha o então presidente e seu candidato no topo da cadeia de comando. "FHC era o chefe, hoje é Serra”, repete Civita às pessoas mais próximas.
A afirmação se choca com todas as versões apresentadas por Serra desde que o livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro, foi lançado, de que tudo era “lixo, lixo, lixo”.
A ira de Roberto Civita desafia a defesa clássica do ex-presidente FHC de que não sabia do Tucanoduto e nada teve a ver com o esquema arquitetado em seu primeiro mandato para sua reeleição. “Todo mundo sabe que ele comprou a emenda de sua reeleição. Sem contar os escândalos na área da saúde, comandada por Serra. E mais a lista de Furnas, a privataria, o Banestado, o Proer”...
Amigos contam que o que mais deprime Civita é a situação quase falimentar do Grupo Abril. A Veja se sustenta com anúncios. Para obtê-los deve produzir edições com tiragens de mais de um milhão de exemplares, que não se pagam com as assinaturas e vendas nas bancas. “Estamos queimando a casa [Grupo Abril – Nota do Blog] para produzir lenha para a Veja. Até cópia xerox, proibi na empresa”.
A rota de fuga de Serra evoluiu mais tarde para a negação completa, com a tese nefelibata de que a privataria tucana nunca existiu, tendo sido apenas uma armação do PT para chegar ao poder. A narrativa de Civita coloca Serra não apenas como sabedor de tudo o que se passava - Sanguessugas, Vampiros, Proer, Banestado, Privataria -, mas no comando das operações."Há até um vídeo na internet em que FHC confirma isso" [o vídeo é este aqui- Nota do Blog].
“O chefe é Serra. O objetivo era colocá-lo na presidência e Demóstenes [ex-senador cassado Demóstenes Torres, que também foi expulso do DEM – Nota do Blog] no Supremo. Com Demóstenes e Gilmar Mendes lá, o Brasil seria nosso”. No entanto, Demóstenes foi derrubado por operação da PF e Serra mais uma vez derrotado na luta pelo Planalto. “Agora, nem a prefeitura. Nossa salvação seriam os livros didáticos que ele colocaria nas escolas. Mas, agora, nem isso”...
Civita não esconde que se encontrou com Serra diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: “Do FHC ao Serra era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. A frase famosa e enigmática de José Serra — "Tudo que eu faço é do conhecimento de FHC” — ganha contornos materiais depois das revelações de Civita sobre os encontros em palácio. Roberto Civita reafirma que pode acabar nas barras do Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Serra porque eu, o Paulo Preto e o FHC não falamos”, disse na semana passada a um dos únicos amigos do bar da periferia que tem freqüentado anonimamente.
“Mas, se eu quebrar, não vou sozinho. Produzi um vídeo com quatro cópias”... Nesse instante, o telefone de Civita tocou e ele se afastou. Foi possível ouvir apenas “Diogo, já estamos promovendo seu livro na revista e pagando os processos. Estou na lona. O dinheiro acabou”... (continua amanhã)
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações. Tentamos também contacto através de nosso celular. Mas nosso plano Infinity da Tim não permitiu que nenhuma ligação se completasse.Por isso não conseguimos entrevista com Civita, Serra ou FHC, mas, frisamos, nenhum deles desmentiu nada)

Fonte:   Blog do Miro

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

LEIA PRESIDENTE LULA, ESTAMOS ESPERANDO V.EXA. PARA REAGIRMOS. VAMOS A LUTA.




Anônimo          Ana Bednarski disse...
Caros,
Não sou militante filiada, nem tão pouco funcionária pública, porém sou uma pessoa politizada, estive nas manifestações estudantis dos anos 70, nas manifestações pelas diretas nos 80, sempre votei em candidatos do PT.
Acho que o que ocorre no momento é um golpe sim e com certeza seus tentáculos/células não estão somente na mídia, estão no próprio julgamento do STF.Quem os coordena? Alguém que provavelmente alimenta ($$$$) FHC, SERRA e demais calabares e direitistas.
Sim querem calar a voz do Lula, pq calando-o, calarão ao PT, e aos que o apoiam e aprovam, ele é o símbolo maior que mantém aceso nossos ideias, infelizmente é assim que funciona, precisamos destes símbolos e de mantê-los vivos dentro de nós, sem nossos símbolos e idolos ficamos orfãos e temos que recomeçar.
Eu sei que esta na hora da militância começar a se mover e ocupar as ruas e mostrar que estamos unidos pelos mesmos ideais. Acho que manifestações pacifistas de desagravo ao Lula e ao PT colocarão estes seres Lacerdistas em estado de alerta e de moderação, caso contrário eles vão continuar crescendo;
Aposentado Invocado

OS SEGREDOS DO TUCANODUTO. CIVITA ACUSA: ‘SERRA ME USOU COMO UM BOY DE LUXO. MAS AGORA VAI TODO MUNDO PARA O RALO."




Faltavam catorze minutos para as 2 da tarde da última sexta-feira quando o empresário Roberto Civita, presidente da revista Veja e do Grupo Abril, parou seu carro em frente a um bar, em São Paulo. Responsável pelas mais infames acusações aos governos dos presidentes Lula e Dilma, ele tem cumprido religiosamente a tarefa de ir até esse modesto bar numa região pobre da grande São Paulo. Desce do carro, vai até o balcão e é servido com sua bebida preferida, que sorve numa talagada. Chega mais cedo para evitar ser visto pelos outros bebuns e vai embora depressa, cabisbaixo. “O PSDB me transformou em bandido”, desabafa. Civita sabe que essa rotina em breve será interrompida. Ele não tem um átimo de dúvida sobre seu futuro.

Nessa mesma sexta. Civita havia organizado em mega-encontro, com mais de mil empresários do Brasil e do exterior.  Chamou o ilustre economista Paul Krugman e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Ambos confirmaram presença. Mas, em cima da hora, a presidente arranjou uma desculpa para não comparecer e o ministro abandonou a mesa de debates, sem dar satisfações. “Ali, foi selado meu destino” – acredita Civita.

Pessoas próximas ao empresário afirmam que Civita teria responsabilizado o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, pelo vexame que deu em público. Meneando a cabeça, ele saiu exclamando para quem quisesse ouvir: “Eu avisei ao Serra que ia dar merda! Eu avisei!”.

Apontado como o responsável pela engenharia que possibilitou ao PSDB e até recentemente ao DEM montar o maior esquema de espionagem, baixaria e calúnia da história, Civita enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com os tucanos. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade de cometer crimes que não praticou sozinho, mas com a ajuda de Carlinhos Cachoeira e seu grupo de arapongas, que faziam as “reportagens investigativas” de Veja, para defender interesses dos demo-tucanos. Civita manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o “predileto” do poder, relacionados à privataria e aos escândalos da área de saúde do governo FHC, comandada por José Serra. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Policia Federal, de que nada aconteceria a ele nem a Demóstenes Torres. Com a queda de Demóstenes, logo após a prisão de Cachoeira, além de ter a equipe da revista desfalcada, Civita tentou um último subterfúgio para não naufragar: mandou fazer uma capa de destaque com a presidente Dilma.

Serra ficou enfurecido e o ameaçou. “Ele disse que abriria o jogo e mostraria que por trás de Carlinhos Cachoeira estava Policarpo, e por trás de Policarpo, eu”.

Civita guarda segredos tão estarrecedores sobre o tucanoduto que não consegue mais reter só para si — mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos que ele ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel. Os segredos de Civita, se revelados, põem o ex-presidente FHC e José Serra no epicentro do maior escândalo de corrupção da história, a privataria tucana. Puxado o foi da meada, vêm juntos o caso Banestado, o Proer, a venda da Vale, o Fonte Cindam, a lista de Furnas. Sim, e, no comando das operações, Serra. Sim. Serra, que, fiel a seu estilo, fez de tudo para não se contagiar com a podridão à sua volta, mesmo que isso significasse a morte moral e política de companheiros diletos. Civita teme, e fala a pessoas próximas, que se contar tudo o que sabe estará assinando a pior de todas as sentenças — a de sua morte: “Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”. (continua amanhã)

(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações)
 

domingo, 16 de setembro de 2012

ESTA POSTAGEM TEM APENAS PERGUNTAS

QUANDO É QUE O PARTIDO DOS TRABALHADORES, LUIS INÁCIO LULA DA SILVA E OS GOVERNOS TRABALHISTAS IRÃO SE CANSAR DE APANHAR IMPIEDOSAMENTE DA MÍDIA GOLPISTA?

QUANDO SERÁ ESBOÇADA UMA REAÇÃO, POR MENOR QUE SEJA, CONTRA O QUE TEM SIDO FEITO POR ESTA MESMA MÍDIA  DESDE O GOVERNO DE GETÚLIO? 

QUE MEDO E ESSE? QUE MEDO É ESSE QUE FAZ COM QUE PRESIDENTES DA REPÚBLICA, MINISTROS DE ESTADOS, EX-PRESIDENTES SEJAM DIUTURNAMENTE ATACADOS, CALUNIADOS E ESSAS PESSOAS E ESSAS ENTIDADES NÃO FAÇAM NADA PARA SE DEFENDER, PARA DEFENDER SUAS REPUTAÇÕES, SUAS VIDAS, SUAS HISTÓRIAS?!

E NÓS, QUE NÃO TEMOS O PODER QUE TEM UM PRESIDENTE, UM MINISTRO, UMA ENTIDADE TEMOS QUE FICAR A BATER BOCA NA RUA, NO NOSSO LOCAL DE TRABALHO A DEFENDER QUEM NÃO TEM CORAGEM DE DEFENDER A SI PRÓPRIO.

EM LETRAS MAIÚSCULAS MESMO. ALGUÉM PODE ME RESPONDER?

MARCOS COIMBRA: O PARAÍSO, O INFERNO E O MENSALÃO


por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense

Na mitologia de muitas culturas, existem narrativas sobre os caminhos que se abrem em função das escolhas que fazemos.
Em algumas versões, são lendas que nos levam a pensar nas consequências práticas das ações presentes, no modo como determinam nosso futuro no mundo. Em outras, referem-se ao que nos aguarda no além-túmulo.
Na tradição do catolicismo popular, por exemplo, temos a crença do encontro da alma com São Pedro, que, zelando pelas chaves da Porta do Céu, só deixa entrar no Paraíso quem tiver mantido vida justa na Terra. Quem não, endereça ao Inferno.
Para muitos muçulmanos, o primeiro destino da alma é determinado nos instantes que sucedem a morte. Chegam os anjos Munkar e Nakir e a interrogam, fazendo três perguntas: “Quem é teu Senhor? Quem é teu Profeta? Qual é tua religião?”. Os que acertam ficam à espera da ressurreição em alegria, os que erram são torturados até o Dia do Julgamento.
São muitas histórias semelhantes e, em todas, um mesmo recado: quem faz a coisa certa é recompensado, quem se desvia paga. Nas labaredas do Inferno.
A ansiedade dos ministros do Supremo Tribunal Federal perante o julgamento do “mensalão” é compreensível.
Receberam da Procuradoria-Geral da República uma denúncia que os especialistas consideram mais frágil que a que foi feita contra Fernando Collor.
E aquela foi tão inepta que caiu por terra na primeira análise!
O fulcro da acusação é uma palavra inventada por um personagem famoso pela falta de seriedade. Nada, nem uma única evidência foi produzida em sete anos de investigações que demonstrasse que funcionou no Congresso Nacional, entre 2004 e 2005, um esquema de compra de votos para aprovar medidas de interesse do governo Lula.
O que torna a existência da “quadrilha do mensalão” uma fantasia.
Quem duvidar, que leia a denúncia e verifique com seus olhos se ela aponta as votações e os votos que teriam sido negociados (o número do inquérito é 2245 e está disponível no site da PGR)
Mas nem a fragilidade da denúncia, nem sua falta de sentido, estiveram em discussão em algum momento.
Quando chegou ao Supremo, o julgamento já estava concluído. O veredicto havia sido dado e transitado em julgado.
Exercendo o papel auto-assumido de vanguarda da oposição ao “lulopetismo”, os proprietários e funcionários da grande indústria de comunicação tinham o script pronto. E ai de quem o contrariasse!
O que não quer dizer que o argumento mais forte que usassem fosse o porrete. Uma dosagem equilibrada de ameaça e adulação é sempre mais eficaz.
Se os ministros fizessem o que ela queria, as portas do Paraíso se abririam para eles. Se teimassem em discutir coisas menores – como provas, depoimentos e outros detalhes – a fogueira começaria a arder.
Há alguns meses, o ministro Luiz Fux publicou um livro. Como toda obra técnica, de interesse restrito. Seu título bastaria para afugentar os leigos: “Jurisdição Constitucional”.
O lançamento no Rio de Janeiro, cidade natal do autor, mereceu tratamento vip da TV Globo. Com direito a matéria de 1m30seg nos telejornais da emissora, tempo reservado a assuntos relevantes.
Talvez alguém se perguntasse o porquê do salamaleque. Mas é fácil entendê-lo.
Quem não gosta de ser bem tratado? Quem não aprecia saber que sua família e seus amigos acabam de vê-lo na televisão? Quem não fica feliz quando recebe um cafuné?
O Paraíso é assim, cheio de carinhos. E quem pode proporcioná-lo pode o oposto. Como dizia Augusto dos Anjos: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”.
Se fôssemos como os Estados Unidos, onde os juízes da Suprema Corte são figuras inacessíveis, quase desconhecidas do grande público, seria uma coisa. Mas não somos. Aqui, nossos ministros adoram o reconhecimento e não hesitam em se revelar. Amam os holofotes.
Uns fazem saber que andam de motocicleta, outros que são exímios músicos, alguns se apresentam como poliglotas. Identificamos seus times de futebol, os restaurantes que frequentam. Às vezes, até seus negócios e os ambientes inadequados que frequentam.
Do julgamento do “mensalão”, poderiam sair endeusados, merecendo estátuas e concedendo autógrafos. Bastava que cumprissem o papel que lhes estava reservado.
Ou achincalhados. Tornados vilões.
Cabia a eles escolher o caminho, o fácil ou o difícil.
No fundo, estão fazendo o que a maioria das pessoas faria na mesma situação. Talvez não o que se esperaria deles.
Mas, quem mandou esperar, conhecendo-os?

Fonte:  Viomundo

IMPRENSA HESITA EM REPERCUTIR "VEJA"




Imprensa hesita em repercutir Veja



Como a "bomba" de Veja contra Lula é toda no condicional, até veículos conservadores, como o Estadão, pisam no freio
O título da matéria publicada no Estadão.com diz tudo. "Marcos Valério apontaria participação de Lula no Mensalão, afirma revista". Como a "bomba" de Veja contra Lula é toda construída no condicional (embora seja vendida na capa como uma entrevista real do publicitário), o título do Estadão está no futuro do pretérito. Apontaria, seria, poderia etc, etc.
A repercussão obtida pela reportagem, até agora, está restrita ao meio político, com declarações previsíveis de adversários de Lula, como Roberto Freire e Agripino Maia. Na imprensa, mesmo aquela considerada golpista pelo PT, ela tende a arrefecer, uma vez que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, já desmentiu as afirmações atribuídas por Veja a seu cliente.

sábado, 15 de setembro de 2012

O jornalista Cláudio Humberto não sabe o que é "plural"

Por DiAfonso [Terra Brasilis]

Com  a nota abaixo, o jornalista Cláudio Humberto volta a perseguir, pelo viés do "português correto", o ex-presidente LULA.

A ridícula obsessão do jornalista tem nome: preconceito linguístico. Uma doença que afeta os puristas de uma língua que não resiste à realidade do português falado no Brasil.

O mais grave, porém, é Cláudio Humberto se valer de certas nomenclaturas e das normas da língua dita culta para cometer deslizes conceituais. Ele parece não saber nem o que é plural, pois separa essa flexão - própria das palavras variáveis, de um modo geral - do mecanismo de concordância. Como já foi dito aqui, o "plural" só toma vida no processo de concordância.

Só didaticamente é que se pode falar de "plural das palavras" isoladamente. O que não é o caso na nota ferina do jornalista.


ADVOGADO DE VALÉRIO NEGA ENTREVISTA À VEJA.



Por Filipe Rodrigues
Advogado de Marcos Valério diz que seu cliente não deu entrevista à Veja
Terra
O advogado do publicitário Marcos Valério negou que seu cliente tenha dado entrevista à revista Veja, em edição que circula neste fim de semana. Marcelo Leonardo, que defende Valério no julgamento do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ainda que seu cliente "não confirma" as informações divulgadas pela revista. "O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria", disse o advogado. A revista alega que fez matéria baseada em depoimentos de amigos e familiares de Valério. O publicitário teria feito confissões às pessoas entrevistadas pela Veja. Segundo a publicação, Valério teria dito a familiares que teria medo de ser assassinado por saber tanto sobre o esquema. "Não sei de onde tiraram isso. Tem que perguntar para o jornalista que escreveu a matéria. O Marcos Valério não confirma essas informações", disse o advogado Marcelo Leonardo, que afirmou, ainda, não considerar necessário tomar providências contra a revista. "O próprio perfil da revista torna desnecessário tomar qualquer atitude. O STF, por seus ministros, tem dito que eles julgam de acordo com a prova existente nos autos e não decidem com base em matérias que saem na imprensa. Entendo que essa matéria, que não tem conteúdo relativo a entrevista porque ele não deu nenhuma entrevista, não vai repercutir em nada no julgamento", argumentou. De acordo com a matéria publicada pela Veja neste fim de semana, o publicitário deve revelar histórias que envolvem o ex-presidente Lula.


Advogado diz que Valério não deu entrevista e nega declarações publicadas em revista

SÃO PAULO — O advogado do empresário Marcos Valério, o criminalista Marcelo Leonardo, disse neste sábado que seu cliente não deu entrevista à revista Veja e negou as declarações atribuídas a ele, acusando o ex-presidente Lula de ser o chefe do mensalão.

Desde 2005 Marcos Valério não dá entrevistas e não deu nenhuma entrevista para a revista Veja agora. Ele nega o teor das declarações atribuídas a ele — disse Leonardo, por telefone, ao GLOBO.
O advogado José Luís Oliveira Lima, que representa o ex-ministro José Dirceu, criticou a reportagem, com declarações de Valério, supostamente reveladas por pessoas próximas.
— Acho muito estranho que na véspera de iniciar o julgamento contra o meu cliente, e também na véspera do primeiro turno (das eleições), a revista venha com uma matéria desprovida de fatos concretos, de provas e documentos — afirmou o advogado, que minimizou a hipótese de o artigo influenciar no julgamento. — Fico tranquilo quando lembro que meu cliente está sendo julgado pelo STF, composto pelos magistrados mais experientes do país, portanto vacinados para qualquer tipo de pressão.
Em entrevista à rádio CBN, o ministro Marco Aurélio Mello, que participa do julgamento do mensalão, também minimizou a possibilidade de interferência:
— A reportagem não vai interferir no julgamento. A esta altura, nós temos os acusados já definidos. Nesse processo, não se volta para uma fase ultrapassada. De qualquer forma, o Judiciário só atua mediante provocação do Ministério Público.
Oposição pede investigação
A oposição cobrou explicações, mas adotou tom cauteloso. O presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), divulgou nota oficial destacando que as suspeitas de envolvimento de Lula devem ser investigadas:
— O que eram suspeitas colocam-se agora como objeto real de investigação pelas revelações atribuídas a Marcos Valério, principal agente operador do mensalão. Se confirmadas as revelações fica evidenciado que o mensalão estava instalado no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada, símbolos do poder da República. O Brasil espera explicações.
O deputado Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, seguiu a mesma linha:
— É grave. Deve-se esclarecer tudo o quanto antes. Se tudo não ficar esclarecido o expresidente Lula tem que responder em juízo pelo que fez.
Procurado, o advogado de Delúbio Soares, Arnaldo Malheiros, não retornou. O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto, classificou de "ato de desespero" as declarações atribuídas a Marcos Valério. Segundo ele, o empresário estaria tentando envolver o nome do ex-presidente Lula no mensalão porque "sabe que vai parar na cadeia". Ainda de acordo com o deputado, o assunto deve ter um "tratamento corriqueiro" pelo PT.
— Esse tipo de ação é um ato de desespero de quem está no banco dos réus, de quem sabe que vai ser preso, de quem sabe que vai parar na cadeia — disse Tatto, referindo-se às condenações de Valério no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com Tatto, a direção do partido não deve entrar com uma ação contra as denúncias que teriam sido feitas por Valério.
— Nem conversei com o presidente do PT (Rui Falcão). Mas, com certeza, esse assunto vai ter um tratamento corriqueiro — disse.
Para Haddad, comportamento de réus do mensalão é imprevisível
De acordo com a Veja, Valério tem dito que Lula era o chefe do mensalão. O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, rebateu as acusações. O ex-ministro da Educação afirmou que Valério adota um "comportamento normal" às pessoas que sofrem processos dessa natureza, mas ele teme “um comportamento imprevisível” com o andamento do julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda de acordo com o petista, o empresário deve estar fragilizado perante a família, e, por isso, apresenta "recorrentemente versões diferentes".
— Existe um comportamento normal dessas pessoas que sofrem processos dessa natureza, de apresentar cada vez uma versão diferente. Isso acontece com as pessoas mais fragilizadas, que vão mudando as versões recorrentemente. Ele (Marcos Valério) está num momento difícil - disse haddad, depois de uma carreata na Zona Norte da cidade.
Segundo ele, as denúncias publicadas na revista não devem afetar sua campanha.
— A população tem compreensão de que se alguém se desviou do rumo certo, as acusações (sobre ela) têm que ser apuradas e julgadas.
Para o petista, no entanto, o comportamento dos envolvidos no esquema ainda deve render polêmica.
— O comportamento dos condenados será imprevisível a partir de agora, tudo pode acontecer. Tem muita coisa em jogo na vida dele: mulher, filhos, parentes. É um momento de abalo psicológico muito forte.







Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...